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O leilão milionário da obra 'A Caipirinha', de Tarsila do Amaral - Guia das Artes
O leilão milionário da obra 'A Caipirinha', de Tarsila do Amaral
O leilão milionário da obra 'A Caipirinha', de Tarsila do Amaral
Beta Germano, em nova coluna, elucida a influência da artista paulista e os detalhes da peça que terá lance inicial a partir de 47 milhões de reais nesta quinta-feira, 17, em São Paulo
inserido em 2020-12-18 12:17:02
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A Caipirinham, de Tarsila do Amaral (Foto:Ding Musa) 
 
Muito foi discutido quando o Abaporu, uma das obras mais icônicas de Tarsila do Amaral e do modernismo brasileiro, foi vendido e levado para fora do país - a tela é, afinal de contas, um patrimônio nacional.  Em 1995 ela foi arrematada pelo empresário argentino Eduardo Constantini, por US $1,35 milhão - um recorde nacional na época. Constantini criaria o Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, o Malba, para o qual doou a coleção. O Abaporu voltaria a ser exibido no Brasil em 2008, em mostra na Pinacoteca do Estado, em São Paulo; em 2011, no Palácio do Planalto, em Brasília; em 2016, no Rio de Janeiro; e, mais recentemente, em 2019, numa retrospectiva organizada pelo MASP - sempre causando saudades e discussões sobre nossa capacidade de proteger e preservar trabalhos tão importantes.
 
Hoje, mais um trabalho da artista será leiloado e a data pode ficar novamente para a história: a pintura A caipirinha, produzida em 1923, terá um lance mínimo de 47 milhões de reais, um novo recorde para a arte arte brasileira, a partir das 20hrs, na Bolsa de Arte. "Nunca houve uma obra dessa relevância e deste valor sendo vendida no Brasil, por isso o leilão deve gerar uma grande expectativa. Até então, os dois recordes de vendas públicas no país eram de Superfície Modulada nº 4, de Lygia Clark, que alcançou R$ 5,3 milhões em 2013, e Vaso de flores, de Guignard, arrematada dois anos depois por R$ 5,7 milhões.", destaca Jones Bergamin, o Peninha, presidente da Bolsa de Arte.
 
Tarsila por volta de 1926 (Foto: Divulgação)A Caipirinha pode ser considerada um dos trabalhos expoentes desse período de sua produção. Com marcada inspiração cubista, a composição geométrica de seus elementos é responsável por apresentar uma condição expressamente bidimensional. As formas justapostas e recortadas do cenário trazem ainda um caráter lúdico à pintura: “a artista o faz como se as colasse de maneira ‘errada’ (sobretudo o retângulo sobre a casa e a árvore) [à esquerda na tela]”, explicou o curador Tadeu Chiarelli. Tarsila do Amaral abrange símbolos do espectro da tropicalidade, étnicos e de uma narrativa da história brasileira e a obra parece evocar ainda uma espécie de alter ego da própria artista, que nasceu numa família abastada de fazendeiros mas foi educada à maneira francesa.

A Caipirinha também estará disponível para visitação no Bolsa Arte (Foto: Ding Musa/Divulgação)MoMA, em 2018, intitulada Tarsila do Amaral: Inventing Modern Art in Brazil e com curadoria de Luis Pérez-Oramas e Stephanie D’Alessandro. No ano seguinte, o público brasileiro teve a oportunidade de ver uma importante seleção de seus trabalhos em Tarsila Popular, no MASP,  a mais ampla exposição já dedicada à artista no Brasil, com 92 obras, e recorde de público na história do museu, com 403 mil visitantes. Em novembro de 2020, a pintura Idílio, de 1929, esteve à venda na versão online da Tefaf – The European Fine Art Fair por US $7 milhões. No ano que vem será lançado um filme infantil, produzido pela TV Pinguim, narrando as aventuras de Tarsilinha.

 

Fonte: Vogue

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