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Paleta de pinturas de 3.400 anos revela vestígios de pigmentos do Egito Antigo - Guia das Artes
Paleta de pinturas de 3.400 anos revela vestígios de pigmentos do Egito Antigo
Paleta de pinturas de 3.400 anos revela vestígios de pigmentos do Egito Antigo
inserido em 2021-02-09 17:16:32
Conteúdo

 

Tão antiga quanto a própria humanidade é a necessidade de representar a vida, o mundo ao redor, as histórias que viviemos e nossas sentimentalidades – ou, em suma, é a arte.

Em especial a pintura – e, não por acaso, uma das mais raras peças do acervo do Metropolitan Museum of Art, o maior museu de arte dos EUA, mostra que com uma civilização tão avançada quanto a egípcia não seria diferente: uma paleta utilizada por um ou uma artista no Egito antigo e guardada no acervo do museu ainda traz traços dos pigmentos então utilizados.

Paleta de cores de 3.400 anos utilizada por pintor no Egito Antigo

A paleta com mais de 3.400 anos, ainda com traços de pigmentos

Feita em uma peça de mármore com seis espaços escavados para que as tintas fossem depositadas, a peça data do período entre 1390 e 1352 a.C., e traz o nome Amenhotep III, faraó que imperava na época, também inscrito. Apesar dos mais de 3 mil anos que se passaram, as cavidades ainda se encontram traços de pigmentos em azul, verde, amarelo, vermelho, preto e marrom. Também conhecido como “O Magnífico”, Amenhotep III foi sabidamente um faraó que apreciava as artes e reconhecia o valor das expressões artísticas.

Paleta de cores de 3.400 anos utilizada por pintor no Egito Antigo

 
 

Ser, portanto, um artista à época era uma profissão importante e reconhecida. O museu também conta com outra paleta, ainda mais velha, feita em madeira e menos preservada, que data do período de 1427 a 1400 a.C.

Paleta do período de 1427 a 1400 a.C. feita em madeira

A paleta de madeira que também é parte do acervo do museu

A peça do acervo do Met, em Nova York, é, em verdade, capítulo recente dessa história da arte como parte fundamental e primordial do desenvolvimento humano, se comparada, por exemplo, às pinturas rupestres. Vários dos mais antigos registros e traços da humanidade pré-histórica são descobertos como pinturas rupestres contando histórias 40 mil anos atrás, ou petróglifos mostrando desenhos em pedra com mais de 10 mil anos, e até mesmo na Amazônia, registros de mais de 12 mil anos tratados como a “capela Sistina pré-histórica” mostram que a arte é parte atávica e essencial do desenvolvimento da humanidade.

Paleta de cores de 3.400 anos utilizada por pintor no Egito Antigo

Antes de ser adquirida pelo museu, em 1926, a paleta de mármore pertencia à coleção particular do aristocrata e egiptólogo britânico Lord Carnarvon, um dos mais importantes e célebres estudiosos e entusiastas do estudo da antiga cultura egípcia. Foi Carnarvon quem patrocinou a maioria das expedições do arqueólogo e egiptólogo Howard Carter – inclusive a missão que o imortalizaria, quando Carter finalmente encontrou, em novembro de 1922, a tumba do faraó Tutancâmon, descoberta intacta com mais de 3 mil anos como a mais bem preservada tumba de um faraó em todo o Vale dos Reis, no Egito.

Lord Carnarvon com sua filha, Lady Evelyn Herbert, junto de Howard Carter na tumba de Tutancâmon © Wikimedia Commons

 

Fonte: https://www.hypeness.com.br/2021/01/paleta-de-pinturas-de-3-400-anos-revela-vestigios-de-pigmentos-do-egito-antigo/

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