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A DANCA DAS HORAS-2022-05-07 - Guia das Artes
"A DANÇA DAS HORAS"
Evento encerrado
"A DANÇA DAS HORAS"
Quando aconteceu
Sábado, 07 Maio até Sábado, 21 Maio
Local
Galeria Contempo
Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1644 - Jardim América
Conteúdo

 

Com mais de 50 anos de carreira e obras expostas nos cinco continentes, a mostra “A Dança das Horas”, que se abre ao público em 7 de maio, reúne telas e esculturas que traduzem a abstração geométrica

 

A Dança das Horas. Este é o nome da primeira mostra individual do pintor Luiz Dolino na capital paulista, mas ele já teve seus trabalhos expostos em coletivas e assina, inclusive, um painel de 12 metros quadrados em um dos salões nobres do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. Além disso, participou da emblemática nona edição da Bienal de SP, dedicada à arte pop em pleno ano de 1967, e mantém amizades duradouras que resistem há décadas com grandes nomes da cultura e das artes plásticas, como a gravadora Maria Bonomi.

Em relação à exposição que poderá ser vista pelo público entre 7 e 21 de maio na Galeria Contempo, Dolino afirma que há todo um ineditismo que permeia esse contexto. “Embora eu seja um veterano, trata-se de um reconhecimento dessa cidade com a qual mantenho uma duradoura relação”, diz. Sobre o nome escolhido, “A Dança das Horas”, afirma: “Gosto de me situar no universo da literatura e esse título sintetiza, metaforicamente, o que as horas, ao longo de minha trajetória, fizeram de mim. É o tempo que o relógio me consumiu para eu poder estar circulando em vários ambientes”, explica Dolino, cujas obras estão presentes em mais de 50 países, em todos os continentes.

“A beleza plástica do trabalho de Luiz Dolino nos chamou a atenção, sobretudo pela fluidez com que domina a arte abstrata geométrica e pela forma elegante que ele a utiliza como linguagem para dar vida e formas a uma diversificada paleta cromática”, afirma a galerista Monica Felmanas, que é sócia proprietária da Galeria Contempo ao lado de suas irmãs, Marcia e Marina. O espaço, que é dedicado à arte contemporânea, conta com obras do artista em seu acervo.

No conjunto de trabalhos que serão exibidos – cerca de 20 telas de diferentes dimensões e períodos e 3 esculturas – as linhas retas assumem o protagonismo por meio de suas pinceladas firmes, sem espaço para curvas. Uma exclusão deliberadamente assumida pelo artista. “O caminho percorrido na busca de uma gramática pessoal levou-me ao encontro dos elementos gráficos de clara inspiração geométrica que são visíveis na decoração de objetos de uso cotidiano e ritualístico, assim como também no próprio corpo de nossos ancestrais indígenas, que cultivaram o gosto pelas formas simplificadas e estabeleceram uma linguagem capaz de expressar o seu universo simbólico por meio de um sofisticado código de formas geométricas”, argumenta. Para Dolino, a curva também é portadora de uma grande sensualidade, uma característica que poderia levá-lo a correr riscos em seus traços retilíneos e potentes, os quais, para ele, imprimem os necessários vigor e ritmo em suas telas.

Quanto à abstração presente na obra de Dolino, o artista plástico, crítico e professor Fábio Magalhães afirma que ela se expressa com clareza e disciplina. “Notamos na construção geométrica a preocupação em estabelecer releituras da proporção áurea, sobretudo, nas relações entre os quadrados e os retângulos”, observa, acrescentando que a linguagem do artista ultrapassa o território cerebral diante de uma intensa vibração lírica. “Frente ao caos das coisas, da vida e da cultura, Dolino nos propõe uma arte de relações harmoniosas em que as formas e as cores interagem e dialogam entre si”, diz.

Com mais de 50 anos de carreira no Brasil e no exterior, o artista não se considera um mestre das linhas retas. Prefere se colocar como um fiel discípulo que, com seu trabalho, traduz a abstração da geometria em encanto e poesia. E, como bem observa a escritora Nélida Piñon, “paira sobre sua criação uma dimensão lírica e melancólica que um artista sutil e refinado como Dolino tem a graça e o poder de ostentar”.

 

SOBRE LUIZ DOLINO

A cidade fluminense de Macaé é apenas uma indicação na certidão de Luiz Dolino, que ali nasceu em 1945. “Vim ao mundo em Macaé, mas sou, por formação de vida e trajetória, um carioca do Flamengo e um cidadão do mundo. Com a pandemia, optei vir para o meu sítio, em Petrópolis, onde mantenho meu ateliê”, conta.

Dolino cursou Ciências Sociais e deu início à sua trajetória artística em 1963, quando estudou na Escolinha de Arte do Brasil, com Augusto Rodrigues (1913-1993), e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, com Ivan Serpa (1923-1973), renomados mestres na formação de gerações de reconhecidos artistas brasileiros. Ainda no início da carreira, o pintor, escultor, gravador e professor brasileiro que é considerado uma das referências no construtivismo brasileiro, Rubem Valentim (1922-1991), o alertou sobre a necessidade de se identificar com alguma linguagem para se expressar no universo das artes plásticas.

Nesse contexto, suas constantes mudanças de países favoreceram a ampliação do vocabulário de sua gramática estética. No período em que residiu no Uruguai, Dolino teve a oportunidade de conviver com o pintor José Pedro Costigliolo (1902-1985) e sua mulher, a também pintora e escultora Maria Freire (1917-2015), ambos considerados precursores da arte concreta uruguaia, que lhe estimularam a buscar no léxico indígena brasileiro o abstrato geométrico.

 

Para saber mais sobre a trajetória profissional do artista, acesse o site http://www.dolino.art.br ou, no Instagram, @luizdolino

 

SOBRE A GALERIA CONTEMPO

“Filha” da ProArte Galeria, a Contempo foi idealizada pelas irmãs Monica, Marcia e Marina Felmanas e está no mercado desde 2013. Foi criada com o propósito de reunir o melhor da produção artística contemporânea brasileira, representando artistas emergentes, jovens e promissores talentos. Hoje, agrega a seu portfólio obras produzidas por experientes representantes das artes plásticas com carreiras consolidadas, como o próprio Dolino e os pintores Rubens Ianelli e Aldir Mendes. Ao reunir distintas linguagens e estéticas, a galeria transita por diferentes universos, como o da pintura, do desenho, da gravura, do tridimensional, da fotografia e da arte de rua.

 

Serviço:

A DANÇA DAS HORAS

Onde: Galeria Contempo

Endereço:Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1644 - Jardim América, São Paulo 

Quando: 7 a 21 de maio

Horário: de segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 16h

Telefone: 11 3032-5795

Site: www.galeriacontempo.com.br

E-mail: contato@galeriacontempo.com.br

Instagram: @galeriacontempo

Facebook: contempogaleria

Contato
11 3032-5795

contato@galeriacontempo.com.br
* Os horários podem variar em função de férias e feriados. Recomendamos ligar antes para verificar.
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