Através de um inventário iconográfico expresso em pinturas eles se relacionam com o jogo infantil de maneira a remontar elementos paradoxais do fenômeno da visão.
As aproximações e distanciamentos contidos nas obras aqui reunidas remetem aos movimentos de abrir e fechar característicos do pestanejar dos olhos. A visão trás consigo todo o peso de poder ter acesso a algo que é exterior. E, é justamente através dela que a exterioridade se revela por excelência nos seus aspectos impossíveis de apreender, afirma a curadora Gabriela Dottori.
Sobre os artistas:
Dado de Oliveira, natural do Rio de Janeiro, tem sua pintura marcada pelo traço solto e pela saturação de cores que se convertem numa expressão plástica propositalmente infantil e desafiadora. É numa posição análoga a das crianças, nos seus processos de descoberta do mundo, que ele trás em si uma subjetividade tão latente quanto manifesta em sua obra.
Patrícia Chaves, natural do Rio de Janeiro, apresenta telas compostas por pinturas figurativas que explicitam composições furtivas, carregadas de sexualidade, agressividade, desamparo e do duplo lugar da figura de poder "opressor-oprimido". Os trabalhos construídos pela artista trazem a estética inacabada como mote conceitual. Tanto sua técnica quanto sua temática apontam para uma identidade visual autoral.
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