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O Exilio da Noite de Alejandro Lloret-2025-03-18 - Guia das Artes
O Exílio da Noite” de Alejandro Lloret
O Exílio da Noite” de Alejandro Lloret
Quando acontece
Terça, 18 Março até Sábado, 17 Maio
dom
seg
ter
qua
qui
sex
sab
Local
Galeria Cukier Arte
Rua Padre João Manuel, 176 Jardim Paulistano - São Paulo, Brazil 01411-000
Conteúdo

 

Paisagens imaginárias do cubano Alejandro Lloret são exibidas em
individual de inauguração de novo espaço da Cukier Arte, nos Jardins

Exibição com 28 pinturas em vários formatos tem curadoria de Andrés
Hernández


O pintor, desenhista, gravurista e poeta cubano Alejandro Lloret
inaugura a individual “Exílio da Noite” no novo espaço da paulistana
Galeria Cukier Arte, dia 18 de março de 2025 (terça-feira), das 18h às
22h, com um conjunto de 28 pinturas em grandes e pequenos formatos. As
duas salas da galeria, do galerista e artista Diego Cuker, são ocupadas
pelas obras.

Sob curadoria de Andrés Inocente Martín Hernández - também cubano, o
artista reapresenta uma natureza, não como um dado do real. Explora
paisagens luxuriantes, com predomínio de variações de cores vegetais,
potencializadas com a força da sua imaginação poética. A fauna também
está presente em seus trabalhos.

A arte de Alejandro é produto de uma formação pictórica e filosófica. As
duas disciplinas foram adquiridas desde os 12 anos, quando começou sua
iniciação no interior de sua província em Cuba. As paisagens se abrem
como janelas de um pensar estético.

“Para construir as minhas paisagens, me aproprio de livros de botânica,
de livros de paisagistas, gosto muito dos jardins de Roberto Burle Marx
(1909-1994), juntamente com outros autores, fotógrafos e artistas, entre
tantas outras fontes de inspiração, como por exemplo, correr no Parque
Ibirapuera. Enfim, é um banco de dados que venho construindo há 50
anos”, diz o artista.

A natureza que pinta, como ele observa, não é a real, não corresponde
exatamente a um catálogo botânico, apesar de similaridades com a que
vemos nos biomas brasileiros. Há ainda nelas, referências mescladas às
florestas cubanas: como os caules de palmeiras.
Alejandro insere o espectador no amálgama de um re-plantar poético em
diálogo com as ações das ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável -
conjunto de 17 metas globais estabelecidas pela Assembleia Geral das
Nações Unidas) e ESG (sigla em inglês que significa Environmental,
Social and Governance, ou seja, Ambiental, Social e Governança)
alinhadas a economia verde, baseada na luta contra a desertificação e
descarbonização, ampliando o comprometimento com a preservação.

Natureza ficcional
Os “lugares” apresentados por Alejandro têm, segundo ele, aparência de
“ficções”. Há uma incerteza”, resume. Na série exibida, surgem com
frequência animais como girafas, cavalos e outros. A fauna inserida
também não é fiel à realidade: não há girafa na fauna brasileira, por
exemplo. Os bichos estão solitários e compõem o paisagismo “surrealista”
do artista. Eles parecem posar em densos cenários florestais.

Ver as obras frente a frente amplifica a sensibilidade do espectador
para que esteja diante de uma “perfeita simulação”, algo que parece ser.
O trabalho exaustivo de velatura (técnica antiga na história da pintura
em que as pinceladas são repetidas) realça tal sensação. Ou seja,
Alejandro é um artista pensante, dialético, inquieto poeticamente, mas
que se dedica a técnica de grande mestre ao consumir horas e dias para
chegar aos resultados visuais e cromáticos.

Na série apresentada na Galeria Cukier Arte, há obras em que a
perspectiva é voltada para nuvens que pairam e predominam na paisagem
pelo tamanho. São matéricas, dominam o olhar e provocam sensação de
transcendência no espectador. A totalidade dos trabalhos foi produzida
desde 2023. A obra “Exílio da Noite”, vista na exposição, dá nome a
individual.
O curador Andrés Hernández diz que “cada obra é um pixel de um mundo
cheio de vida e energia, de reflexão, ação e convicções”. A obra de
Alejandro, é pertinente ao incentivar o debate, a partir da arte, sobre
o estágio atual da relação do homem com seu ambiente.
“Suas obras retomam e atualizam a pintura de paisagem (um dos gêneros
mais tradicionais da arte) de forma particular”, escreve o curador.
Destaca-se ainda o seguinte trecho do texto da exposição” “Vivenciamos
na exposição verdadeiros manifestos visuais resultado de uma percepção
ultrassensível, única, incomum e que se constituem como arco e
referência nas conexões entre arte e ciência, natureza e sociedade,
cultura e conduta”.

Sobre o artista
Alejandro Lloret nasceu em Yaguajay, na província de Sancti Spiritus, em
Cuba, em 1957. De 1973 a 1977, estudou na Escola Nacional de Artes em
Havana, especializando-se em pintura e desenho. Alejandro é um dos
precursores da Escola de Paisagens hiper-realistas cubanas. Vive e
trabalha em São Paulo, no Brasil, desde 1993. Sua produção foi
diretamente afetada pelo pintor norte-americano Andrew Wyeth
(1917-2009), que conheceu em Cuba e que lhe deu um olhar “quântico”. A
literatura também é fortemente presente em sua produção, sendo
influenciado pelo filósofo espanhol Miguel de Unamuno (1864-1936) e pelo
poeta português Herberto Helder (1930-2015).

