Estuda com Zeferino da Costa (1840-1915), Henrique Bernardelli (1858-1936) e Rodolfo Amoedo (1857-1941) na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), no Rio de Janeiro. Recebe o Prêmio Viagem ao Exterior da Enba em 1902, com a pintura de gênero Escolha Difícil, 1901. Como pensionista, estuda na França e Itália, até 1908. Retorna à Itália em 1910 para trabalhar como decorador da cúpula do pavilhão brasileiro na Exposição Internacional de Turim, em 1911. Em Florença, monta um ateliê e se radica como cidadão italiano entre ca.1911 e ca.1941. Participa de várias edições do Salão Nacional de Belas (SNBA) entre 1899 e 1908. É membro do júri do 23º Salão Nacional de Belas Artes de Porto Alegre, em 1919. Participa do 1º Salão Paulista de Belas Artes, em 1934. O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) faz uma retrospectiva de seus trabalhos em 1944, expondo seus auto-retratos. No mesmo museu, suas obras participam da exposição Um Século de Pintura Brasileira, em 1952. Explora em sua pintura temáticas de cunho social e moral, além de paisagens e figuras femininas. Realiza trabalhos no campo da gravura em metal e em madeira.
Após sua morte, foi homenageado em diversas mostras individuais e coletivas:
1944 – 1ª Exposição de Auto-Retratos, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. 1948 – Pintura no Brasil, Rio de Janeiro.
1950 – Um Século da Pintura Brasileira: 1850-1950, Rio de Janeiro.
1961 – Arte Rio-Grandense do Passado ao Presente, Instituto de Belas Artes, Porto Alegre.
1976 – O Retrato na Coleção da Pinacoteca, Pinacoteca do Estado, São Paulo.
1980 – A Paisagem Brasileira: 1650-1976, Paço das Artes, São Paulo.
1984-85 – Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, Fundação Bienal de São Paulo.
1986 – Dezenovevinte: uma virada no século, Pinacoteca do Estado, São Paulo.
1994 – Brasil Século XX, Fundação Bienal, São Paulo; Um Olhar Crítico sobre o Acervo do Século XIX, Pinacoteca do Estado, São Paulo.
1998 – Iconografia Paulistana em Coleções Particulares, Museu da Casa Brasileira, São Paulo.
2001 – 30 Mestres da Pintura no Brasil, Museu de Arte de São Paulo, São Paulo.
2002 – Barão do Rio Branco: sua obra e seu tempo, Ministério das Relações Exteriores, Palácio do Itamaraty, Brasília; Artistas Professores, Museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre; Imagem e Identidade: um olhar sobre a história na coleção do Museu Nacional de Belas Artes, Instituto Cultural Banco Santos. São Paulo.
EUGÊNIO LATOUR (Rio de Janeiro, 1874–1942)
Óleo sobre tela.
Moça com leque, 1927.
MEDIDAS C MOLDURA 1,07 X 58 X 3,5 CM S MOLDURA 95 X 47 CM
Eugênio Latour (Rio de Janeiro, 1874–1942), foi pintor, gravador e decorador, figura emblemática do diálogo entre a tradição acadêmica brasileira e as vanguardas europeias do início do século XX. Ingressou aos vinte anos na célebre Escola Nacional de Belas Artes, onde teve como mestres Zeferino da Costa, Rodolfo Amoedo e Henrique Bernardelli. Sua carreira emergiu com força: menção honrosa em 1900, medalha de prata em 1901 com Depois da Colheita, e, em 1902, ganhou o cobiçado Prêmio Viagem ao Exterior com Escolha Difícil — obra que o levou à França e à Itália, formando-o tecnicamente até 1908.
Em 1911, participou da decoração da cúpula do pavilhão brasileiro na Exposição Internacional de Turim. Instalou-se em Florença, onde manteve ateliê e cidadania italiana até 1941.
Ainda contribuiu ao cenário artístico nacional como jurado do Salão Nacional de Belas Artes de Porto Alegre (1919) e expositor inaugural do 1º Salão Paulista de Belas Artes (1934).
Sua obra, com forte cunho social e moral, vai de figuras femininas líricas a paisagens impressionistas. É rara também sua produção gráfica — gravuras em metal e madeira — que indicam seu domínio técnico e experimental.
Mesmo discreto, recebeu retrospectivas póstumas no Museu Nacional de Belas Artes (1944 – auto-retrato; 1952 – Um Século de Pintura Brasileira) e sua produção integra acervos do MNBA, Pinacoteca de São Paulo e Museu Antônio Parreiras em Niterói.
Eugênio Latour - Jardim de Luxemburgo, Paris - Medidas 33 x 84 cm - Óleo Sobre Madeira - Assinado no Canto Inferior Direito e Dat. 1910
Eugenio Latour - Veneza - 1935 - Óleo sobre madeira - Assinado canto inferior direito - 40 x 50 cm. Coleção Segismundo Marques Gontijo, Belo Horizonte.