A Tartaglia Arte de Roma, com o apoio do Istituto Italiano di Cultura, apresenta Diversidade e Contaminação, uma exposição bipessoal com artistas de estilos e técnicas bem diferentes, de 05 de dezembro a 26 de janeiro no Centro Cultural dos Correios do Rio de Janeiro.
O italiano Renzo Eusebi, com seu Absoluto Geométrico Informal, pesquisa a forma geométrica, associada ao rigor matemático e a simplificação de forma e cor, através do uso das três cores primárias, neoplásicas, na direção suprematista, implementadas com pranchas pintadas de pintura compacta, arranjadas em diferentes inclinações.
O brasileiro Marcus Amaral, com um olhar sensível e poético sobre fragmentos de objetos aparentemente descartáveis, utiliza sua formação em engenharia e arte para dar um novo significado ao material e produzir composições que podem ser chamadas de esculturas em tela. Elementos como linhas, pedaços de madeira e ferro, folhas de jornais e revistas são reunidos para formar uma série de arranjos tridimensionais com texturas e impressões sensoriais que desafiam o visitante a rever o uso de objetos e a infinidade de formas.
Renzo Eusebi
Renzo Eusebi nasceu em Patrignone di Montalto Marche (AP) em 18 de abril de 1946. Desde criança, denota uma grande paixão pelo desenho e pela pintura associada a um forte desejo de se expressar, primeiro com paisagens incertas de 1956-57, depois com uma paisagem de lago e um auto-retrato rígido, ambos de 1963. Em 1962, na escola de arte de Roma, ele fez amigos e, portanto, foi fortemente encorajado por Sante Monachesi. Naqueles anos, ele também se aventurou no baixo-relevo de gesso e, usando a espátula, fez uma série de pinturas obtendo uma pintura franta.
Após o diploma de maturidade artística, em 1967, qualificou-se como professor de desenho nas escolas de ensino médio e superior, matriculou-se na faculdade de arquitetura de Roma e começou a lecionar como substituto, primeiro no instituto técnico de pesquisadores "Leon battista Alberti "De Roma, depois para o instituto magistral" Santa Rosa "de Viterbo.
Também nos anos setenta, mudou-se para a Lombardia, depois de ser chamado para ocupar o cargo de professor titular, titular de uma cátedra, nas escolas estaduais do ensino médio. Nestes anos, ele começou a expor seus trabalhos em exposições individuais, primeiro em Lecco e depois em Bergamo.
Dos anos 70 até o presente, ele expôs seus trabalhos em mais de 170 exposições individuais e coletivas. Seus itinerários artísticos variam das mais importantes cidades italianas às cidades européias, americanas e sul-americanas. As feiras internacionais de arte contemporânea moderna têm sido muitas desde Basileia nos anos 80, passando por Nova York, Chicago, Los Angeles, Tóquio, Bolonha, São Francisco, Filadélfia, Atlanta, Dallas, Gant, Pádua, Verona e Feira de Arte de Hangzhou (China). Nos anos 90, ele foi um membro fundador do Transvisionismo e, mais tarde, do G.A.D. Grupo de Aniconismo Dialético de Giorgio di Genova.
Sua perfeição na criação de muitos trabalhos de grande sugestão cromática e composicional, articulando-os vertical e horizontalmente, combinando também na mesma superfície bandas cromossênicas e monocromáticas, de diferentes tamanhos e morfologia, agora em preto, agora em amarelo, agora em vermelho, agora em azul.
Marcus Amaral
Marcus Amaral é brasileiro, nascido em Divinópolis, Minas Gerais, em 1963. Filho de uma família de classe média é o quarto filho de cinco irmãos. Na juventude, ele percebeu a grande necessidade de produzir algo que pudesse expressar suas emoções e sentimentos. Esses foram os sentimentos que despertaram seu encontro com a arte, o que aconteceu de forma pragmática quando ele se mudou para Belo Horizonte em 1980 para estudar engenharia civil e artes plásticas. Ele se formou em engenharia civil em 1986 e, mesmo sem concluir o curso de Belas Artes, os dois anos em que ingressou na faculdade foram muito importantes, promovendo sua busca por uma carreira artística.
Durante sua carreira artística, seu trabalho passou por várias etapas. Hoje, podemos dizer que sua sensibilidade revela um novo significado ao material, extraindo uma essência oculta dos materiais e objetos. O artista precisa expor o inverso em busca do inacabado perfeito.
Em 2010, aos 47 anos, Marcus Amaral foi diagnosticado com doença de Parkinson. Esse diagnóstico foi um catalisador para a profissionalização definitiva do artista, imergindo-o de uma vez por todas no universo da arte, deixando a engenharia em segundo plano. Desde então, o processo de criação tornou-se um aliado no tratamento e controle da doença. Para acrescentar mais significado ao seu trabalho, Marcus retira parte do lucro da venda de seus trabalhos para caridade.
Seu trabalho é um garimpo, sempre acreditando na possibilidade de encontrar a improvável beleza sutil, algo que o classifica como artista, permitindo que ele chame a arte de suas descobertas.
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