Uma obra de arte invisível de Yves Klein foi vendida por mais de US$ 1 milhão na Sotheby’s, em Paris.
A venda foi concebida como um recibo de papel para uma “Zone de sensibilité picturale immatérielle ”, ou uma “zona de espaço vazio”, uma criação conceitual de 1959 do artista francês.
Entre 1959 e sua morte em 1962, Yves Klein vendia essas ‘zonas de espaço vazio’ em troca de ouro. Na conclusão das transações, o artista entregava um recibo para o comprador que queimava o papel, enquanto Klein jogava metade do ouro no Rio Sena. Segundo o artista, o ato “reequilibra a ordem natural” entre comprador e vendedor.
Yves Klein, Zone de sensibilité picturale immatérielle (1959). Imagem cortesia da Sotheby’s.
Yves Klein
Por serem queimados, estes recibos são raros, e um deles foi adquirido por um “comprador particular europeu” mais especificamente por US$ 1,2 milhão. A Sotheby’s chegou a comparar o recibo a um ancestral dos NFTs, afinal, é uma obra de arte não física representada apenas por um certificado de propriedade.
Essa não foi a única vez que Yves Klein se relacionou com obras invisíveis, em 1958 na galeria de Iris Clert, em Paris, o artista teve uma mostra chamada “Le Vide (The Void)”. Quando cerca de 3.000 visitantes chegaram para a abertura, se depararam com um quarto vago.
Fonte: Crio.Art