A partir de ferramentas de vídeo, performance, teatro, dança e suas fronteiras, a diretora Martha Kiss Perrone propõe experimentações e compartilhamento de práticas baseadas em dispositivos dos espetáculos de sua direção, Rózà, Revolta Lilith e Quando Quebra Queima, e investigações de O Corpo Ardente, Corpo Apocalíptico, Corpo Descolonizado, Corpos em festa e guerra.
Neste laboratório de dois dias, serão elaborados objetos performativos a partir de práticas energéticas/corporais, textos e imagens. Aqui, a experiência e a autenticidade são mais importantes que a técnica, evocando corpos e narrativas dissidentes a partir da experiência pessoal e política de cada participante e a linguagem enquanto trauma e revolta que se reencena, deslocando para a cena situações e estados físicos ardentes.
PROPONENTE
Martha Kiss Perrone, diretora e atriz. Formada em artes visuais e teatro, pesquisa o cruzamento entre teatro e performance. Dirigiu os espetáculos Rózà, Revolta Lilith e Quando Quebra Queima do coletiva ocupação, grupo formado por estudantes, atores e performers que se conheceram durante o movimento secundarista, do qual é integrante. Dirigiu, em colaboração com Morena Nascimento, a performance Só me convidem para uma revolução onde eu possa dançar, com os estudantes de luta para a MIT São Paulo e Pacha Harvey Mama Zulu. Trabalhou nos filmes Elena, e Olmo e a Gaivota, de Petra Costa, além de Anorexia, dirigido por Moara Passoni. Na França, acompanhou a criação do espetáculo Les Naufragés du Fol Espoir, do grupo Théâtre du Soleil. Em Berlim, integrou o projeto Brasil - Alemanha, Haut aus Gold, no Marxim Gorki Theater, sob direção de Tilman Kolher com o Tablado de Arruar. Atualmente está colaborando no novo projeto do diretor suiço Milo Rau, com estreia no Brasil em 2020.