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Exposição Vagalumes 21 - Guia das Artes
Exposição Vagalumes 21
Exposição Vagalumes 21
inserido em 2022-06-24 18:27:26
Conteúdo

 

2 ARTISTAS VISUAIS BRASILEIROS DO SÉCULO 21  APRESENTAM SUAS OBRAS EM COLETIVA NO MUSEU HISTÓRICO  DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

Com produção do empresário e músico Pedro Borges e com curadoria do artista Sergio Mauricio Manon e da antropóloga Ana Amado, a Mostra Vagalumes 21 será uma exposição de arte que, juntamente com as apresentações e atividades multidisciplinares de frequências sonoras de cura, meditação, arte e educação que a acompanham, ocupará os três pavimentos do Pavilhão de Exposições Temporárias do Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro, de 18 de junho a 28 de agosto. A inauguração da Mostra se dará com o coquetel de lançamento da exposição de arte Vagalumes 21, no terceiro pavimento, com 12 artistas brasileiros.

 

O Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro está inserido na exuberante Mata Atlântica, no alto Gávea, e tem obras de arte espalhadas pelos jardins. Lugar de beleza extraordinária, de história, cultura e arte, recebe em seus pavilhões recém inaugurados uma mostra conectada com o espírito de nosso tempo, multidisciplinar.

 

OBRA EM PROCESSO

A exposição VAGALUMES 21 vem suprir uma demanda cultural da cidade, como afirma o empresário e músico Pedro Borges: “Ao privilegiar a qualidade de troca com o público, a Mostra Vagalumes 21 vocaliza uma importante demanda cultural de nossa sociedade no século 21 e tem potencial para se tornar um evento de edição anual que inicie com uma publicação e se complete com exposição e múltiplas atividades”.

 

O LIVRO DE ARTE E A VISITA GUIADA

Além da exposição, o projeto contempla um livro de arte, visitas guiadas e oficinas, uma iniciativa única. “O grande mérito dessa iniciativa é promover o acesso às artes visuais, ao livro de arte, ao aprendizado de meditação, às sessões de sound healing, desfazendo a ideia de que estes sejam restritos a um interesse elitizado. As oficinas que transcorrerão ao longo da Mostra buscam dar aos participantes a oportunidade de ver, ouvir, fazer sinapses, sentir vibrações mântricas, e trocar percepções em uma atmosfera de acolhimento e qualidade de atenção. Tudo de graça. As diferentes atividades que compõem a Mostra entrelaçam-se na mesma motivação: trabalhar através da meditação e da arte e educação, o sentimento de que somos conectados uns aos outros, como um grande rizoma, somos como uma rede e precisamos cuidar que essa relação seja de saúde, de respeito, de construção de afinidades e interesses comuns, de inclusões, de troca e proveito. Entendemos que, em um mundo onde sobrepuja a intolerância e valorizam-se em tempo integral as diferenças, e as polaridades, uma Mostra que ilumine a importância de nos entendermos como seres culturalmente antropofágicos constitui um passo concreto de resistência ao mero canibalismo cultural a que estamos sujeitos em um mundo que, cada vez mais, nos virtualiza e nos segmenta em pequenas bolhas incomunicáveis”, afirmam os curadores.

 

PAREDES EXPOSITIVAS

A exposição promove o acesso ao livro de arte, ampliando-o para as paredes da

exposição. “Como forma de promover a ampliação do acesso ao livro de arte e às artes visuais, o projeto Mostra Vagalumes 21 pretende expandir o livro para as paredes do Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro, promovendo uma exposição de arte, com algumas das obras de arte que integram a publicação de arte Vagalumes 21, dentro do mesmo conceito do projeto gráfico editorial da publicação”, afirma Sergio Mauricio Manon.

 

VIBRAÇÃO DA CURA, MEDITAR É PRECISO

Como parte da mostra, serão realizadas atividades multidisciplinares de meditação e arte educação. Mario Moura fará vibrar as frequências sonoras de cura; Nanda Jank ficará responsável pela coordenação das meditações guiadas; e Aline Froza, coordenará as visitas guiadas e oficinas de arte. “O objetivo é facilitar o acesso à arte contemporânea, criando condições para que um público diversificado viva experiências significativas ao se relacionar com as obras e participar das atividades multidisciplinares, expandindo seu conceito de arte e ampliando sua própria visão de mundo”, afirma Pedro Borges.

