“Encontros”, de Thereza Eugênia, continua em cartaz no Centro Cultural Marcos Hacker de Melo, até o final deste mês, em Recife
A exposição retrata grandes nomes da música popular brasileira no primeiro andar do MHM
Continua em cartaz, no Centro Cultural Marcos Hacker de Melo (MHM), a exposição “Encontros", de Thereza Eugênia. Com curadoria do Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP), a mostra retrata nomes consagrados da música popular brasileira, nos anos 60, 70 e 80, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Maria Bethânia, Gal Costa, Gilberto Gil, Belchior, entre outros. A exibição, que segue até o final de outubro, revela a intimidade dos artistas, os bastidores dos shows e momentos únicos que só uma fotógrafa com o talento de Thereza poderia captar. Os ingressos ao MHM, que fica em Boa Viagem, custam a partir de R$ 20 e nas terças-feiras a entrada é gratuita.
A mostra apresenta um conjunto de cerca de 60 registros de celebridades em momentos de descontração, fora dos palcos e das telas. Com um olhar aguçado e sensitivo, Thereza capta momentos especiais e encontros históricos de grandes nomes, como “Luiz Gonzaga e Gonzaguinha” (1976); “Alcione e Clara Nunes” (1976), “Regina Casé, Caetano Veloso e Maria Bethânia” (1975); ou “Chico Buarque e Gal Costa” (1976).
Natural de Serrinha, sertão baiano, Thereza Eugênia nasceu em 1939 e sua afeição pela fotografia começou ainda na infância devido à avó “Zizu”, que mantinha em casa um laboratório fotográfico e, na adolescência, quando ganhou uma máquina do pai. Em 1964, aos 24 anos, se mudou para o Rio de Janeiro e trocou a enfermagem pela fotografia, exercício que começou como hobby, com uma câmera amadora, registrando o cotidiano. Ela passou a frequentar e a registrar imagens de shows e sua arte chamou a atenção do produtor musical Guilherme Araújo, o que lhe possibilitou acesso a personalidades do cenário musical brasileiro.
De forma despretensiosa, Thereza fotografou a cantora Maysa em um show e os registros chegaram à diva, que se encantou pelo contraste do preto e do branco, e pela sutil dramaticidade do registro. Já em 1969, foi a vez de retratar Roberto Carlos em um show no Canecão, uma das principais casas de espetáculos do Brasil.
Foi o talento que tornou Thereza essencial para a música brasileira da época ao eternizar shows, bastidores, retratos e a intimidade de figuras desse mercado, revelando a naturalidade entre as pessoas, os amigos e o cenário artístico e musical. Ela também assina imagens dos álbuns “Cantar” (1974), de Gal Costa; e “Roberto Carlos no Canecão” (1970).
SOBRE O CENTRO CULTURAL MHM - Com o objetivo de ser um equipamento voltado ao desenvolvimento humano, promovendo experiências que enriquecem os visitantes, o MHM também alia cultura, lazer e gastronomia. O espaço é um tributo ao legado deixado pelo empresário Marcos Hacker de Melo, que teve vida breve, mas que sempre priorizou ações com impacto transformador. Todos os recursos angariados com as operações do MHM são destinados ao Programa Ressignificar, focado no desenvolvimento sociocultural e nas competências socioemocionais de mais de 4 mil crianças e adolescentes de escolas públicas, na Zona da Mata Sul de Pernambuco.
A imponente obra arquitetônica tem cinco pavimentos, todos acessíveis para pessoas com necessidades especiais. No térreo, os visitantes encontram um memorial sobre Marcos Hacker de Melo. A área também conta com um café, que terá operação do Grupo Entre Vinhos e vai inaugurar neste mês de outubro, além da loja Museum Store com livros e artigos do MIS-SP, roupas da Marie Merciê, acessórios e presentes criativos assinados pelo centro. Um destaque à parte são as peças do artesão Zezinho Filho.
No segundo andar, os visitantes encontram uma mostra permanente de 34 máquinas musicais raras, dos séculos 19 e 20 e, no terceiro andar, encontra-se um teatro/auditório com capacidade para 100 pessoas. O quarto andar abriga o restaurante panorâmico, e, no quinto, fica o Rooftop. O MHM funciona de segunda à sexta-feira, das 9h às 19h, aos sábados, das 10h às 20h e domingos das 10h às 18h.
Sobre o MIS - Inaugurado em 1970, o Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS), instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, é referência nacional em exposições audiovisuais imersivas e possui um acervo de mais de 200 mil itens. O MIS ficou conhecido por mostras icônicas como Stanley Kubrick, David Bowie, Tim Burton, Jovem Guarda, além do sucesso de público “Castelo Rá-Tim-Bum – A exposição”. Seu trabalho abrange ainda cinema, fotografia, música, literatura e formação cultural em todo o estado de São Paulo por meio do Programa Pontos MIS.
Serviço:
Exposição “Encontros” de Thereza Eugênia no MHH
Local: Centro Cultural Marcos Hacker de Melo
Endereço: Avenida Domingos Ferreira, esquina com a Rua Tenente João Cícero, nº 258, Boa Viagem.
Funcionamento
Segunda a sexta - 9h às 19h
Sábado - 10h às 20h
Domingo - 10h às 18h
Ingressos:
– Pernambucanos: R$ 40 (inteira) | R$ 20 (meia)
– Visitantes de outros estados: R$ 50 (inteira) | R$ 25 (meia)
– Gratuito às terças-feiras
Mais informações e agendamentos: agendamento@