“Todas as áreas são importantes para mim: paisagismo, tapeçaria, design de joias, desenho, pintura, botânica. Uso todos como um poeta buscando palavras. E é com isso que me esforço mais. Eu não vou fazer uma pintura que é um jardim. Sem dúvida a pintura e as outras expressões artísticas influenciaram todo meu conceito de arte. Mas eu tento sempre evitar fórmulas. Eu odeio fórmulas. Eu amo os princípios”.
-Roberto Burle Marx
“Já decidi o lugar da minha sepultura: no sítio, debaixo de uma árvore frondosa. Quero me transformar em árvore, na qual cada dedo terá uma floração violenta e sentirei o vento, a tempestade e os relâmpagos a me iluminar. Assim minha perpetuação se fará”.
-Roberto Burle Marx
Paisagista, arquiteto, desenhista, pintor, gravador, litógrafo, escultor,tapeceiro, ceramista, designer de jóias, decorador. Durante a infância vive no Rio de Janeiro. Vai com a família para a Alemanha, em 1928. Em Berlim, estuda canto e se integra à vida cultural da cidade, freqüenta teatros, óperas, museus e galerias de arte. Entra em contato com as obras de Vincent van Gogh (1853-1890), Pablo Picasso (1881-1973) e Paul Klee (1879-1940). Em 1929, freqüenta o ateliê de pintura de Degner Klemn. Nos jardins e museus botânicos de Dahlen, em Berlim, entusiasma-se ao encontrar exemplares da flora brasileira. De volta ao Brasil, faz curso de pintura e arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), Rio de Janeiro, entre 1930 e 1934, onde é aluno de Leo Putz (1869-1940), Augusto Bracet (1881-1960) e Celso Antônio (1896-1984). Em 1932, realiza seu primeiro projeto de jardim para a residência da família Schwartz, no Rio de Janeiro, a convite do arquitetoLucio Costa (1902-1998), que realiza o projeto de arquitetura com Gregori Warchavchik (1896-1972). Entre 1934 e 1937, ocupa o cargo de diretor de parques e jardins do Recife, Pernambuco, onde passa a residir. Nesse período, vai com freqüência ao Rio de Janeiro e tem aulas com Candido Portinari (1903-1962) e com o escritor Mário de Andrade (1893-1945), no Instituto de Arte da Universidade do Distrito Federal. Em 1937, retorna ao Rio de Janeiro e trabalha como assistente de Candido Portinari. O final da década de 1930 arca a integração de sua obra paisagística à arquitetura moderna, época em que o artista experimenta formas orgânicas e sinuosas na elaboração de seus projetos. Sua paixão por plantas remonta à juventude, quando se interessa por botânica e jardinagem, mas é em 1949 que Roberto Burle Marx organiza uma grande coleção, quando adquire um sítio de 800.000 m², em Campo Grande, Rio de Janeiro. Em companhia de botânicos, realiza inúmeras viagens por diversas regiões do país, para coletar e catalogar exemplares de plantas, reproduzindo em sua obra a diversidade fitogeográfica brasileira.
Jardins do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, Paisagismo do Eixo Monumental em Brasília, Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
BURLE MARX, Geométrico - serigrafia - 70x100 cm - Póstuma assinada na chapa - P.E. (Com moldura em acrílico)
ROBERTO BURLE MARX, Geométrico - serigrafia - 70x100 cm - Edição Póstuma assinada na chapa - 62/120 (Com moldura em acrílico)
Roberto Burle Marx - Sem título - 82-120. Serigrafia póstuma, 70x83,5 cm, sem data, A.C.I.D. serigrafada. Com chancela do Projeto Burle Marx
Roberto Burle Marx - Sem título - P.I. Serigrafia póstuma, 70x84 cm, sem data, A.C.I.D. (serigrafada) com chancela do projeto Burle Marx. Sem moldura
ROBERTO BURLE MARX, Geométrico - Serigrafia - 70x80 cm - Póstuma - assinada na chapa - 87/120
ROBERTO BURLE MARX, Sem título - Serigrafia - 70x82 cm - Póstuma - assinada na chapa - 64/120
BURLE MARX, Geométrico - serigrafia - 70x100 cm - Póstuma assinada na chapa - P.E. (Com moldura em acrílico)
Roberto Burle Marx - Sem título - Óleo sobre tela - 95 x 121 - 1985 - Ass. Canto inferior direito