Não há comprovações científicas ou validações empíricas sobre sua eficácia, e de modo geral a grafologia é vista como uma pseudociência.
Trata-se, ainda assim, ao menos de uma metodologia interessante e até divertida para se pensar a personalidade de alguém – uma prática que ainda é feita até hoje.
Se pensarmos na escrita de grandes artistas, sua caligrafia e seu estilo podem ser vistos como uma extensão artística de seu trabalho – e foi pensando nisso que o site Artsy convidou a grafóloga Kathi McKnight para avaliar a escrita de alguns grandes gênios do passado.
1. Vincent Van Gogh
Baseada em uma carta que Van Gogh escreveu a um amigo em junho de 1888, quando tinha 35 anos, segundo a grafóloga sua escrita enviesada e elegante indica o desejo de artista de escrever, apesar de estar consumido pelo trabalho. O jeito que o artista escreve “I” (ou “eu”) indicaria a solidão do pintor holandês, como uma “desconexão emocional e distante”. A maneira que escreve a palavra “presente”, inclinada à extrema direita da margem, pode indicar sinais de depressão. Quando assina a carta, porém, a maneira com que cruza a letra T indica, em contraste, seu poder pessoal, assim como tamanho grandioso de sua assinatura indica sua confiança.
2. Frida Kahlo
Analisando duas cartas de Frida para seu marido Diego Rivera, destaca-se, para Kathi, o quão legível é a letra da artista – sem pressa, de forma metódica. Os pingos na letra I indicam atenção aos detalhes, enquanto as letras P e R indicam poder intelectual e excelente coordenação entre os olhos e as mãos.
3. Pablo Picasso
Em um cartão escrito para a grande escritora e sua amiga Gertrude Stein quando esta vivia em Paris, março de 1913, a natureza brusca e apressada de sua escrita sugere, segundo a grafóloga, que Picasso estaria com pressa para colocar seus pensamentos no papel, confirmando assim uma mente muito ágil. A escrita no cartão aponta um momento otimista na vida do pintor, e o os cortes longos nas letras T indicam carisma, confiança e muita energia emocional. O formato da letra T sugere teimosia, enquanto o M e o N apontam para sua especial inteligência.
4. Michelangelo Buonarroti
A análise da grafia do mestre da renascença Michelangelo se baseou em uma carta que o artista escreveu a seu pai em 1508. A escrita de Michelangelo, para Kathi, é artística e quase musical, e a exatidão e retidão com que escrevia sugerem estabilidade. Os espaços entre letras e palavras podem ser sinais de forte intuição. A inclinação em 45 graus de letras e palavras apontam para uma mente corajosa, que só enxerga problemas e não soluções.