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Centro Cultural Bienal das AmazOnias CCBA-2024-10-11 - Guia das Artes
Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA)
Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA)
Quando acontece
Sexta, 11 Outubro até Domingo, 22 Dezembro
dom
seg
ter
qua
qui
sex
sab
Local
Centro Cultural Bienal das Amazônias
R. Sen. Manoel Barata, 400 - Campina, Belém - PA, Brasil 66015-020
Conteúdo

 

CENTRO CULTURAL BIENAL DAS AMAZÔNIAS EXPÕE FESTAS POPULARES DO BRASIL

“Festas, Sambas e Outros Carnavais” faz uma viagem pelas festas brasileiras, com destaque aos singulares carnavais das águas e dos bois bumbá do Pará. Com abertura no dia 11 de outubro, a mostra também homenageia artistas e mestres da cultura popular, como Dona Onete, Pinduca e Mestre Damasceno e terá programação cultural promovida pelo CCBA

Fechando o ciclo de exposições de 2024, o Centro Cultural Bienal das
Amazônias (CCBA) inaugura no dia 11 de outubro, como parte da programação do Cirio de Nazaré, a exposição “Festas, Sambas e Outros Carnavais”. A mostra foi idealizada pelo Museu do Pontal, do Rio de Janeiro, o principal espaço no Brasil para a guarda e celebração da criação dos artistas das camadas populares; e chega a Belém numa co-realização com a Bienal das Amazônias.
Com curadoria da antropóloga Angela Mascelani e do fotógrafo e pesquisador
Lucas Van de Beuque, diretores do Museu do Pontal, a exposição traz a diversidade das festas brasileiras a partir do olhar de mais de 70 artistas, grande parte pertencentes ao acervo do museu, fazendo uma especial homenagem a artistas paraenses e às manifestações da cultura popular e do patrimônio imaterial do estado. Na área da música e performance, serão celebrados Mestre Damasceno, Dona Onete e Pinduca. O Carnaval trará três grandes ativadores culturais e artistas de máscaras: Mestre Vital, Ricardo Rodrigues dos Santos e Edgar Santana Garça. E, ainda, o falecido Mestre
Nato. Na área de tradições curativas, estará presente a especialista em ervas Dona Coló.
“Esta exposição é significativa e traz um valor simbólico rico do campo de
saber e práticas dos mestres fazedores de cultura e principalmente num diálogo com a cultura do Pará, em que a confluência de territórios se alia e fortalece vínculos de comunhão. O CCBA, numa perspectiva forte de coletividade, fortalece esses vínculos culturais, afetivos e artísticos”, salienta a Diretora de Projetos Especiais do CCBA, Vânia Leal.
A exposição, que em 2023 foi inaugurada no Sesc Casa Verde, em São Paulo,
agora ocupará mais de 1000 metros quadrados do CCBA. “A proposta da exposição é abrir diálogos nos territórios aonde chega. Tendo sido pensada estruturalmente assim, em São Paulo dialogou com as escolas de samba e personalidades negras do esporte e da cultura do bairro da Casa Verde, considerada uma pequena África paulistana. Nesta nova edição homenageamos mestres da cultura popular e os singulares carnavais do Pará”, explica Angela Mascelani. “Estão lá o Carnaval das águas, que se espalha ao longo do baixo Tocantins, trazendo uma inovadora maneira de brincar e celebrar, completamente conectada ao modo e aos costumes da região; e o Carnaval dos bois bumbá da região de São Caetano de Odivelas”, acrescenta a curadora.

