O Museu de História e Artes do Estado do Rio de Janeiro, ou Museu do Ingá, como é conhecido, ocupa o Palácio Nilo Peçanha, antiga sede do governo do Estado do Rio de Janeiro, entre 1904 e 1975, quando se deu sua fusão com o antigo Estado da Guanabara. Guardião da memória que entrelaça o antigo estado do Rio de Janeiro a sua capital, a cidade de Niterói, o museu atua como centro de estudo, de preservação e de divulgação da história política e artística fluminense.Detém um acervo com cerca de quatro mil itens distribuídos nas coleções:Palácio do Ingá, sede do governo fluminense; coleção Banerj, uma das maiores coleções públicas de arte moderna do estado; coleção de arte popular oriunda do antigo Museu de Artes e Tradições Populares; coleção do artista plástico Lucílio de Albuquerque; coleção pessoal do ex-governador Ernani do Amaral Peixoto.No espaço do museuO amplo espaço do Museu do Ingá conta com dez salas de exposições, duas reservas técnicas, um Laboratório de Restauração e Conservação, uma oficina de gravura, além de uma Biblioteca especializada em História do Brasil (Colônia, I e II Impérios) e história do Rio de Janeiro, com aproximadamente 3.226 títulos.O museu abriga o Centro de Referencia, Pesquisa e Documentação em História e Cultura Fluminenses do MHAERJ, especializado em história e cultura fluminense. Pautado pela interdisciplinaridade, o centro congrega os trabalhos de sociólogos, antropólogos, historiadores, cientistas políticos, arquivistas e conservadores sobre a história do antigo Estado do Rio de Janeiro, no período referente a 1904-1974.Até o momento, fazem parte de seu acervo os fundos de documentos de Nilo Peçanha, Raul Veiga, Ernani do Amaral Peixoto, Miguel Couto Filho, Celso Peçanha, Togo de Barros e Raimundo Padilha.Espaço Físico: prédio, território e entornoO palacete foi criado em 1860, para servir de residência ao médico e político José Martins Rocha. Nilo Peçanha, empossado como governador do Rio de Janeiro a 31 de dezembro de 1903 adquiriu o imóvel para residência oficial dos chefes do executivo fluminense. O prédio foi o primeiro a receber luz elétrica na cidade e sofreu obras, em 1920, para acréscimo de dependências destinadas à residência dos governadores.Instituição: trajetória e natureza jurídicaO Museu de História e Artes do Estado do Rio de Janeiro é uma instituição ligada a Secretaria de Estado de Cultura do Rio. Foi criado a partir da transferência da capital para a cidade do Rio de Janeiro, onde se tornou sede da Fundação Estadual de Museus do Rio de Janeiro - FEMURJ.AcervoColeção Palácio do Ingá - composta por mobiliário, porcelana, cristais, objetos decorativos, documentos, fotografias, pinturas e retratos a óleo dos chefes do executivo do estado. Coleção Lucílio de Albuquerque – composto por cento e vinte e umapinturas e desenhos. Coleção Arte Popular - acervo do antigo Museu de Artes e Tradições Populares, com peças de diversas regiões do país. Coleção Banerj – acervo de artes plásticas do antigo Banco do Estado – Banerj, composto pó oitocentos e oitenta obras distribuídas entre gravuras, desenhos, pinturas e esculturas dos séculos XIX e XX. Com destaque para as litografias de Adolphe D’ Hastrel, Emil Bauch, Victor Frond/Lebreton, pinturas de Anita Malfatti, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Aldo Bonadei, Cândido Portinari, Alberto da Veiga Guignard, Alfredo Volpi e um número expressivo de gravuras de Oswaldo Goeldi.Coleção Amaral Peixoto - acervo pessoal do ex-governador Ernani do Amaral Peixoto. ReferênciasSOARES DE AZEVEDO, Marlice Nazareth.; CAVALCANTE, André Luiz Muniz e SAMPAIO DA COSTA, Milena. NITERÓI – UMA CIDADE EM BUSCA DE UM SÍMBOLO. In: DO AMARAL E SILVA, Gilcéia e ASSEN DE OLIVEIRA, Lisete (org.) Simpósio A Arquitetura da Cidade nas Américas. Diálogos contemporâneos entre o local e o global. Florianópolis: PGAU-Cidade/ UFSC, 2006. CD-ROM, ISBN: 978-85-99773-02-4