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Em 1963 foi inaugurado o Teatro Ruth Escobar, de propriedade da atriz Ruth Escobar, que, graças ao apoio obtido junto à colônia portuguesa, conseguiu levantar um admirável complexo arquitetônico, voltado para a realização de atividades culturais de todas as espécies.
A montagem de estréia foi "A Ópera dos Três Vinténs", de Bertolt Brecht, sob a direção de José Renato, configurando, desde o início, o caráter revolucionário desta casa de espetáculos.
Três décadas passadas e o teatro Ruth Escobar, escrevendo sua história nas páginas de heróica resistência política e cultural, marcou tentos inesquecíveis na consolidação de uma cultura genuinamente nacional. "Roda Viva", de Chico Buarque de Holanda, "Feira Paulista de Opinião", de vários autores, "A Viagem", de Carlos Queiroz Teles, "Revista Henfil", de Henfil, "Caixa de Cimento", de Carlos Henrique Escobar e "Fábrica de Chocolate", de Mário Prata são alguns espetáculos que contribuíram definitivamente para a identificação dos rumos da moderna dramaturgia brasileira. Da mesma forma "O Balcão" de Jean Genet, sob a direção de Victor Garcia, "As Fúrias", de Rafael Alberti e "Romeu e Julieta", de Shakespeare colocaram o Teatro Ruth Escobar na vanguarda teatral do planeta, em absoluta sintonia com o seu tempo.
33 anos depois, em 1997, a APETESP, durante a gestão do então Presidente Sérgio D'Antino, dá início ao processo de compra deste equipamento teatral, evitando que o mesmo caísse em mãos da especulação imobiliária, em virtude da grave crise econômica pela qual passa o país.
Este é um procedimento ainda não encerrado, e o próximo passo é captar recursos que possibilitem a transformação do Teatro Ruth Escobar em Centro Cultural Ruth Escobar, fornecendo à cidade de São Paulo um ponto fixo de referência para todas as atividades culturais desenvolvidas em nossa comunidade, finalizando assim o propósito com o qual esta casa de espetáculos foi construída, que era o de se transformar em sinônimo da cultura emergente que se faz em São Paulo e no mundo.