Com uma mostra individual estará a pintora Maria José Batista, autodidata,
ganhadora do Prêmio Banco da Amazônia de Artes Visuais em 2020 e do 8° Prêmio Artes Tomie Ohtake, em 2022. Maria José descobriu-se artista já adulta, em 1997, a partir das oficinas feitas no Curro Velho tendo como um de seus professores Mestre Nato.
“Com Maria José trazemos a perspectiva de uma artista conectada com seu
território, que coloca em suas pinturas o mundo ao seu redor. Um de seus quadros produzido especialmente para a exposição é inspirado no Carnaval das Crias do Curro Velho, que sai da Praça Brasil, perto de sua casa no Telégrafo. Muitos retratados na tela têm nome e história, mas também há uma boa dose de imaginação”, conta o curador Lucas Van de Beuque.
Como em uma brincadeira do Carnaval das águas de Cametá, a exposição está
organizada em ilhas temáticas que apresentam também festas do Nordeste brasileiro como Bumba meu boi, Cavalhada e Maracatu. Em cada ilha, esculturas e pinturas de mais de 70 artistas de 10 estados brasileiros são acompanhadas de textos de autores convidados conectados com essas festas e artistas, além de estímulos visuais, sonoros e cenográficos.
A partir do olhar de fotógrafos de diferentes gerações que se dedicaram a captar as festas por todo o Brasil é proposto um passeio que vai do Carnaval das águas à Sapucaí. Celebrando a vida ritual e festiva, a exposição contará com fotos dos paraenses Luiz Braga, Walda Marques, Guy Veloso e Luan Rodrigues e dos cariocas Walter Firmo e Ratão Diniz.
A inauguração da mostra na véspera do Círio de Nazaré tem um sentido
especial. No centro da exposição, a ênfase estará na festa paraense e em outras mais tipicamente religiosas, como as Folia de reis e Reisado, as procissões e festas de santos, em que sobressaem os festejos de São Jorge, São Benedito, São Gonçalo, a lavagem da Igreja do Senhor do Bonfim, celebrações a Iemanjá, ao Divino, a Nossa Senhora Aparecida e a Nossa Senhora do Rosário. Do Círio de Nazaré, um dos destaques serão os estandartes do artista paraense Mestre Nato.
Vânia Leal ressalta que desde o período colonial muitas festas brasileiras criam
pontes simbólicas e têm sido algo significativo entre o mundo sagrado e o profano. Para ela, a exposição “Festas, Sambas e Outros Carnavais” apresenta essa perspectiva bem demarcada, que se alia à forma mais expressiva dessa relação que é o Círio de Nazaré, uma festa religiosa de proporção grandiosa e reconhecida entre as maiores do mundo. Ela detalha que o Cirio de Nazaré apresenta sequências de rituais, no decorrer de 15 dias em que se realiza, “um envolvimento coletivo para os devotos, visitantes e turistas na qual se realiza um polo de atração. Nesse contexto, as práticas devocionais, os variados eventos colocam em relação o sagrado e o profano, entre os quais se
destacam a procissão e a corda, o arraial e o almoço/banquete do Círio. Esse
movimento vai se estender nesta exposição, numa comunhão de emoção na qual a arte confirma a sociabilidade coletiva tão necessária a partir das festas”, analisa Vânia Leal.

“O convite do CCBA para levar a itinerância da mostra “Festas, Sambas e
Outros Carnavais” foi uma grande oportunidade para o Museu do Pontal chegar com seu importante acervo, pela primeira vez, à região Norte do país. Graças a esta parceria, o museu também pôde agregar novas pesquisas e artistas às suas coleções de arte brasileira”, explica Angela Mascelani.
Originalmente produzida pelo Sesc São Paulo para a inauguração da unidade
Casa Verde, a exposição tem patrocínio do Instituto Cultural Vale e recebe agora o apoio do CCBA. Ficará em cartaz até 22 de dezembro de 2024, com entrada gratuita e livre para todos os públicos.

Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA) 
R. Sen. Manoel Barata, 400 - Campina, Belém - PA, Brasil 66015-020
O CCBA, por meio da lei federal de incentivo à Cultura, tem o NU Bank, Shell e
Instituto Cultural Vale como patrocinadores master e patrocínio do Mercado Livre.
Horário de funcionamento: Segunda e terça (fechado), quarta e quinta (9h às 17h), sexta e sábado (10h às 20h), domingos e feriados (10h às 15h). Última entrada sempre 1 hora antes do fechamento.
Obs.: Por conta do Círio, especialmente nos dias 12 e 13 de outubro o CCBA estará fechado.
https://www.bienalamazonias.org.br/

* Os horários podem variar em função de férias e feriados. Recomendamos ligar antes para verificar.
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