Realizou exposições individuais como “Primavera Negra” na Almacén
Galeria Gávea no Rio de Janeiro, em 2013; na Embaixada do Brasil em
Bruxelas e na Galeria de Arte Nader, em Santo Domingo, na República
Dominicana, ambas em 2006 e na Ana Maria Mattei’s Gallery em Santiago,
no Chile, em 2002. No período de 2001 a 2004, algumas das suas pinturas
foram leiloadas em Nova York, na Rainforest Alliance e na Wildlife
Trust. Em 2013, participou da SP Arte e da Art Rio com a Galeria
Ipanema. Em 2017, participou da Arte Rio e da Feira da Hebraica, ambas
pela Almacén Galeria; em 2016, participou da SP Foto com a Galeria Arte
Hall e da Art Rio com a Almacén Thebaldi Galeria e em 2013, da Feira da
Hebraica / Almacén Galeria e da Arte Rio / Galeria Ipanema.

Participou de exposições coletivas como "Sinfonia da Arte" na Kovak &
Vieira Galeria de Arte, em São Paulo, em 2025; no Instituto Cervantes,
em São Paulo, em 2024; Bienal da Cerâmica em Jingdezhen, na China, com
curadoria de Tereza de Arruda, entre 2023-2024; "On Water & Plants" na
Troy House em Londres, com curadoria de Tereza de Arruda, em 2023; 14a
Bienal de Curitiba, em 2019; Polo Santa Catarina na mostra "Fronteiras
em Aberto", organizada pelo MASC – Museu de Arte de Santa Catarina, em
Florianópolis, em 2019; Galeria Arte Hall em São Paulo, em 2016;
Figarely’s Art Gallery em Phoenix, Arizona, em 2007; Palácio Itamaraty,
através da Fundação Armando Alvares Penteado, em 2006; Rainforest Art
Foundation de Nova York, exibindo no Las Vegas Art Museum, no Kaohsiung
Museum of Fine Arts em Taiwan e no Centro Cultural Chinês em Nova York,
entre 2001 e 2002. https://alejandrolloret.com

Sobre o curador
Andrés I. M. Hernández é Pesquisador, Professor, Curador e Critico de
Arte. Pós doutor pelo IA da UNESP, Doutor em Artes Visuais, Mestre em
Teoria, Crítica e Produção em Artes Visuais y graduado em Educação. Foi
coordenador de exposições na Bienal de Havana (Cuba - Centro de Arte
Contemporânea Wifredo Lam, 1994-1998), assistente curatorial do
departamento de curadoria do Museu de Arte Moderna de São Paulo, MAM-SP
(1999-2005), coordenador executivo do departamento de curadoria do
MAM-SP (2005-2010) e coordenador de projetos da Luciana Brito Galeria.
Em 2022 é curador do projeto PHYGSIONOMY IN CONTRADICTION no Kirkland
Lake Museum ( Museum of Northern History), Ontario Canadá, que inclui
palestras na Sur Gallerys ( Toronto), Quest Art School + Gallery,
Midland, na Novah Gallery, North Bay (com exposição) e na Temiskaming
Art Gallery, Haileybury; 2023 Cartografias Visuais para uma Escrita
LGBTI+ na SP Arte e no espaço do teatro da VIVO em São Paulo. Como
pesquisador é autor da Trilogia OBRAS COMENTADAS: da coleção do Museu de
Arte Moderna MAM de São Paulo (2007); Doações à coleção do Museu
Universitário de Arte MunA UFU (2016) e AVANTI CAMPINAS (2018); assim
como A pipa projeto de ocupação (2014), Ela que não É de Hugo Curti
(2021) e Transgressões Cerâmicas (Maio 2021) que é a primeira publicação
com esse viés no Brasil. Tem publicações em capítulos de livros,
artigos, jornais e revistas no Brasil e no estrangeiro como na revista
ARTERIA na Colômbia, ARTE CUBANO em Cuba e TÊMPERA no Brasil.

Sobre a galeria
Galeria Cukier Arte foi fundada em 2011, por Diego Cukier, grande amante
das artes, decidiu deixar a gastronomia para seguir carreira como
artista e também empreendedor, se tornando especialista em gravuras e
contando com um acervo de técnicas variadas, repleto de artistas
renomados, oferecendo também telas e esculturas de grande valor
artístico. Temos orgulho em proporcionar uma boa experiência em
conhecer, apreciar e adquirir obras de arte, garantindo que você receba
obras que dão o melhor valor para o seu dinheiro, no conforto da sua
casa. https://www.cukierarte.com.br/



SERVIÇO RÁPIDO
“O Exílio da Noite” de Alejandro Lloret
curadoria: Andrés Inocente Martín Hernández
abertura: 18 de março de 2025 (terça-feira), 18h às 22h
visita: 19 de março a 17 de maio de 2025
segunda a sexta, 10h às 19h
sábado, 11h às 15h
quanto: gratuito e livre

local: Galeria Cukier Arte
Rua Padre João Manuel, 176
Jardim Paulistano - São Paulo, Brazil 01411-000
telefones: (11) 97663-4515 - 97663-4515
site: https://www.cukierarte.com.br/

* Os horários podem variar em função de férias e feriados. Recomendamos ligar antes para verificar.
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