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Difundir o mercado de artes plásticas em Patos de Minas – MG sempre foi o pensamento de Evandro Valença, por isso em 2014 começou a aproximação com pintores contemporâneos brasileiros. Contando com artistas importantes no cenário mundial, tais como: Siron Franco, Marcelo Solá, Gonçalo Ivo, Jamisson Pedra, Rogério Tunes, entre outros, temos a honra de trazer ao publico a “Galeria de Arte – Evandro Valença“. SIRON FRANCO Gessiron Alves Franco nasceu em Goiás Velho (GO), em 26 de julho. Muda-se para Goiânia em 1950. Em 1960 estuda pintura com D. J. Oliveira e Cleber Gouvêa, ano em que também é aluno-ouvinte da Escola de Belas Artes da Universidade Católica de Goiânia. Entre 1969 e 1971, freqüenta os ateliês de Bernardo Cid e Walter Levy, em São Paulo, integrando o grupo que faz a exposição Surrealismo e Arte Fantástica, na Galeria Seta. Em 1975, com o prêmio viagem ao exterior, reside entre capitais européias e o Brasil. Em 1979, inicia o Projeto Ver-A-Cidade, realizando diversas interferências no espaço urbano de Goiânia. Entre 1985 e 1987, faz direção de arte para documentários de televisão, como Xingu, concebido por Washington Novaes e premiado com medalha de ouro no Festival Internacional de Televisão de Seul. Siron Franco é um artista muito ligado às questões sociais: quando do acidente com o césio 37, elemento radioativo que causaria grandes danos de saúde a pessoas pobres de Goiânia, o artista pintou série intitulada “Césio”, atuando contra o descaso das autoridades diante do desamparo dos cidadãos. Os povos indígenas também foram tema de um memorial feito por Siron Franco, em respeito e homenagem ao contínuo massacre dessas populações. A devastação da natureza também seria um de seus motivos, denunciando a caça e a matança de animais. ROGÉRIO TUNES Há obras de arte que se afirmam desde o início pelo sucesso na recepção. Sem agenciamentos do aparatus crítico, sem a propulsão do imperativo da inovação. Tal qual! Empatia espontânea, sincronia nos esquemas de percepção do gusto de um segmento do Zeitgeist com as peculiaridades da fatura e a estética subjacente à obra. Simplicidade no fenômeno da aceitação. Nenhuma grande rationale filosofante a ser perscrutada pela análise crítica. Assim é o processo de impacto estético da obra de Rogerio Tunes. Essa pintura abstrata informal de cunho episodicamente expressionista, causa bonheur na recepção e certo malaise na critica. Pinceladas vigorosas, arremessos cromáticos, um certo tachismo (na acepção recente de Pierre Guéguem), energia vital que procura expressão plástica… A expressão artística de Rogerio Tunes na pintura é um ato de afirmação artística, uma metáfora do Kunstwollen de um dos paradigmas da teórica estética alemã da virada do século XIX para o XX. Com percurso acadêmico e profissional nas artes gráficas, a vivência de uma temporada em Nova Iorque, no início da década de 80, terá certamente sido fundamental em seu futuro savoir-faire artístico. Pollock e De Kooning representam, segundo ele, as influências mais decisivas desse período. As variantes de um certo abstracionismo informal em confrontos e metamorfoses com um moderado expressionismo abstrato falam pelas linhas de força, pelo centro de gravidade que sustentam e determinam o ato criativo. A expressão artística de Rogerio Tunes é depurativa diante de si mesma e do espectador. Ocorre na recepção uma simplificação da carga semiótica; um certo minimalismo polissêmico, não raramente quase rudemente simples em sua expressão. O diafragma que intermedia a obra e a recepção reduz o campo significativo e enfatiza quase que com simplória eloquência o impacto estético em sua mais imediata contundência – enseja o fruir da obra de arte de uma maneira imediata, tout court. Duveen dissera certa vez que a obra de arte boa para o público e para o marchand é aquela que se vende por si só. Essa afirmação, brutalmente simples, deixa críticos de sobrancelhas arqueadas e diz muito da obra de Rogerio Tunes. Que segredo contêm elas, para além dos cortes e recortes do pós-moderno, que expliquem seu bem sucedido apelo? Uma magia cromática, reverberações discretas de arquétipos no inconsciente moderno? O élan vital que perpassa suas largas pinceladas? O jogo de claros/escuros, de ascendentes/descendentes? A tensão do plano que evita e descarta as profundidades? O pragmatismo abstrato de Rogerio Tunes está em conivência com o espírito da época: despojamento enfático da retórica cromática, eliminação das recorrentes metafísicas. Mas também a metáfora cósmica permeia o campo cromático e semântico, sístoles e diástoles tachistas evocam a dinâmica das forças de um caos original que ele tenta plasticamente representar… e controlar! Aqui o Kunstwollen se faz mais presente e a sensação e constatação do senso de composição de suas telas restaura-nos a impressão de possibilidade, de terra firme. Por fora do caos, da gigantomachia das convergentes e rispidamente contrastadas cores, existe um formato, um formato de cunho abstrato, um anteparo, um direcionamento estético malgré tout, enfim, uma controlada ousadia; um artista que desordena e restaura ao mesmo tempo. Há algo, até mesmo, de um certo classicismo subjacente, um elemento recorrente, restaurador, talvez um otimismo sísifico que se recusa a arrastar-se pela conflagração desordenada das forcas