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O Palácio Rio Negro é um museu dedicado à memória da República em terras imperiais. Seu prédio, construído em 1889 para ser a residência do Barão do Rio Negro, rico comerciante de café, foi incorporado pelo Governo Federal em 1903. O Palácio Rio Negro é um museu dedicado à memória da República em terras imperiais. Seu prédio, construído em 1889 para ser a residência do Barão do Rio Negro, rico comerciante de café, foi incorporado pelo Governo Federal em 1903.
A partir da gestão de Rodrigues Alves passou a ser a residência oficial de verão dos Presidentes da República em Petrópolis. Desde então, recebeu dezesseis de nossos presidentes, o último deles o Presidente Luis Inácio Lula da Silva, em setembro de 2008. Os dias de glória foram vividos durante o Governo de Hermes da Fonseca, dentre eles o da realização de seu casamento com Nair de Teffé, célebre por suas mordazes charges publicadas sob o pseudônimo de Rian. Getúlio Vargas foi o presidente mais assíduo, lá estando em todos os verões ao longo dos dezoito anos que governou o país. A presença republicana na cidade de Petrópolis manteve-se viva até a fundação de Brasília. Entre as décadas de 1970 e 1980, o palácio não recebeu nenhum presidente. Seu uso foi retomado apenas no governo de Fernando Henrique Cardoso para breves férias na década de 1990. A memória da republicana volta à cena Durante várias décadas, os vestígios dessa memória resumiram-se aos relatos sobre curiosidades da passagem de alguns dos presidentes pela cidade. Hoje, constituem-se em fonte documentária e objeto de pesquisa sobre a presença republicana na cidade a partir do Palácio Rio Negro.
O Palácio Rio Negro, vinculado ao Museu da República/Ibram, integra o Percurso da Memória da cidade de Petrópolis. No andar térreo, o trabalho de restauração revelou a decoração original do piso de madeira: os pés de café, símbolo da riqueza do Barão do Rio Negro. Em exposição, mobiliário e objetos selecionados a partir do acervo sob a guarda do Museu da República; os quadros de todos os presidentes republicanos em ordem cronológica, de Washington Luís até Lula. Histórico Espaço Físico: prédio, território e entorno Construção eclética de 1889, segundo projeto de Antonio Januzzi, autor de diversas obras de grande importância à sua época, como as que compuseram a abertura da Avenida Central – atual Avenida Rio Branco – no centro do Rio de Janeiro, em 1904. Instituição: trajetória e natureza jurídica O Palácio Rio Negro, construído em 1889, por encomenda de Manoel Gomes de Carvalho, o Barão do Rio Negro, rico produtor de café. O Barão, entretanto, ocupou o Palácio, por apenas cinco anos.
Após a Proclamação da República deixou o país com a família transferindo-se para Paris, onde faleceu em 1898. Durante a Revolta Armada, em Niterói, Petrópolis foi elevada à capital provisória do Estado, o Palácio Rio Negro sua sede. Em 1902, com a volta do Governo da Província a Niterói, ficou o Palácio desocupado, tendo sido hipotecado ao Banco da República do Brasil devido às dificuldades financeiras por que passava o governo, terminando aí a primeira fase do Palácio Rio Negro como prédio público. A partir de 1903 o Palácio Rio Negro passou a pertencer ao Governo Federal transformando-se em residência oficial dos Presidentes da República, tendo recebido Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Braz, Epitácio Pessoa, Artur Bernardes, Washington Luiz, Getúlio Vargas, Eurico Gaspar Dutra, Juscelino Kubitscheck, João Goulart e Costa e Silva, encerrando-se com este os verões presidenciais em Petrópolis.
No governo de Ernesto Geisel o Palácio passou à guarda do Exército, só voltando a hospedar o Presidente da República no verão de 1996. Ocupado durante aproximadamente 12 anos pela Prefeitura Municipal de Petrópolis o Conjunto Arquitetônico Rio Negro foi devolvido à União por determinação judicial em novembro de 2005, passando a ser administrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, tendo sido tombado pelo Decreto-Lei 25/37 em 1982 integrando o Conjunto Urbano Paisagístico de Petrópolis.
mprn@museus.gov.br