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Farol Santander reúne arte, lazer e empreendedorismo em símbolo de SP - Guia das Artes
Farol Santander reúne arte, lazer e empreendedorismo em símbolo de SP
Farol Santander reúne arte, lazer e empreendedorismo em símbolo de SP
Prédio, onde funcionava o Banespa, já foi o maior da América do Sul
inserido em 2018-01-25 19:28:19
Conteúdo

Por Márcio Bastos

 

A arquitetura é um símbolo da sociedade em que é produzida. Não por acaso, o antigo edifício Altino Arantes, conhecido pelos paulistas como Banespão, já que por anos foi sede do Banespa, é um retrato da São Paulo da primeira metade do século 20. Sua construção começou em 1939 e foi finalizada em 1947, com 35 andares e 162 metros, sendo, na época, a maior estrutura de concreto armado da América do Sul. Desde 2000 incorporado ao patrimônio do Banco Santander, o espaço reabre sob o nome de Farol Santander, buscando retomar o papel de espelho da capital paulista contemporânea, assim como de espaço de construção de seu futuro.

Com inauguração marcada para esta quinta-feira (25), dia do aniversário da cidade de São Paulo, o Farol Santander ocupa 18 dos 35 andares com atividades culturais, preservação de memória, espaços para fomento da economia criativa, lazer e gastronomia. Desde o térreo, o público é convidado a imergir na arquitetura art déco da época, com inspiração no Empire State Building, em Nova York. O prédio, afinal, foi construído em um momento de euforia financeira e cultural e tanto sua estrutura, quanto a decoração (o lustre de 13 metros no hall de entrada é fascinante) demonstram esse espírito da época.

Essa sensação continua 2º e 3º andares, respectivamente, os destaques são, respectivamente, uma experiência audiovisual contando a relação do prédio com a cidade e salas de atendimento que dão ao visitante a noção de como era abrir uma conta no local em meados do século passado. No 5º andar, todas as instalações e o mobiliário de madeira de jacarandá são originais, oferecendo um vislumbre da cúpula do poder da instituição financeira.

Segundo a gestora do projeto, Paola Sette, desde o início da concepção do projeto, a ideia era que ele respeitasse a história do edifício e sua relação com São Paulo ao mesmo tempo em que explicitasse o potencial criativo da cidade e de seus habitantes. “Com esta iniciativa, pela primeira vez o público terá acesso a algumas áreas do edifício, já que antes se tratava de um edifício puramente comercial, além de desfrutar de um novo espaço de cultura e lazer”, reforça.

No quarto andar, Vik Muniz apresenta a instalação Vista 360, composta por fotos da vista do mirante do edifício feitas de diversos materiais, muitos deles retirados das quase 20 toneladas de sucatas produzidas pelo Farol. O trabalho tem um valor afetivo para o artista plástico, já que o prédio era usado como referência na sua infância para localizar que tinha chegado ao centro da capital, onde sua mãe trabalhava. Ao todo, são 6 painéis de 150x200 cm e um de 100x2015 cm.

 

INOVAÇÕES

A Arena de Economia Criativa, no 8º andar, será voltada para o empreendedorismo, com encontros e palestras quinzenais abertas ao público (também haverá transmissão online). A arena tem três eixos principais de ação: inovação, empreendedorismo e cidadania ativa e contará com palestrantes nacionais e internacionais.

Um dos aspectos mais inusitados do local é a pista de skate localizada no 21º andar. Com vista privilegiada da cidade, a área de lazer foi idealizada pelo campeão mundial Bob Burnquist. Logo acima, nos 22º e 23º, a arte contemporânea é o grande destaque, com espaços expositivos que receberão, a cada 100 dias, novos trabalhos de artistas do Brasil e do exterior, sob a curadoria de Facundo Guerra e Tatiana Wlasek. Neste período inaugural, estão em exibição os trabalhos Diurna, da brasileira Laura Vinci, e a instalação O Dia Que Saímos do Campo, do coletivo russo Tundra.

O projeto conta ainda com um loft no 25º andar, com 335 m² e projeto assinado pelo escritório de arquitetura francês Triptyque. A diária do espaço custa cerca de R$ 4 mil.

Outro espaço que deve conquistar os visitantes é o mirante, no 26º andar, a 160 metros de altura. Na área, está localizado um café, também com decoração art déco. O preço da entrada do Farol Santander varia dependendo do tipo de atividade que se queira, partindo do valor mínimo de R$ 15 (apenas o mirante) e chegando a R$ 20, com o passeio completo. Para a pista de skate, paga-se R$50 por hora. O espaço estará aberto ao público a partir da sexta (26).

 

O jornalista viajou a convite do Santander

 

Fonte: JC Online

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