 

OS 12 ARTISTAS, OBRAS E SEUS PENSAMENTOS

 

Rodolpho Parigi sobre a obra Blue Violet Eckhout - “Meu trabalho acontece a partir do conflito entre realidade e ficção. A partir de desenhos, pinturas e performances, exploro um universo imagético de ficção auto imaginado, habitado por figuras híbridas ou andróginas de beleza estranha, formas que habitam a superfície como corpos vivos que poderiam até mesmo respirar ou se mover”

 

Danielle Carcav sobre a obra E continuamos a viver mesmo assim... - “Na minha pesquisa, tento estabelecer pontos emocionais e psicológicos a partir dos relatos, imagens e objetos do passado da infância das pessoas. Penso que, na infância, o uso do imaginário na construção de nossas memórias está totalmente associado ao modo como nosso senso afetivo age sobre nossas experiências”.

 

Bruno Vilela sobre a obra O ritual -“O ritual é uma pintura que retrata bem essa minha vontade de fotografar meus sonhos e memórias. Uma mistura de foto de família — meu avô e seus amigos demarcando um terreno — e um ritual de iniciação na floresta. Puxando o fio mnêmico da imagem, a foto antiga que deu origem a obra, vai se dissolvendo em sua verdadeira vocação, a chave para o mundo dos sonhos, da espiritualidade e da magia. Algo que, por estar tão fundo no inconsciente, só é possível de ser visto iluminado pela luz azul do ritual, da lua e da fé”.

 

Pedro Varela sobre a obra Sem título“- A pintura que apresento na exposição Vagalumes 21 faz parte de minha mais recente série, na qual tenta criar uma paisagem que abarque o fluxo de imagens e experiências que estamos expostos, mesclando no mesmo plano nossas vivências analógicas e virtuais. Esse trabalho simula uma colagem de ideias, como as que venho trabalhando em desenho desde 2016, mas aqui aceito a bidimensionalidade do suporte tradicional da pintura, criando um jogo de perspectivas e profundidades ilusórias que escapam ao entendimento clássico da representação da paisagem, e propõem um mundo de perspectivas múltiplas e sobrepostas”.

 

Marcos Prado sobre a obra Os Carvoeiros- “Tive o privilégio de conviver com muitos carvoeiros durante os 7 anos de trabalho retratados neste ensaio fotográfico. Pessoas cujos avós e os pais haviam sido carvoeiros; e cujos filhos também o serão. Crianças como tantas no Brasil, sem futuro e sem esperança. Quem nasce carvoeiro tem apenas uma opção: ou vive do carvão, ou não vive. O destino dos carvoeiros é traçado pela economia mundial do ferro-gusa e do aço. Aos poucos, fui percebendo a resignação, o caráter e a dignidade com que essas pessoas encaram a dura realidade da sobrevivência. Compreendi também a conexão direta que existe entre nós e esses homens, mulheres e crianças: sentados em nossas casas, utilizamos tudo o que o ferro-gusa e o aço nos fornecem, sem perceber que o nosso conforto nasce com o suor de milhares de carvoeiros, que sobrevivem da derrubada e da queima de árvores.”

 

Talita Hoffmann sobre a obra Estacionamento -“Estacionamento é uma tela que fiz em 2015, que fazia parte de uma série de pinturas chamada Areia Movediça. Essa série explorava bastante a ideia dos espaços arquitetônicos urbanos que são demolidos e reconstruídos (e logo demolidos de novo), nesse canteiro de obras sem fim que acabam sendo as grandes cidades. O título da obra veio pela imagem principal de referência que utilizei para pintá-la, um estacionamento no centro de São Paulo. Há algo que gosto no embaralhamento dos planos das imagens utilizadas para esse trabalho - algumas feitas com o celular, outras retiradas do google maps, e outras vindas de recortes de design gráfico que são redesenhadas em uma composição que busca uma certa harmonia e diferentes leituras”. 

