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Adolpho Alberto Leirner artista - Guia das Artes
Adolpho Alberto Leirner
Informações
Nome:
Adolpho Alberto Leirner
Nasceu:
São Paulo - SP -Brasil, 1936
Sobre o artista


Biografia

Nascido em São Paulo em 1936.  Nos fins da década de 40 e durante a décadade 50 praticou a fotografia (captura de imagem e laboratório) tanto em cor quantoem branco e preto. Como free lancerfez a cobertura de inúmeras competições esportivas para jornais da capital. Foimembro do Foto Cine Clube Bandeirantes e frequentou inúmeros cursos de cinemado MASP.  Operou câmeras Leica,Rolleiflex, Rollei 35, Paillard Bolex 16 e Harriflex 16.

Em 1958 graduou-se como Engenheirode Eletrônica no ITA. Graduou-se medico pela FMUSP em 1978, tornou-se Doutor em1993 e Livre Docente em 1995 também na FMUSP. Durante 25 anos foi Diretor Geral da Divisão de Bioengenharia do IncorFMUSP tendo supervisionado a execução gráfica (Pôsteres e Power Point) de grande numero de apresentações nacionais e internacionais.

Frequentou como aluno o Maine MediaWorkshops com o artista plástico e fotógrafo Laurence Gartel. Cursou tambémworkshops dos fotógrafos Jean Mielle e Andy French no ICP em New York todos emprocessamento digital de imagens.

Em 2010 participou na Galeria Trioda coletiva 4 viagens, curadoria deRosely Nakagawa (1) juntamente com Leão Serva, Caio Túlio Costa e Beto Ricardo.

Em 2010 participou no Palácio doGoverno em Campos do Jordão (Palácio Boa Vista) da coletiva A natureza pela janela da alma, juntamentecom Felícia Leirner, Giselda Leirner e Nelson Leirner, curadoria de AnaCristina Carvalho (2).

Primo Levi (1919-1987), de quem aeditora Rocco acaba de lançar uma nova edição de É isto um Homem?, diz, logo nocomeço de seu livro, que vivia num mundo só seu, "um tanto apartado darealidade", quando foi detido pela milícia fascista, em 13 de dezembro
de 1943. Deportado para Auschwitz em1944, Primo Levi fala em seu livro de um mundo que não mais seria o mesmodepois dos campos de extermínio. A crueldade de reduzir o ser humano a um"sapo no inverno" é denunciada logo no prólogo dessa vigorosa obra,cujo título o fotógrafo Adolfo Leirner tomou emprestado para uma insólitaimagem que domina sua exposição Crueldades Impessoais, com curadoria de FábioMagalhães: a de dentaduras expostas numa vitrine marroquina. Destituídas defunção, elas lembram que esses dentes foram feitos para criaturas vorazes, queestraçalham outros animais com violência insana, fazendo arranjos decorativoscom seus corpos ou expondo sua cabeças como amuletos em abatedouros. CrueldadesImpessoais, diz Adolfo Leirner, deve esse título ao modo perverso com quehomens tratam indefesos animais sem refletir sobre seus atos. Médico cardiologistarespeitado, que salvou milhares de vidas em seus 77 anos, Adolfo é um fotógrafoativo, mas, ao contrário dos parentes artistas mais conhecidos - a mãeescultora Felícia Leirner (1904-1996) e os irmãos Giselda e Nelson -, fezpoucas exposições.Crueldades Impessoais 1/9Fotografias de Adolfo Leirner, que integra a mostra 'CrueldadesImpessoais', na FASS GaleriaNesta, ele mostra animais expostos em açougues e matadouros da China, Japão,Laos, França, Inglaterra, Marrocos, Bolívia e Brasil. Sem interferir, apenasregistrando o que via, Adolfo montou essa série que, curiosamente, dialogacriticamente com algumas obras de artistas como Soutine (Carne de VacaEsfolada, 1925), Wim Delvoye e até o macabro Damien Hirst. Força de hábito.Desde criança ele convive com artistas - o pai, Isay, foi diretor da Bienal deSão Paulo, criador de um prêmio que revelou os pintores Arcângelo Ianelli eTomie Ohtake. Mas, ao contrário dos citados Soutine e Hirst, que usaramcarcaças de animais para chocar, instalando-as num ambiente artificial, Adolfoobserva que essas imagens não foram montadas como cenografia. "É tudoreal", garante o fotógrafo. A ordem enrijecida desses corpos arranjadoscomo naturezas-mortas incomoda, mas de uma maneira diferente das mórbidasimagens dos fotógrafos Joel-Peter Witkin, que criou arranjos deflores emcrânios humanos. "Nossa espécie dominou outras espécies e criou estratagemaspara enfeitar a realidade", diz ele, apontando uma foto em que cabeças delhama servem de amuletos na Bolívia. Adolfo, que começou a fotografar aos 12anos, já fez exposições com outros tipos de agressão, a primeira delas -apropriadamente chamada Os Iconoclastas – mostrando como lugares sagrados naCapadócia e em Jerusalém foram vandalizados desde a antiguidade aos dias atuais.Homônimo do primo Adolfo Leirner, dono da maior coleção privada de arteconcreta brasileira, que vendeu para o Museum of Fine Arts de Houston, ofotógrafo foi criado num ambiente artístico e desenvolveu, desde aadolescência, um olhar voltado para os clássicos da fotografia moderna - eledestaca o surrealista Man Ray eEdward Weston entre suas referências. “Aos 14anos já frequentava o Foto Cineclube Bandeirantes, onde conheci Geraldo deBarros e Thomas Farkas", lembra Adolfo, que aponta entre seus contemporâneosfavoritos Bill Viola e o hiper-realista australiano Ron Mueck.

 

Nasérie iconoclastas Adolfo Leirner se confronta com a contradição ao obter novasimagens a partir da captação fotográfica de ícones destruídos. O registro dascavernas da Capadócia é o seu ponto de partida para a construção de um grafismointrigante.

Ele satura as cores das pinturasmurais, recorta as áreas de ausência de imagens e as submete a inúmerasexplorações plásticas.

Essas áreas de cor superpostas aalfabetos superam o grafite como uma linguagem de vandalismo e valorizam abeleza das superfícies criadas a partir da destruição.

Inventando uma gramática deintersecções de mundos e religiões, universaliza a imagem, desvinculando-a desua matriz original. A sua fotografia se torna um instrumento de reconstruçãoplástica de diferentes culturas e matérias. Rosely Nakagawa, curadora

 

(2) ...Seus ensaios fotográficos sãocaracteristicamente voltados para a tecnologia digital aliada a criatividadehumana. A combinação perfeita para um artista cientista. É perceptível em suaobra a preferência pelo uso da tinta que lhe permite, que lhe permite o jogodos claros e escuros, das intensidades e das forças que se assemelham à buscade equilíbrio entre os cheios e vazios das esculturas de sua mãe. A figurahumana é um tema recorrente nas obras de Adolfo, mas, quando produz figurasgeométricas, ou mesmo faz o exercício da abstração, fragmenta o objeto paracompreende-lo em sua totalidade.

Ana Cristina Carvalho, Curadora do Acervo Artístico- Cultural do Paláciodo Governo do Estado de São Paulo

Cronologia


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