caóticas que ele procura representar. Há também um certo confronto com o vazio primordial, um desafio diante do horror vacui. O imperativo do rigor é uma herança provável de uma influencia distante, velada, talvez de Mondrian. A paleta de Rogerio Tunes é decididamente grave, mas de uma gravidade afirmativa, enérgica e otimista. É essa uma de suas diferenças com a variante abstrata da tradição expressionista. Os contrastes ocorrem, sobretudo com as cores frias – um preto onipresente e soberano – entremeados por um episódico elemento restaurador ou transgressor do amarelo ou vermelho, mas que podem também atuar como tenores de seu concerto cromático. Graves, mas não drásticos. Graves e, sobretudo não tristes. Seu amarelo não possui de modo algum a drasticidade emocional de seus antepassados expressionistas. Seu vermelho não é tampouco sentimental, espalhafatoso. É um vermelho ostinato. Se ele excitar em demasia sempre haverá um azul para acalmar. O episódico verde de uma fase pretérita é hoje raro. Uma paleta vital dentro de uma expressão abstrata que se tornou a via do artista, um artista que se recusa a aceitar propaladas definições acadêmicas que lhe enfiem etiquetas como se fossem moldes referenciais a pré-determinar-lhe a produção. JAMISON PEDRA Arquiteto, pintor, fotógrafo, cineasta, cenógrafo e professor, Jamison Pedra mantém a antiga tradição de combinar arte com ciência, afirmando que usa a perspectiva para criar a ilusão do volume apoiado no trompe oeil. Desde cedo, Jamison tomou parte nos movimentos de vanguarda da Bahia. Em 1963, realizou a sua primeira exposição individual na Galeria Bazarte de Salvador, seguida de várias outras, como a de 1966 no Museu de Arte Moderna local. Em 1969, a mostra Poesia e Desenho juntou a sua arte com os poemas de Miriam Fraga. Nos anos 70, ele teve apenas três individuais, mas em 1981 levou sua obra a Toledo e Cincinatti, no Estado de Ohio, nos Estados Unidos. Depois de vários eventos na Bahia, realizou, em 1988, a primeira individual no Rio, na Galeria Ana Maria Niemeyer. Em 1997, um destaque: a exposição Arte e Computador na Galeria Prova do Artista, na capital baiana, na qual conquistou o primeiro prêmio. Em 2002, fez exposição individual no Museu de Arte Moderna da Bahia. Jamison tem tomado parte em inúmeras coletivas, principalmente na Bahia, orém é importante a sua presença nas bienais de São Paulo de 1967 e 1973 e na mostra 150 Anos de Arte na Bahia. Outros destaques: a exposição Artistas Brasileiros no Senegal, a mostra A Mão Afro-Brasileira junto com o livro homônimo e Paz, também em conjunto com a publicação do mesmo nome. Impossível esquecer a mostra Tropicália, de 1998, comemorativa aos 30 anos do movimento. GONÇALO IVO Gonçalo Ivo de Medeiros é filho do escritor Lêdo Ivo (1924), o que possibilita sua convivência com escritores e artistas desde a infância. Em 1973, frequenta os ateliês dos astistas Augusto Rodrigues, Abelardo Zaluar (1924 – 1987) e Iberê Camargo (1914 – 1994). Estuda pintura no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM/RJ, em 1975, sob orientação de Aluísio Carvão (1920 – 2001) e Sérgio Campos Melo. Arquiteto, formado pela Universidade Federal Fluminense – UFF, exerce atividades como professor do Departamento de Atividades Educativas do MAM/RJ, entre 1984 e 1986, e como professor visitante da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro – EBA/UFRJ, em 1986. Trabalha também como ilustrador e programador visual para as editoras Global, Record e Pine Press. No decorrer de sua carreira, vem realizando diversas exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Em 2000, faz cenário para o programa Metrópolis da TV Cultura. Nesse ano, muda-se com a familia para Paris, onde monta ateliê. EDUARDO SUED Eduardo Sued (Rio de Janeiro RJ 1925). Pintor, gravador, ilustrador, desenhista, vitralista e professor. Gradua-se na Escola Nacional de Engenharia do Rio de Janeiro, em 1948. No ano seguinte estuda desenho e pintura com Henrique Boese (1897-1982). Entre 1950 e 1951, trabalha como desenhista no escritório do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012). Em 1951, viaja para Paris, onde freqüenta as academias La Grande Chaumière e Julian. Em sua estada na capital francesa entra em contato com as obras de Pablo Picasso (1881-1973), Joán Miró (1893-1980), Henri Matisse (1869-1954) e Georges Braque (1882-1963). Retorna ao Rio de Janeiro em 1953 e freqüenta o ateliê de Iberê Camargo (1914-1994) para estudar gravura em metal tornando-se mais tarde, seu assistente. Leciona desenho e pintura naEscolinha de Arte do Brasil, em 1956 e, no ano seguinte, transfere-se para São Paulo, onde ministra aulas de desenho, pintura e gravura, na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), de 1958 a 1963. Em 1964, volta a morar no Rio de Janeiro e publica o álbum de águas-fortes 25 Gravuras. O artista não se vincula a nenhum movimento mantendo-se alheio aos debates da época. Sua carreira teve uma breve etapa pautada no figurativismo, mas logo se encaminha paraabstração geométrica. Nos anos de 1970, aproxima-se das vertentes construtivas, desenvolvendo sua obra a partir da reflexão acerca de Piet Mondrian (1872-1944) e da Bauhaus. Entre 1974 e 1980, ministra aulas de gravura em metal no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ).
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