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Amelia Amorim Toledo biografia - Guia das Artes
Amelia Amorim Toledo
Informações
Nome:
Amelia Amorim Toledo
Nasceu:
São Paulo, SP (07/12/1926)
Faleceu:
São Paulo (07/11/2017)
Biografia

Amelia Amorim Toledo (São Paulo, São Paulo, 1926). Escultora, pintora, desenhista, designer. Freqüenta o ateliê de Anita Malfatti (1889 - 1964), em São Paulo, no fim dos anos 1930. Entre 1943 e 1947, estuda com Yoshiya Takaoka (1909 - 1978) e, em 1948, com Waldemar da Costa (1904 - 1982). Nesse mesmo ano, trabalha com desenho de projetos no escritório do arquiteto Vilanova Artigas (1915 - 1985). Em 1958, freqüenta a London County Council Central School of Arts and Crafts, em Londres. De volta ao Brasil, em 1960, estuda gravura em metal com João Luís Oliveira Chaves (1924), no Estúdio/Gravura. Obtém, em 1964, o título de mestre pela Universidade de Brasília (UNB). Desde a metade dos anos 1960, leciona na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie e na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, e na Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi), no Rio de Janeiro. A artista dedica-se também à pintura a óleo e aquarela e ao design de jóias. Realiza obras para espaços públicos, como o projeto cromático, 1996/1998, para a estação Arcoverde do metrô do Rio de Janeiro. Em 1999, é realizada exposição retrospectiva de sua obra na Galeria do Sesi, em São Paulo, e, em 2004, é publicado o livro Amélia Toledo: As Naturezas do Artifício, de Agnaldo Farias.

Cronologia

1957 – Exposição individual na Galeria Ambiente, São Paulo.

1960 – Exposição individual na Galeria Ambiente, São Paulo.

1961 – Exposição individual na Oca, Rio de Janeiro.

1969 – Exposição individual na Galeria Bonino, Rio de Janeiro.

1970 – Produz a série de “Poços”: o “Poço”, o “Poço da Memória” e a “Paisagem Brasileira”; a série “A Onda” ou “A Piscina Refrescante pode ser um Abismo” Resumo JB – MAM RJ (Melhor exposição do ano).

1976 – Produz “Gambiarra”, “Paisagens”, “Arquivos de Achados”, “O Avesso da sua Orelha”, “Limites do Dentro”, “Frutos do Mar” e “Micropêndulos”. Produz aquarelas “Caligrafias” resultado da observação de conchas e caramujos. Exposição individual “Emergências” – MAM RJ.

1982 – Exposição individual “Frutos do Mar” – Galeria Paulo Figueiredo, São Paulo.

1983 – Exposição individual “Frutos do Mar”- Funarte – RJ e participa da 17ª Bienal de São Paulo.

1984 – Exposição individual na Galeria Luiza Strina; Realiza a série dos “Fiapos”, trabalhos em papel. Participa das exposições “Panorama do Papel” – MAM SP e “Tradição e Ruptura” – Bienal de São Paulo.

1986 – Exposição individual “Pintura” – Espaço Capital, Brasília; MARGS, Porto Alegre. Exposição individual “Fiapos” – Galeria Tina Presser, Porto Alegre.

1989 – Exposição Individual Pintura e Escultura – Galeria Espaço Capital, Brasília; Participa do “Panorama da Pintura” – MAM SP.

1991 – Exposição Individual “O Todo na Parte” – Museu da Fundação Gulbenkian, Lisboa. Prossegue com as séries de aquarelas “Ideogramas do Acaso” que expõe juntamente com pinturas na Galeria Paulo Figueiredo, São Paulo.

1992 – Realiza nova pintura sobre linho e juta. Desenvolve planos para a exposição do MASP. Projeta as “Sete Ondas” e novas idéias para os “Indícios de Sinergia”. Constrói, com apoio das Indústrias Villares e de outras empresas, “O Grande Labirinto de Azul”.

1993 – Com apoio da Acesita, constrói as esculturas que integram a mostra “Caminhos para Olhar” – MASP, uma visão panorâmica de 40 anos de produção artística em 2000m² de exposição. Neste mesmo ano, realiza o painel “Festa” para o SESC Ipiranga SP e participa das exposições “Ultramodern Brazil”, Washington e “Brasil, Segni D’Arte” em Veneza, Milão e Florença. Viaja aos Estados Unidos e Alemanha.

1994 – Mostra esculturas e nova versão das “Sete Ondas” na exposição individual “Estação Amelia” – Centro Cultural São Paulo. Realiza a exposição individual da série “Lightweight” – BACI, Washington, DC.

