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A casa da ópera de Vila Rica, hoje Teatro Municipal de Ouro Preto, é o mais antigo teatro em funcionamento das Américas. Foi construído em 1769 po João de Souza Lisboa e inaugurado em 6 de junho de 1770, o aniversário do Rei Don José I.
No Período barroco, a teatralidade era elemento de forte presença no cotidiano. Toda festa mineira era sempre um grande espetáculo e o teatro o meio mais adequado para expressar a pompa, opulência e glória dessa poderosa sociedade setecentista.
Casas de ópera existiram em quase todas as cidades da Minas barroca, mas a Casa da ópera de Vila Rica se diferenciou das demais. João de Souza Lisboa preocupou-se em formar bom elenco de artistas, trazidos de diversas cidades. No ano de inauguração, introduziu duas atrizes, revolucionando a moral da época que não admitia mulheres no palco. A partir daí, elencos mistos encarregavam-se das temporadas em Vila Rica.
Nos oito anos de sua administração, Souza Lisboa movimentou a Casa da Ópera de Vila Rica com repertório extenso, incluindo óperas e oratórios. Cláudio Manoel da Costa foi sem dúvida um dramaturgo que muito contribuiu para o sucesso da Casa. Em suas correspondências, Souza Lisboa, cita o drama São Bernardo e as traduções de José Reconhecido e Alex na Índia, de Metastásio, ambos de autoria do poeta inconfidente.
A partir da segunda década do século XIX, intensa programação reuniu famosos artistas brasileiros e estrangeiros, que aqui apresentarem variados textos da literatura teatral, entre eles, Escola de Maridos, de Molière. Nesta época, a Companhia da Casa da ópera era composta por 20 atores, entre homens e mulheres que atuavam ao lado de uma orquestra de 16 músicos. Durante 1811, 45 peças foram apresentadas.
Com fachada singular, possui espessas paredes de pedra e frontão triangular detalhado por elementos simbólicos esculpidos em pedra. O hall de entrada prepara o visitante para a surpresa do magnífico espaço interno. Três pisos distintos, nos quais se distribuem platéia, camarotes, frisas e galerias, totalizam 300 lugares.
O piso de entrada dá acesso ao nobre camarote, com sofá e cadeiras austríacas, outros camarotes e escadas helicoidais em madeira que levam à galeria no último piso.
Escadas laterais de pedra levam ao primeiro piso, onde está platéia e frisas. No porão, existem ainda camarins e sala de recepção para artistas e técnicos.
Estruturas trabalhadas em ferro, pinturas descobertas em restauração recente e pequenas adaptações são intervenções posteriores à época de construção que não representam alteração significativa no espaço original.