Carregando... aguarde
Sergio Telles imagens - Guia das Artes
Sergio Telles
Informações
Nome:
Sergio Telles
Nasceu:
Rio de Janeiro, RJ (14/04/1936)
Biografia

Em meados de 1954 estuda na Colméia, no Rio de Janeiro. Realiza sua primeira exposição individual em 1955, no Rio de Janeiro. Em 1957, viaja pela Europa e visita os principais museus da Itália, França, Holanda e Portugal. Nessa mesma época, faz estágio nos serviços de restauração da Pinacoteca do Vaticano. De volta ao Brasil, freqüenta os ateliês de Rodolfo Chambelland, Oswaldo Teixeira e de Marie Nivoulies de Pierrefort, no Rio de Janeiro. Em 1964, ingressa na carreira diplomática. Na década de 70, viaja para Porto Seguro, Bahia, por sugestão do escritor Jorge Amado, e realiza desenhos e óleos, publicados em livro, com a colaboração de Jorge Amado e Jeanine Warnwood. É autor de Nivouliès de Pierrefort, editado em Buenos Aires pelo Museu de Arte Moderna, 1974; e ilustrador de Rio de Janeiro, lançado no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, em 1978.

Cronologia

Realizou, entre outras, as seguintes exposições individuais: 1955 – Rio de Janeiro. 1969 – Galeria L'Angle Aigu, Bruxelas, Bélgica; Galeria Debret, Paris, França. 1972 e 77 – Galeria Wildenstein, Buenos Aires, Argentina. 1973 – Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro; Pinacoteca do Estado, São Paulo. 1977 – Museu de Arte Brasileira, Fundação Armando Álvares Penteado, São Paulo; Galeria La Cave, Paris. 1978 – Galeria Wildenstein, Londres, Inglaterra. 1979 – Galeria La Cave, Paris; Galeria Lebreton, Rio de Janeiro. 1980 – Galeria Fujikawa, Osaka, Japão. 1982 – Retrospectiva, Museu Carnavalet, Paris, França. 1986 – Homenagem aos 50 Anos de Sergio Telles, Museu Petit Palais, Genebra, Suíça. 1988 – Retrospectiva, Museu de Arte de São Paulo, São Paulo. 1989 – Galeria Oscar Seráphico, Brasília, DF. 1994 – Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte, São Paulo; Escritório de Arte da Bahia, Salvador, BA. 1995 – Sérgio Telles: Pinturas e Desenhos, BDMG Cultural, Belo Horizonte, MG.

Participou, dentre outras, das seguintes exposições coletivas: 1954 – Salão Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, prêmio estímulo. 1979 – Galeria Rosenbach, Hanover, Alemanha; Galeria do Perron, Genebra, Suíça. 1981 – Júlio Pacello e suas Edições de Arte, Biblioteca Municipal, Tóquio, Japão. 1982 – Museu de Arte Moderna, Miê, Japão; Galeria Wildenstein, Buenos Aires. 1989 – Exposição, no Museu da OEA, Washington D.C., Estados Unidos. 1994 – Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, Casa da Cultura, Poços de Caldas, MG. 2005 – Operário Viajante, Galeria Arte 57, São Paulo.

Outras imagens
Colabore conosco
Você tem informações sobre este artista ou acredita que algum dos tópicos do conteúdo está errado?
clique aqui e colabore conosco enviando sua sugestão, correção ou comentários.
Nome
Email
Mensagem
Enviar
Peças sendo leiloadas, compre agora
iArremate leilões
11 de Dezembro às 20:30

SERGIO TELLES ( Rio de Janeiro, 1936 — São Paulo, 2022)
"Rua no bairro do Estácio de Sá, Rio de Janeiro 1986"
INSCRIÇÃO NO VERSO: Estudo deste está reproduzido no livro "Rio de Janeiro", Editora Record, 1987.
Óleo sobre madeira.
Medidas: 27 x 41 cm. Emoldurado: 44 x 58 cm.

O ARTISTA FAZ PARTE DE IMPORTANTES ACERVOS EM MUSEUS:
Carnavalet
Beaubourg
Arte Moderna de Paris
Grenoble e Marselha
Petit Palais de Genebra
Hermitage de São Petersburgo
Pouchkine de Moscou
MASP de São Paulo
Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro
Fundação Gulbenkian
Museu de Lisboa
Bridgestone de Tóquio
Albertina de Viena
Palácio Kheireddine de Túnis

iArremate leilões
16 de Dezembro às 20:00

Sérgio Telles - Póvoa do Varzim  - 23 x 31 cm - Serigrafia - Assinatura canto inferior direito 

iArremate leilões
11 de Dezembro às 20:30

SERGIO TELLES (Rio de Janeiro, 14 de abril de 1936 — São Paulo, 24 de janeiro de 2022)
Porto Seguro, BA 1963.
Óleo sobre tela
Assinado no c.i.e. Localizado no c.i.d: Porto Seguro, 1963.
Carimbo no verso:"Fukaoka Canvas".
Medidas: 32 x 41 cm. Emoldurado: 52 x 60,5 cm.

PORTO SEGURO RECRIADO POR SERGIO TELLES - JORGE AMADO, 1976.

No momento mesmo de embarcar para a Europa - quando já a saudade do Brasil, a saudade da Bahia, de cada pessoa, de cada coisa, de cada recanto se faz presente e dolorosa - desaba sobre mim, a aprofundar o espinho na carne, a visão da obra realizada pelo pintor Sergio Telles tendo como tema a região de Porto Seguro - o mar, a montanha, o casario, o povo, o princípio do Brasil, o lugar onde a grande mistura começou a nos plasmar, a construir a nação brasileira.
Ah! acrescento às lembraças da beleza e da ruína, do que temos e do que nos estão roubando, a paisagem única e a devastação criminosa de Porto Seguro.

Uma coisa quero dizer aqui, antes de embarcar e colocar o mar Atlântico entre tanto sentir e tanto querer: Sergio Telles fez-se guardião do patrimônio do povo brasileiro, fixou para o fu- turo, para sempre, nas cores destas telas, a memória que deveria ser sagrada e estar de há muito preservada de Porto Seguro, como uns poucos artistas fizeram de referência a outros bens do nosso abandonado e destruído patri- mônio: como fez o Aleijadinho com a região do
ouro em Minas Gerais, Guignard com Ouro Preto, Carybé com a Bahia, Di Cavalcanti com determinadas expressões da vida popular.
Assim Sergio Telles com Porto Seguro: amanhã se saberá, através dessa obra maior de um grande pintor brasileiro e universal, como era, ainda, na década de setenta, o chão onde primeiro os lusitanos plantaram os pés e derrubaram as índias no mato para fazer mestiços, antes da chegada dos negros escravos que trouxeram nos navios da desgraça a força da vida e da alegria. Sergio Telles, de volta de romaria a Salvador, pousou os olhos na paisagem deslumbrante, sem igual, de Porto Seguro e decidiu fixar a beleza e a grandeza. Todos nós devemos ser gratos a este artista sensível e consciente.

Uniram-se um grande pintor e um grande tema.
A obra de Sergio Telles, sempre liberta dos modismos que tanto corrompem nossa pintura, distante de qualquer ambição de sucesso à custa de concessões, outra característica malsãda vida plástica nacional contemporânea, vem crescendo e se impondo como das mais fortes e completas. Com a fase de Porto Seguro, ela atinge a qualidade e a condição de obra definitiva.

Salvador, Bahia, 1976

Obras deste artista