1996 – Executa a série de esculturas “Labirinto de Horizonte” e realiza a instalação “Horizontes” – Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro. Exposição individual “Light Weight” – Galeria São Paulo; “Organicus”, Berlin / Dresden; “Arcos da Lapa – Laboratoire de Sculpture Urbaine”, Rio de Janeiro; “O Único, o Mesmo, o Afundamento”, Galeria Valú Oria, São Paulo. Inicia os estudos para o Projeto Cromático e de Indicação dos Materiais de Acabamento da Estação Arcoverde do Metrô do Rio de Janeiro, realizado pela Tria Design para o Departamento de Arquitetura da Promon Engenharia, responsável pelo projeto da estação.

1999 – Instalação do conjunto de esculturas “Caleidoscópio”, na Estação Brás do Metrô de São Paulo. “Cotidiano/Arte”, Itaú Cultural, São Paulo. Exposição individual “Entre, a obra está aberta” na Galeria de Arte do SESI/SP, mostra visitada por 37.000 pessoas.

2000 – Projeto Cromático do Complexo Viário João Jorge Saad, São Paulo. “Rosa, Rosas”, exposição em homenagem a Guimarães Rosa, Casa das Rosas, São Paulo.

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22 de Abril às 19:30

Campos de Cor – 145 x 210 cm – Acrílica Sobre Aniagem - Ass. Verso e Dat. 2001


 “Agora Amélia enveredou para a pintura aparentemente monocromática porém de uma riqueza polifônica e uma densidade plástica espantosa. Diversas camadas de colorido e de pinceladas gestuais, de movimentos rítmicos e complexidades caligráficas, criam uma riqueza de textura e uma riqueza vivencial extraordinária, controlada pelo seu ascetismo e austeridade monocromática, porém pululando com o vitalismo das perpétuas pinceladas, movimentos que se arrastam undosamente na tela, ímpetos musicais de ritmos caligráficos, fluxos iriantes como dos mares, vivências de espaços abertos, caóticos e cósmicos, espaços profundos e abismos. (...) Porque o monocromatismo pode se tornar vazio, monótono, cansativo, superficial ou meramente decorativo. Não é o caso de Amélia. Suas telas vibram de riqueza substanciais misteriosas, vibram vitalmente como as entranhas de todo ser vivo. Do mar, das florestas, do cosmo. Um valioso e rico trabalho. Um trabalho empolgante.” 


Theon Spanudis


Poeta, colecionador e crítico de arte Trecho extraído do livro “Amélia Toledo, as naturezas do artifício’, de Agnaldo Farias


 


Transitando entre pintura, desenho, escultura, gravura, instalação e design de joias, sua obra conquistou vários prêmios a começar pela menção honrosa que recebeu em 1963 em sua primeira de cinco participações na Bienal de São Paulo. Seus trabalhos estão nas coleções de nossos maiores museus assim como na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa."

iArremate leilões
22 de Abril às 19:30

Campos de Cor – 120 x 80 cm – Acrílica Sobre Juta – Ass. Verso e Dat. 2006


 


"Inquietude. Esta palavra move os passos e as ações de Amelia Toledo. Diferentemente da maioria dos artistas plásticos de sua geração, ela jamais deixou-se fascinar unicamente pelos encantos da artesania, pelas questões técnicas (...) Artista lúcida, pesquisadora paciente e organizada, Amelia Toledo trabalha com trinchas longas e curvas, dessas de pintar cantos de cômodas e móveis a fim de perder um pouco o controle do gesto, evitando o maneirismo (...) as camadas de tinta aderem-se ao suporte feito uma película, feito pele. A cor atua em campos limitados, os espaços são bem definidos, com uma margem de alguns centímetros na qual o suporte aparece sem tratamento, espécie de zona neutra, local de passagem entre a luminosidade, o campo de interferência da artista e a parede branca, silenciosa e impessoal. A riqueza do trabalho de Amélia é algo próximo ao silêncio: para se compreender essa produção é necessário antes saber que a metade vazia de um copo é tão importante quanto a metade cheia. Nós só conseguimos nos comunicar, porque existe o vazio, o silêncio, o respirar entre uma palavra e outra, entre uma frase e outra. Amélia Toledo investe, e investiga esse espaço, esse momento, essa passagem". 


Marcus de Lontra Costa COSTA, Marcus de Lontra. Amélia Toledo, a história da inquietude. Correio Braziliense, Brasília, 22 mar. 1989.


 

Obras deste artista