O Museu da Língua Portuguesa, por meio de uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo e a parceria da Fundação Roberto Marinho, foi reinaugurado no dia 31 de julho, reconstruído após o incêndio que o atingiu em dezembro de 2015.
Um dos primeiros museus totalmente dedicados a um idioma, instalado na cidade com o maior número de falantes de português no mundo, na histórica Estação da Luz, o Museu celebra a língua como elemento fundador da nossa cultura. Por meio de experiências interativas, conteúdo audiovisual e ambientes imersivos, o visitante é conduzido a um mergulho na história e na diversidade do idioma falado por 261 milhões de pessoas em todo o mundo.
O acesso se dará sob as restrições determinadas pelas medidas de combate à COVID-19. Os ingressos poderão ser adquiridos exclusivamente pela internet, com dia e hora marcados, e a capacidade de público está restrita a 40 pessoas a cada 45 minutos. Os visitantes receberão chaveiros touchscreen para evitar o toque nas telas interativas.
Museu da Língua Portuguesa é reaberto – Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Museu da Língua Portuguesa
Em sua exposição de longa duração, o Museu terá experiências inéditas e outras anteriormente existentes, que marcaram o público em seus 10 anos de funcionamento. Entre as novas instalações estão ‘Línguas do Mundo’, que destaca 23 das mais de 7 mil línguas faladas hoje no mundo; ‘Falares’, que traz os diferentes sotaques e expressões do idioma no Brasil; e ‘Nós da Língua Portuguesa’, que apresenta a língua portuguesa no mundo, com os laços, embaraços e a diversidade cultural da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
Ainda integram o acervo as principais experiências, como a instalação ‘Palavras Cruzadas’, que mostra as línguas que influenciaram o português no Brasil; e a ‘Praça da Língua’, espécie de ‘planetário do idioma’ que homenageia a língua portuguesa escrita, falada e cantada, em um espetáculo imersivo de som e luz.
Obra de Rivane Neuenschwander. FOTO: Ciete Silvério/ Museu da Língua Portuguesa
Com curadoria de Isa Grinspum Ferraz e Hugo Barreto, o conteúdo foi desenvolvido com a colaboração de escritores, linguistas, pesquisadores, artistas, cineastas, roteiristas, artistas gráficos, entre outros profissionais de vários países de língua portuguesa.
São nomes como o músico José Miguel Wisnik, os escritores José Eduardo Agualusa, Mia Couto, Marcelino Freire e Antônio Risério, a slammer Roberta Estrela d’Alva e o documentarista Carlos Nader. Entre os participantes de experiências presentes na expografia estão artistas como Arnaldo Antunes, Augusto de Campos, Laerte, Guto Lacaz, Mana Bernardes e outros.
Vista da exposição. FOTO: Ciete Silvério/ Museu da Língua Portuguesa
Até 3 de outubro, a exposição temporária de reabertura do Museu, ‘Língua Solta’, traz a língua portuguesa em seus amplos e diversos desdobramentos na arte e no cotidiano. Com curadoria de Fabiana Moraes e Moacir dos Anjos, a mostra conecta a arte à política, à vida em sociedade, às práticas do cotidiano, às formas de protesto e de religião, em objetos sempre ancorados no uso da língua portuguesa.
Fonte: Crio.Arte