Nascido em 1931, em Kobe, no Japão, o artista plástico Kazuo Wakabayashi desperta para arte cedo. Isso porque, já em 1947, com apenas 16 anos, ele estuda artes em Tóquio, um curso que se estende até ele completar 19 anos. Além disso, também frequenta aulas de desenho e pintura.
No mesmo ano, em 1950, retorna à sua cidade natal para iniciar a faculdade de arquitetura. Porém, logo a abandona para voltar a se dedicar à pintura, o que demonstra o amor do artista plástico pela arte.
Assim, em 1951, ao lado de outros ícones da arte, como Rokuichi, Kazuo Wakabayashi passa a fazer parte do Grupo Babel. Dois anos depois, acontece a sua primeira publicação, um álbum incrível de poesias e pinturas. No ano seguinte, é chamado para ilustrar alguns jornais e realiza essa tarefa de forma sublime.
Logo, como resultado natural de seu empenho e talento, participa de diversos salões japoneses, em um período que dura 20 anos, e que acontece entre as décadas de 1940 e 1960. Assim, seu trabalho é reconhecido pela crítica especializada, um reconhecimento traduzido em forma de prêmios, assim concedidos a ele em 1947, 1950, 1954 e 1959.
TRAJETÓRIA DE KAZUO WAKABAYASHI NO BRASIL
Em 1961, aos 30 anos, o artista plástico Wakabayashi chega a terras tupiniquins. Logo, fixa-se em São Paulo e o amor pelo país o faz se naturalizar brasileiro poucos anos depois, em 1968. Durante esse período, na década de 1960, é apresentado a Manabu Mabe e também faz o seu primeiro contato com a célebre Tomie Ohtake. Dessa forma, ingressa no Grupo Seibi e se torna membro dessa associação.
É no Brasil que acontece a primeira exposição individual do artista, no ano de 1963, na Galeria Tenreiro, no Rio de Janeiro. Logo, participa de várias mostras da Bienal Internacional de São Paulo e, assim, entre 1963 e 1967, é agraciado com prêmios.
Nessa fase, as obras de Kazuo Wakabayashi já contam uma maturidade aparente. Focado em experimentar e pesquisar sobre técnicas, cores e materiais diversos, o trabalho do artista apresenta um forte caráter abstrato. Dessa forma, o artista fica conhecido como um dos pioneiros do abstracionismo no Brasil.
Mesclando contornos precisos com cores intensas, as peças do artista apresentam formas variadas. Criada em 1966, a peça “Sem título” exemplifica bem esse conceito.
Fonte: LaArte