Maurits Cornelis Escher nasceu no dia 17 de junho de 1898, em Leeuwarden, Holanda. Era filho de Sarah e George Escher, sendo o mais novo dos cinco irmãos.
Desde a infância, Maurits tinha a capacidade de visualizar padrões espaciais distintos e, apesar de não ter se saído bem em muitos de seus estudos anteriores, frequentou a Escola de Artes Arquitetônicas e Decorativas de Haarlem. Nela, Escher decidiu se especializar em artes gráficas sob a recomendação de seu mentor, Samuel Jessurun de Mesquita. Seu trabalho anterior incluiu nus e retratos inovadores realizados em xilogravuras, cortes em linóleo e litografias, como as interligadas Oito Cabeças de 1922.
Escher viajou para o Mediterrâneo no início dos anos 20 e foi profundamente influenciado pelas maravilhas do Palácio Alhambra, projetado por mouros, em Granada, Espanha.
Em 1923, conheceu Jetta Umiker e logo no ano seguinte se casaram, tiveram três filhos.
Estabelecendo uma casa na Itália, em Roma, com sua família, Escher trabalhou em gravuras que capturavam paisagens naturais, brincando surpreendentemente com perspectiva, orientação e sombra. Ele também criou um trabalho mais voltado para o ser humano, incluindo uma representação de sua esposa em 1925 e vários autorretratos, como Hand With Reflecting Sphere (Mão com Esfera Refletora), de 1935.
Em 1935, com a ascensão do fascismo na Itália, os Eschers se mudaram para a Suíça mas logo fizeram uma viagem marítima para a Espanha, retornando ao Palácio de Alhambra e visitando La Mezquita de Córdoba.
A partir da admiração pelos mosaicos dos palácios Árabes, Escher criou uma técnica que lhe permitia inserir em polígonos, figuras e formas, sem alterar a área original. Representar o espaço (tridimensional) em um plano (bidimensional), era para Escher, um desafio matemático que resultou em obras fantástica de ilusão de ótica.
Na Mesquita, foi inspirado pelos desenhos complexos das estruturas e concentrou ainda mais seu trabalho nos padrões de mosaico e desenhos de repetição, muitas vezes apresentando imagens entrelaçadas e sobrepostas que se transformavam em algo mais, como podemos observar na série intitulada “Metamorfose“.
Em 1937 , a família havia se mudado para a Bélgica, mas com a invasão das forças nazistas, partiram para a Holanda em 1941.
A partir de 1940, Escher trabalhava com a ideia de criar o infinito no espaço finito. Ir além da perspectiva e criar o espaço infinito no bidimensional do papel, como podemos observar na gravura Cada Vez Menor.
Escher continuou a criar trabalhos de paisagens surrealistas como Up and Down – 1947 (Para cima e para baixo), Drawing Hands – 1948 (Desenhando Mãos) , Gravity – 1952 (Gravidade), Relativity – 1953 (Relatividade), Print Gallery – 1956 (Galeria de impressão) e Ascending and Descending – 1960 (Ascendente e Descendente).
De 1962 a 1970, Escher trabalhou sempre com regularidade, exceto quando alguns problemas de saúde o obrigaram afastar-se periodicamente da vida artística, o qual foi submetido a algumas intervenções cirúrgicas.Depois de uma série de operações, Escher instala-se na casa de repouso Rosa Spier House em Laren, no norte da Holanda.
Apesar do seu estado de saúde ser delicado e inspirar muitos cuidados, ainda chegou a assistir a publicação do livro “The World of M. C. Escher.”
Faleceu a 27 de Março de 1972 quando ainda não tinha completado 74 anos, no Hospital de Hilversum em Laren, Holanda.
Lagartos n° 56 (Lizards) – Escher era mestre em transformar mosaicos poligonais em obras de arte não poligonais. Antes de mover qualquer um dos controles deslizantes. Como um lagarto pode ser movido para a posição de um vizinho? De que forma é formada a peça?