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Complexo Cultural Fazenda Machadinha
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Local
Estrada de Machadinha, s/nº – Machadinha
Conteúdo
O Complexo Cultural da Fazenda Machadinha é fruto de políticas públicas voltadas à valorização e promoção da história, cultura e patrimônio locais tendo em vista as relações entre territorialidade e ancestralidade negra. Tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural – INEPAC em 1979, o Complexo da Fazenda Machadinha é formado pelas antigas Casa Grande, hoje em ruínas, cavalariça, capela de Nossa Senhora do Patrocínio e pelas senzalas.A comunidade da Machadinha é formada pela 8ª geração de descendentes dos escravos que pertenciam ao Visconde de Ururai e que, após a Abolição, ali permaneceram.Em 2001, todo esse conjunto foi desapropriado pela Prefeitura de Quissamã que restaurou as antigas senzalas, criando o Memorial da Machadinha que conta a história dos negros que vieram de Kissama na África para as plantações de cana no Brasil; a Casa das Artes, onde antes ficava a cavalariça da fazenda e hoje um restaurante ligado ao projeto Raízes do Sabor. Aí também acontecem manifestações de danças como o Fado, Jongo e o Boi Malhadinho, típicas da época da escravidão. Machadinha, uma comunidade Quilombola.Em 2009, as famílias dos antigos escravos que ainda viviam na Comunidade da Machadinha tiveram reconhecida a propriedade definitiva das terras e dos imóveis, sendo certificada comunidade quilombola pelo Ministério da Cultura, através da Fundação Cultural Palmares.Reconhecimento possível graças a Constituição Brasileira de 1988 que conferiu direitos territoriais aos remanescentes de quilombos que estejam ocupando suas terras e a "grupos que desenvolveram práticas cotidianas de resistência na manutenção e reprodução de seus modos de vida. " (O’DWYER, 2002, pág. 18).Caso desta comunidade que manteve modo de vida próprio; laços familiares entre os que ali nasceram e ali vivem ou se ausentaram por questões de trabalho, mas mantém contato com a região e seu estilo de vida. HistóricoEspaço Físico: prédio, território e entornoDe acordo com Machado (2006, p. 30) as edificações que anteriormente eram utilizadas como senzalas são ocupadas de acordo com a relação de descendência dos moradores atuais: de um lado habitam os descendentes dos escravos da Casa Grande, do outro, os descendentes dos escravos da lavoura. A primeira comunidade caracterizada por pessoas que tiveram mais acesso ao estudo e maior ascensão social.Depois do trabalho voltado à valorização e preservação cultural que vem sendo desenvolvido dentro da comunidade, aquela separação tem se tornado mais tênue.Instituição: trajetória e natureza jurídicaA comunidade de Machadinha é composta por dois núcleos familiares distintos em razão da relação à posse das terra que habitam: um ocupa as antigas senzalas da Fazenda Machadinha, o outro, o Sítio Santa Luzia, estes últimos herdeiros das terras doadas a ex-escravos. Já na Machadinha, a posse da terra era do Engenho Central de Quissamã,antes de ser desapropriada pela Prefeitura. Há, ainda, um terceiro agrupamento negro chamado Bacurau.A localidade de Machadinha foi certificada comunidade quilombola pelo Ministério da Cultura, através da Fundação Cultural Palmares. De posse dessa certificação, os moradores da Fazenda Machadinha e de seu entorno (Mutum, Sítio Boa Vista, Sítio Santa Luzia e Bacurau), poderão reivindicar seus direitos, conforme garante o decreto federal 4.887, de20 de novembro de 2003.Este documento oficial também regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das áreas ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos, tendo em vista a confirmação do decreto municipal nº1070/2008 que reconhece a propriedade definitiva das terras ocupadas pelos remanescentes das antigas senzalas de comunidade quilombola existente no Complexo Cultural Fazenda Machadinha.AcervoImagens e textos sobre a origem dos negros que vieram para o Brasil originados da cidade de Kissama em Angola, origem do nome de QuisssamãImaterial:Fado – Baile popular típico do Estado do Rio de Janeiro, só preservado em Quissamã.Jongo ou Tambor – Dança antiga de escravos muito difundida no Estadodo Rio de Janeiro, em especial na zona canavieira.Boi Malhadinho – variação das danças dramáticas que acontecem em todoo país onde o boi é o personagem principalRaízes do sabor – Resgata receitas afro-descendentesReferênciasLIFSCHITZ, Javier Alejandro. Neocomunidades: reconstruções de territórios e saberes. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, 2007.O’DWYER, Eliane Catarino (organizadora). Quilombos: identidade étnica e territorialidade. Rio de Janeiro, Editora FGV, 2002.PEREIRA, Rubem Carneiro de Almeida. "Velhos Solares de Quissamã" in Mensário do Arquivo Nacional, Rio de Janeiro, 13 (2): 39-56, fev. 1982.Documentos EletrônicosGOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, SEBRAE-RJ et al. Projeto Inventário de Bens Culturais Imóveis. Desenvolvimento Territorial dos Caminhos Singulares do Estado do Rio de Janeiro: fichas de inventário.Vol. II: Açúcar. P. 60-64.Disponível em: 201.2.114.147/bds/bds.nsf/7A17FD839108AAE18325735C004D6493/$File/NT0003612A.pdfMACHADO, Fábio da Silva. Fazenda machadinha: memória e Tradições Culturais em uma Comunidade de Descendentes de Escravos.Disponível em:virtualbib.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/2115/CPDOC2006FabiodaSilvaMachado.pdf?sequence=1
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