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Museu Afro Brasil inicia comemorações dos seus 15 anos celebrando SP - Guia das Artes
Museu Afro Brasil inicia comemorações dos seus 15 anos celebrando SP
Museu Afro Brasil inicia comemorações dos seus 15 anos celebrando SP
Mostra reúne mais de 500 itens históricos entre pinturas, fotografias, cartazes, objetos, vestimentas, recortes de jornais e revistas, mapas, brinquedos e porcelanas que traçam uma cronologia da cidade.
inserido em 2019-04-05 19:35:42
Conteúdo

Oscar Pereira da Silva (1887-1939) Fundação de São Paulo óleo sobre tela
Acervo Museu Paulista da USP
 
 
O Museu Afro Brasil, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Museu Afro Brasil – organização social de cultura, abre no sábado, dia 6 de abril, às 11h, a exposição “Museu Afro Brasil, nos seus 15 anos, celebra São Paulo: uma iconografia urbana”, que destaca, a partir de uma série de elementos artísticos e culturais, a transformação da cidade de São Paulo de um povoado em megametrópole cosmopolita. Nela, o curador e diretor do Museu Afro Brasil Emanoel Araújo reúne mais de 500 itens históricos entre pinturas, fotografias, cartazes, objetos, vestimentas, recortes de jornais e revistas, mapas, brinquedos e porcelanas que traçam uma cronologia da cidade.

“São Paulo é uma cidade-síntese, que resume em si toda a riqueza da diversidade étnica e cultural de nosso país, e que, por sua condição cosmopolita, não a isola da realidade do mundo globalizado em que vivemos. É aqui que todas as diferenças se encontram e se confrontam, que todas as sínteses se tornam possíveis, todos os choques visíveis, mais que em qualquer outra parte do país. Aqui é o lugar onde um Afro Brasil nos oferece o desafio de uma herança a resgatar”, ressalta Emanoel Araujo, curador da exposição e também fundador do Museu Afro Brasil, que comemora 15 anos de atividade em 2019.

A exposição está dividida em alguns núcleos: “São Paulo, uma metrópole industrial”, onde são exibidas placas de propaganda, louças, brinquedos, objetos de decoração, mobiliário do Liceu de Artes e Ofícios, embalagens de diversos produtos alimentícios, entre outros itens que indiciam tanto a indústria paulistana quanto sua relação com a economia mundial. Em “Belle Époque Paulistana”, o curador apresenta objetos ligados aos costumes dos anos 1920, destacando vestidos e croquis da Maison Marnah, da celebrada modista Madame Maria Adelaide da Silva, além adereços como bolsas, leques, artigos de beleza e dois raros tecidos da pintora e decoradora brasileira Regina Gomide Graz (1897-1973). O núcleo “Revolução Constitucionalista de 1932”, por sua vez, traz a público vasta iconografia que inclui mapas, esculturas em bronze, flâmulas, porcelanas, bandeiras que referenciam o movimento armado ocorrido entre julho e outubro de 1932, quando o estado de São Paulo entro em conflito com o governo de Getúlio Vargas.

O núcleo “Carnaval Paulistano” reúne reproduções e fotografias originais que resgatam a importância da presença negra na festa popular na cidade. “IV Centenário” é o núcleo de maior diversidade de suportes. Nele, filatelia, numismática, discos, copos, louças, bandejas, revistas, pôsteres e mapas rememoram as festividades e celebrações que marcaram a efeméride dos 400 anos da cidade no ano de 1954, data em que foi inaugurado o Parque Ibirapuera. 

Artes visuais, música e imprensa, aqui incluídos periódicos raros e frágeis, não ficam de fora das escolhas do curador, cada uma delas recebendo uma área específica dentro da exposição. A curadoria de artes visuais, contudo, dá ênfase aos artistas brasileiros participantes da 2ª Bienal de São Paulo, realizada entre 1953 e 1954, conhecida como a “Bienal da Guernica”, em referência à vinda da célebre obra “Guernica” (1937) de Pablo Picasso, exibida nas dependências do atual Museu Afro Brasil. São exibidas obras de: Aldemir Martins, Danilo Di Prete, Sanson Flexor, Manabu Mabe, Aldo Bonadei, Lothar Charoux, entre outros. 

Ao reunir esse vasto conjunto de itens preciosos, Emanoel Araújo ilustra a riqueza material e simbólica das transformações por que a passou a vila de São Paulo de Piratininga do século XVI ao posto de maior cidade da lusofonia e principal centro financeiro e mercantil do Hemisfério Sul. “Museu Afro Brasil, nos seus 15 anos, celebra São Paulo: uma iconografia urbana” conta, também, com uma extensa cronologia, exibida numa das paredes da mostra, que sinaliza os principais acontecimentos da cidade de São Paulo, auxiliando o visitante a desfrutar com rigor histórico essa memorável e superlativa exposição.
 
 
 
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