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O Museu Municipal foi criado em 15 de dezembro de 1978, por meio de Decreto Municipal. Em 1986, foi criado o Parque Municipal da Cultura de Cachoeira do Sul em área física delimitada de 12.591m², circundada por histórias e lendas locais e destinada a abrigar o Museu Municipal, o Jardim Botânico e o Zoológico Municipal. Assim, o Museu transferiu-se para sua sede própria, ocupando um casarão construído no inicio do século XX, cercado por um jardim rico em espécies nativas e exóticas, muitas delas seculares como as paineiras, canela preta, guabiju e camboatás. Todas as espécies estão identificadas com o nome da família, gênero e sua denominação popular. Fazem parte deste jardim, artefatos que referendam o início da urbanização e das praças da cidade.
A casa-sede do Museu é um exemplar típico de residência usada pela classe mais abastada do início do século XX, bastante eclética, com inspiração tanto no estilo art nouveau mesclado com neoclássico, quanto possuidora de uma planta simples, característica do colonial. A área de entrada, tanto pela posição quanto pela forma, lembra o neoclássico; já a lateral parece com os puxados portugueses. As esquadrias possuem caixilharia de vidro com marcos e guarnições influenciados pelo art nouveau. O piso assoalhado sobre barrotes forma um porão com sóculos externos que bem caracterizam toda a nossa formação arquitetônica, que é de influência portuguesa, como do próprio art nouveau, destacando a casa do solo. O telhado original era de telhas francesas marselha, o que se justifica, pois eram a novidade da época, ostentando beirais no perímetro de toda a construção. Enfim, o prédio é bastante simples e despojado, denotando a falta de especialistas na região naquele período, quer para um detalhamento técnico mais sofisticado, quer para atingir uma pureza maior de estilo como então se verificava nos centros maiores do país.
O Museu possui um acervo histórico e antropológico composto de 32.000 documentos iconográficos e tridimensionais que remetem a mais de 250 anos de História, desde uma Bíblia Sagrada datada de 1750, escrita em alemão gótico, que ficou enterrada dentro de uma caixa de madeira durante o transcurso da II Guerra Mundial; o Livro Nº. 1 da Câmara, aberto em 3 de agosto de 1820, que registra os primeiros atos oficiais da Vila Nova de São João da Cachoeira; a 1.ª Planta da Cidade de Cachoeira, elaborada em 1850, por João Martinho Buff, a partir de dados coletados em 1830; milhares de fotografias com data inicial de 1890, entre tantos outros documentos e objetos.