 

Marcos Correa sobre a obra Texaco Dealers -“Essa pintura que chamei de Texaco Dealers, é uma apropriação, uma refação artesanal, de uma ilustração de uma campanha promocional. Acredito que é uma publicidade dos anos 50 ou 60. Quando a pintei, estava selecionando propagandas antigas que retratavam crianças com pratos exageradamente cheios, crianças com cereais, pães e copos transbordando, e também publicidades conhecidamente polêmicas de crianças com cigarros. São retiradas da época da guerra fria, e em comum todas essas imagens trazem o signo da fartura, mas também do consumismo e do desperdício. As cores são estridentes, gritantes e, em muitas delas, as crianças trazem no rosto uma expressão de uma voracidade ameaçadora. Ampliei essas imagens de circulação em massa, e dignifiquei-as como pinturas a óleo, na intenção de ressignificá-las e torná-las mais assustadoras ao dominarem um ambiente”.

 

Antônio Bokel sobre a obra Nova mitologia -“A série ‘Nova mitologia’ é uma tentativa de criar seres entidades, inspirados em culturas ancestrais. Essas entidades que permeiam minha imaginação são o resultado das minhas viagens astrais”.

 

Rogério Reis sobre a obra Phebolitos – edições de quarentena -“Odor de Rosas, Raiz do Oriente, Naturelle, Amazon, Toque de Lavanda e Alfazema Provençal são sabonetes que através do uso desacelerado entraram em meu campo de interesse e ganharam formas diferentes ao longo do isolamento doméstico da pandemia”.

 

Ilan Kelson sobre a obra Tempus fugit.- “A fotografia para mim é uma forma de parar o mundo, de estancar o ruído; e por trás de cada ruído existe um silêncio adormecido. Esse silêncio para mim é algo fundamental. Tempus fugit trata da relação do sujeito com o tempo, da dor da finitude e também dos nossos encantos. Esse trabalho foi um processo de autoconhecimento focado em meu inconsciente fotográfico. São diversos símbolos que trago para a fotografia – a névoa como impermanência, as pedras como eternidade, o céu que contextualiza nossa verdadeira dimensão. Hoje percebo que essas imagens são uma catarse, fruto dos meus devaneios, das minhas buscas e aflições e, principalmente, do que me mobiliza e emociona”.

 

Manon sobre a obra Mutação -“Em minhas pesquisas visuais, parto do pressuposto de que a realidade é tecida por relacionamentos entre todos os seres vivos, dentro de um grande jardim das sinapses. Crio, desenho e pinto imagens de uma rede neural, subterrânea, inteligente e criativa, que sonha e é poética. Estamos nesse sonho juntos com os micélios, as plantas e os animais, e o inconsciente de todos eles se conecta ao nosso. É esse universo que trago para a pintura”.

 

Smael Vagner sobre a obra O baile -“Durante o lockdown, ficamos sem perspectiva do que iria acontecer com a humanidade, foi nesse período que nasceu a série “desejos da quarentena” onde o artista imprimiu nas obras seus ideais de futuro para fugir de um momento de incertezas. A obra “o baile” revela a vontade de confraternizar em torno da dança e da socialização humana. Um questionamento sobre o que seria o futuro e os conflitos da nova normalidade”. 

 

Serviço: Exposição Vagalumes 21

Abertura: 18 de junho de 2022, das 13h às 18h

Exposição: até 28 de agosto de 2022

Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro

De quinta a domingo, das 9h às 16h

Estrada Santa Marinha, s/nº - Gávea, Rio de Janeiro – RJ

Telefone: (21) 3443.6341

Entrada gratuita

 

Todas as atividades da mostra são gratuitas:

  • Sound healing, com o músico Mario Moura.

Sábados, às 15h

  • Meditação guiada com professores sob coordenação de Nanda Jank:

Dias 24/6, 8/7, 22/7, 5/8, 19/8, sextas-feiras, às 13h

Dias 1/7, 15/7, 29/7, 12/8, 26/8, sextas-feiras, às 14h

Sábados, às 14h

faixa etária: a partir dos 10 anos

  • Oficinas de arte, sob coordenação de Aline Froza:

Sextas, das 14h às 15h30 para escolas, mediante agendamento prévio.

faixa etária: a partir dos 10 anos

 

Publicação Vagalumes 21 - publicação bilíngue, fine art, em grande formato; 184 páginas

Preço: R$180,00

www.vagalumes21.com

 

Fonte: Fatutti

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