O evento é realizado pela Fundação Romulo Maiorana, instituição privada e sem fins lucrativos, integrante das Organizações Romulo Maiorana (ORM). A iniciativa reúne o campo das artes visuais, em qualquer categoria de produção artística.
Para o curador geral, Paulo Herkenhoff, o Arte Pará todos os anos se transforma. A mostra nunca foi reduzida a um modelo, mas sempre buscou estar mais próxima aos artistas, criar formas de estímulos, contatos com críticas fora do Brasil e trazer artistas de vários lugares do Brasil para Belém.
"Neste Arte Pará decididamente é um momento de apoio à arte e aos artistas. É uma decisão muito clara que nesse tempo de crise, temos que estar com os artistas, já diria Mauro Pedroza. Por outro lado, esta edição celebra a consolidação da Casa das Onze Janelas. Sabemos que houve crise e agora é tempo de construir o futuro", avalia.
Paulo explica que a exposição deste ano pensa na história da arte e pensa no presente também, além de o Arte Pará celebrar o artista paraense e convocar artistas de outras regiões que tenham preocupações pertinentes à história da Amazônia ou ao presente, de uma forma crítica.
"Sempre me comovi muito com a amorosidade do Pará. Essa amorosidade é vasta, profunda e se desdobra. Mas existe um Pará cuja amorosidade é até violenta, porque expõe a violência sofrida pela população. Ao fazer uma obra violenta, os artistas violenta a violência, isso é fundamental", argumenta o curador.
O curador reforça que esta edição tem agenda rica, mostra um Pará amoroso na resistência, que violenta a violência com os pobres, ao mesmo tempo, evidencia uma leitura histórica muito cuidadosa.