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Mário Pedrosa biografia - Guia das Artes
Mário Pedrosa
Informações
Nome:
Mário Pedrosa
Nasceu:
Timbaúba, PE (25/04/1900)
Faleceu:
Rio de Janeiro, RJ (05/11/1981)
Biografia

Mário Pedrosa (Timbaúba PE 1900 - Rio de Janeiro RJ 1981). Crítico de arte, jornalista, professor. Realiza seus estudos no Institut Quinche, em Lausanne, Suíça, em 1913. Entre 1920 e 1922, vive em São Paulo e trabalha como redator de política internacional no jornal Diário da Noite e produz artigos de crítica literária. Em 1923, forma-se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Filia-se ao Partido Comunista Brasileiro - PCB em 1926. Viaja para a Alemanha em 1927, e estuda filosofia, sociologia, economia e estética na Universidade de Berlim. Retorna ao Brasil em 1929. Por volta de 1930, com o jornalista Fúlvio Abramo (1909 - 1993) e outros, funda um grupo de posição trotskista e envolve-se no movimento político comunista internacional. Por sua militância política, é preso em 1932. Em 1933 realiza, no Clube dos Artistas Modernos - CAM, a conferência "As Tendências Sociais da Arte de Käthe Kollwitz", sobre o trabalho da gravurista alemã.

Em 1937, com o golpe de Estado e a instauração do Estado Novo (1937-1945), Pedrosa é exilado e permanece em Paris entre 1937 e 1938. Nesse ano transfere-se para Nova York, trabalha no Museum of Modern Art - MoMA [Museu de Arte Moderna] e colabora ativamente em revistas de cultura, política e arte. Volta clandestinamente ao Brasil em 1940. É preso e novamente deportado para os Estados Unidos. Em 1942, por ocasião da inauguração dos painéis de Candido Portinari (1903 - 1962) na Biblioteca do Congresso em Washington D.C., publica um estudo sobre o pintor brasileiro. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, retorna ao Brasil, participa da luta pela derrubada da ditadura Vargas e torna-se colaborador do jornal Correio da Manhã, escrevendo na seção de artes plásticas até 1951. Funda e dirige o semanário Vanguarda Socialista, no Rio de Janeiro, no qual publica artigos difundindo uma orientação política democrática, anti-stalinista e não mais trotskista. Incorpora-se à Esquerda Democrática, fundada em agosto de 1945, que passa a se denominar Partido Socialista Brasileiro - PSB, em 1947.

Em 1949 presta concurso para a cátedra de história da arte e estética na Faculdade de Arquitetura do Rio de Janeiro, com a tese Da Natureza Afetiva da Forma na Obra de Arte. Colabora como crítico de arte no jornal carioca A Tribuna da Imprensa entre 1950 e 1954. Concorre em 1955 à cadeira de professor de história do Brasil do Colégio Pedro II, para a qual escreve o texto Da Missão Artística Francesa: Seus Obstáculos Políticos. Torna-se livre-docente desse colégio, defendendo a tese Evolução do Conceito de Ideologia: da Filosofia à Sociologia, em 1956. De 1957 a 1971, assina artigos sobre artes visuais no Jornal do Brasil. Colabora também no jornal Folha de S. Paulo.

Membro da Associação Internacional de Críticos de Arte - Aica desde sua fundação, em 1948, torna-se vice-presidente da entidade em 1957. Contemplado com bolsa da Unesco, passa quase dez meses no Japão, entre 1958 e 1959, quando escreve um estudo sobre as relações da arte japonesa com a arte contemporânea ocidental. Organiza o Congresso Internacional de Críticos de Arte, em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, em 1959. Com o título A Cidade Nova, Síntese das Artes, o congresso debate a criação de Brasília e reúne muitas personalidades de destaque internacional.

É membro das comissões organizadoras das Bienais Internacionais de São Paulo de 1953 e 1955, e diretor-geral da bienal de 1961. Dirige o Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP de 1961 até 1963. De 1961 a 1962, é secretário do Conselho Federal de Cultura, criado pelo governo Jânio Quadros. Em 1966 volta a colaborar com o Correio da Manhã.

Refugiado político durante a ditadura militar, exila-se em 1971. Dirige o Museu de la Solidariedad em Santiago, Chile, no início da década de 1970, e constitui um acervo com doações de artistas de vários países. Torna-se presidente do secretariado do Museo Internacional de la Resistencia Salvador Allende, em Cuba, e professor de história da arte Latino-Americana da Faculdade de Belas-Artes do Chile. Retorna ao Brasil em outubro de 1977.

Colaborador do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ nas décadas de 1950 e 1960, faz parte do comitê para sua reconstrução após o incêndio de 1978, que propõe a criação do Museu das Origens. Entre 1979 e 1980 é consultor da Sociedade Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente. Um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores - PT, é o primeiro a assinar seu manifesto de criação, no Colégio Sion, em São Paulo, em 1980.

Sua biblioteca, com aproximadamente 8 mil livros, folhetos e periódicos sobre arte, filosofia, ciências sociais e política, além de 15 mil itens de seu arquivo, entre cartas, recortes de jornal e documentos iconográficos que registram seu trabalho como crítico de arte e ativista político, faz parte do acervo da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. Diversas de suas correspondências e artigos, reunidos pelo Centro de Documentação do Movimento Operário Mário Pedrosa - Cemap, estão sob os cuidados do Centro de Documentação e Memória da Universidade Estadual Paulista - Cedem/Unesp, em São Paulo.

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