O Museu dos Esportes - localizado sob as arquibancadas do Estácio Rei Pelé - Maceió - AL é um dos mais dinâmicos museus da capital alagoana. O seu idealizador - Lauthenay Perdigão do Carmo, ao visitar museus seguidamente, via sempre a mesma "paisagem" por anos a fio. Quando decidiu montar o próprio museu, já tinha em mente "reinventá-lo" a cada dois meses, cuja prática é seguida religiosamente. Nesta nossa visita ao Museu dos Esportes, Marquinhos e eu convidamos um amigo- Fabrício Oliveira - um aficionado por futebol, torcedor do São Paulo e do CRB para nos assessorar nesta visita. Tivemos o privilégio de sermos recebidos no museu - no momento em que este estava em recesso devido aos jogos da Copa do Mundo e à utilização do Estádio Rei Pelé pela Seleção de Gana - pelo presidente do museu, Lauthenay, um homem dedicado aos esportes que teve seus momentos de glória jogando pelo CSA. Depois desta experiência, tornou-se bancário e, nas horas vagas, locutor de rádio especializado em esportes. Como radialista, passou a colecionar camisas e bolas dos jogos que comentava e fazia matérias de campo. Lauthenay nos contou que sempre gostou de ser repórter investigativo e para isso, frequentava periodicamente os arquivos do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (um dos Espaços Culturais que faz parte desta edição), onde vasculhava antigos de jormaois e resitas à procura de notícias sobre determinado jogador ou esportista - aposentado - com a finalidade de montar uma reportagem especial. A Rádio Gazeta e Rádio Progresso – as ícones em rádios da época - foram a base de alguns livros que escreveu. Conhecido nos meios de divulgação esportivos, Lauthenay manifestava – aos amigos mais chegados – a vontade de montar um museu onde pudesse exaltar e lembrar - principalmente – os desportistas do passado. Praticamente todos a quem mostrava seu projeto de museu o incentivava e apoiava a ideia. Homenagem a Dida Edvaldo Alves Santa Rosa, Dida, é um lendário alagoano que começou jogando no CSA, transferiu-se para o Flamengo onde passou doze anos. Foi tri-campeão carioca em 1953/54/55. Na decisão do tri-campeonato, no jogo Flamengo 4 x América 1, fez os quatro gols do Flamengo. Desse clássico, o museu guarda a camisa usada por nosso tri-campeão, a qual se encontra junto com as faixas do tri-campeonato. Dida também jogou na seleção brasileira de 1958, indo para a copa da Suécia como titular. Atuou na primeira partida contra a Áustria,contundiu-se e perdeu o lugar para Pelé.