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Orlando Teruz pintor - Guia das Artes
Orlando Teruz
Informações
Nome:
Orlando Teruz
Nasceu:
Rio de Janeiro, RJ (18/08/1902)
Faleceu:
Rio de Janeiro, RJ (17/08/1984)
Biografia

   Estuda na Escola Nacional de Belas Artes - Enba entre 1920 e 1923, é aluno de Baptista da Costa e Rodolfo Chambelland, tendo, no ano seguinte, sua primeira participação naExposição Geral de Belas Artes do Rio de Janeiro. Em 1934, recebe Prêmio de Viagem ao Exterior, que usufruí apenas em 1939, quando viaja para França, Holanda e Itália, mas é obrigado a interrompê-la devido à deflagração da Segunda Guerra Mundial, 1939-1945. Trabalha com Lucio Costa e Candido Portinari pela implementação da divisão moderna no Salão Nacional de Belas Artes, que passa a vigorar em 1940.

   No ano de 1944, integra a Exposição de Pinturas Modernas Brasileiras, realizada na Burlington House, sede da Royal Academy of Art de Londres. Participa em 1951 e 1953 da 1ª e 2ª Bienais Internacionais de São Paulo. Trabalha como professor de pintura no Instituto de Belas Artes da Guanabara em meados de 1950. Seus trabalhos são expostos em diversas mostras individuais, tanto no Brasil quanto exterior, durante os anos 1960, passando também a interar importantes coleções de todo mundo, como as do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp, doMuseu Nacional de Belas Artes - MNBA e do Museu Hermitage, de São Petesburgo, Rússia. Na década de 1970, inicia com a família a formação de seu museu particular no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro.

   Seu trabalho aproxima-se muito da produção de Candido Portinari, com quem convive desde a formação na Escola Nacional de Belas Artes - Enba, no Rio de Janeiro, tanto em termos formais como temáticos. Ambos propõem uma pintura moderna, que fuja às soluções determinadas pelo estudo acadêmico, mas mantém a relação com a tradição.

   Teruz possui grande domínio da técnica, tanto da pintura como do desenho de observação. Sua temática aborda cenas de infância - inúmeras e presentes em todos os períodos da vasta produção do pintor -, cavalos, reuniões populares. Nesse limiar entre moderno e tradicional, Teruz resvala, por vezes, em soluções trazidas pelos movimentos de vanguarda, sendo o surrealismo a referência mais marcante no que diz respeito a ambientações oníricas.

Cronologia

Realizou as seguintes exposições individuais:

1965 – Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
1965 – Galeria Atrium, São Paulo
1966 – Galeria Oca, Rio de Janeiro
1967 – Galeria Debret, Paris, França
1971 – Ranulpho Galeria de Arte, Recife, PE.

Participou, dentre outras, das seguintes exposições coletivas:

1921 – 28ª Exposição Geral de Belas Artes, Rio de Janeiro
1924-26 – 31ª, 32ª e 33ª Exposição Geral de Belas Artes, Rio de Janeiro (menção honrosa na edição de 1924, medalha de bronze na de 1925 e medalha de prata na de 1926)
1931 –38ª Exposição Geral de Belas Artes, organizada por Lúcio Costa e conhecida pela denominação Salão Revolucionário, por reunir artistas da primeira e da segunda gerações modernistas do país
1933 – 2ª Exposição de Arte Moderna da Sociedade Pró-Arte Moderna, São Paulo
1934 – 40º Salão Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
1941 – 47º Salão Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, prêmio de viagem ao país
1944 – Exhibition of Modern Brazilian Paintings, Londres, Inglaterra
1951 – 1ª Bienal Internacional de São Paulo, São Paulo
1958 – Mostra Internacional de Arte Sacra, Vaticano, 1983 – 6º Salão Nacional de Artes Plásticas, Rio de Janeiro
1980 - Ochenta Años de Arte Brasileño, BuenosAires, Argentina
1982 - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, Lisboa, Portugal
1984 – 7º Salão Nacional de Artes Plásticas, Fortaleza, CE.

Seus trabalhos foram apresentados postumamente, entre outras, nas seguintes exposições:

1984 – 7º Salão Nacional de Artes Plásticas, Rio de Janeiro
1986 – Tempo de Madureza, Ranulpho Galeria de Arte, São Paulo
1996 – 12 Nomes da Pintura Brasileira, Barra Mansa, RJ
2001 – Coleções do Brasil, Brasília, DF
2006 – Arte Moderna em Contexto: coleção ABN AMRO Real, Recife, PE.

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ORLANDO TERUZ (Rio de Janeiro, 1902 – 1984)
Descida da Cruz
MED: 100 X 81 CM

Teruz foi um dos mais significativos pintores brasileiros do século XX, cuja obra é um refinado diálogo entre o rigor acadêmico e as vanguardas modernistas. Entre 1920 e 1923, estudou na prestigiada Escola Nacional de Belas Artes (ENBA) do Rio de Janeiro, sob a orientação dos mestres Baptista da Costa e Rodolfo Chambelland. Já em 1921, participou de sua primeira Exposição Geral de Belas Artes no Rio, iniciando uma trajetória marcada por reconhecimento constante.

Em 1934, Teruz recebeu o Prêmio de Viagem ao Exterior do Salão Nacional de Belas Artes, usufruindo essa oportunidade em 1939 para visitar França, Holanda e Itália, mas teve sua excursão artística abruptamente interrompida pela eclosão da Segunda Guerra Mundial. Sua contribuição para a arte brasileira transcende sua produção; nos anos finais da década de 1930 e início dos anos 1940, colaborou intensamente com figuras como Lúcio Costa e Candido Portinari para implementar a divisão moderna no Salão Nacional de Belas Artes, uma mudança que vigorou a partir de 1940 e que simboliza a modernização do panorama artístico nacional.

Em 1944, integrou a emblemática exposição "Pinturas Modernas Brasileiras" na Burlington House, sede da Royal Academy of Arts, em Londres, projetando o modernismo brasileiro além-fronteiras. Sua participação nas duas primeiras Bienais Internacionais de São Paulo, em 1951 e 1953, reafirmou seu papel na consolidação da arte moderna do Brasil.

Como professor no Instituto de Belas Artes da Guanabara na década de 1950, formou gerações e perpetuou o saber artístico, ao mesmo tempo em que suas obras circulavam em exposições individuais pelo Brasil e no exterior, ganhando espaço em acervos de renome mundial, como o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) e o Museu Hermitage, em São Petersburgo, Rússia.

Nos anos 1970, Teruz deu sequência a uma iniciativa singular: a criação de um museu particular em sua residência na Tijuca, Rio de Janeiro, em colaboração com sua família, materializando ali um legado artístico vivo que constitui um verdadeiro patrimônio cultural.

Artista de técnica sólida e sensibilidade singular, sua obra mescla cenas de infância, cavalos e reuniões populares, com frequência permeada por uma atmosfera onírica de clara influência surrealista, mantendo, contudo, uma ligação profunda com as raízes do Brasil.

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15 de Setembro às 20:00

Orlando Teruz - Sem título - 1982 - Óleo sobre tela - Assinado canto inferior direito - 73 x 92 cm.

Obras deste artista