A cabaça, muito usada como recipiente de água, ganha outra função em Mineiros do Tietê (SP). A artista plástica Ana Lúcia Teixeira transforma a cabaça em peças com temas religiosos.
É o marido da artista que planta as cabaças. Afrânio Tavares faz a colheita entre os meses de março e maio. O fruto, que nasce de uma planta rasteira, é plantado entre outubro e dezembro.
Depois de colhidas, as cabaças são selecionadas e guardadas. O estoque fica em um galpão. A cal é jogada por cima das porungas para secarem.
São diferentes formas e tamanhos e, na hora da escolha, a artista já imagina o que vai pintar. O processo de limpeza é manual. Com o auxílio de uma faca, ela corrige as imperfeições da peça.
Ana Lúcia tira as sementes cortando o fundo da cabaça. Depois, passa cola por dentro para evitar o ataque de insetos. Em seguida, cola o fundo novamente e faz uma base com tinta branca.
Os detalhes de cada peça são feitos de massa e colados antes da pintura final. O trabalho da artista já conquistou admiradores até nos Estados Unidos e em Portugal.