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Inaugurado em 1917, o Theatro São Pedro é um dos poucos remanescentes ativos de uma geração de casas de espetáculo que floresceram entre o final do século XIX e o início do século XX, tanto em nossa cidade quanto em outros centros urbanos do Brasil e da América Latina, como o Teatro Amazonas de Manaus, o Theatro da Paz de Belém, o Colón de Buenos Aires e o Teatro Solis de Montevidéu. Aqui em São Paulo, espalhados por diversos locais de nossa cidade, palcos como o do Teatro Minerva, no bairro de Santana, do Teatro Provisório Paulistano, na Rua Boa Vista, do Theatro Politheama, na Avenida São João, ou do Colombo, no Brás, apresentavam uma programação intensa de teatro, cinema e música.
Desde o início, o público frequentador do São Pedro foi diversificado, incluindo representantes da alta sociedade em apresentações de gala e os jovens do bairro, que iam atrás dos ingressos promocionais e das sessões de cinema, mesmo que fosse necessário assistir de pé às apresentações.
A história do São Pedro, de lá para cá, foi marcada por dois traços: por um lado, uma longa série de fechamentos e reinaugurações, cada uma delas fazendo com que o local se reinventasse em um novo formato, amoldando-se às transformações da capital. Por outro, uma presença sempre intensa e marcante na história cultural da cidade: foi aqui que, nas décadas de 1960 e 1970, se abrigaram grupos teatrais como o Papyrus, foco de resistência à ditadura militar e de intensa pesquisa artística. No palco do São Pedro foram apresentadas nesse período peças paradigmáticas como Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto e música de Chico Buarque; Marta Saré, de Gianfrancesco Guarnieri e Edu Lobo, com Fernanda Montenegro e Beatriz Segall; e durante a encenação de Queda da Bastilha os atores Celso Frateschi e Denise Del Vecchio chegaram a ser presos em cena.
info@theatrosaopedro.org.br