Em 1934 a família Mabe imigrou para o Brasil em busca de paz e um novo futuro. Manabu aportou em Santos aos 10 anos de idade e trouxe do Japão os crayons que usava na escola primária, em sua cidade natal. Desde que chegou, impressionou-se com a abundância da natureza brasileira; cinco anos depois, voltou a desenhar, nas horas de folga do serviço de cafeicultura. Aos 21 anos, começou a pintar com tinta a óleo, criando paisagens e naturezas-mortas. Em 1957, mesmo ano em que se mudou para a cidade de São Paulo com a esposa e os três filhos, fez suas primeiras telas não figurativas. Tornou-se pintor profissional, mas a carreira era mais difícil do que esperava. Apesar disso, prosseguiu com seu trabalho, perseverou e, tempos depois, ganhou o reconhecimento da crítica. A partir da Bienal de São Paulo, em 1959, foi elevado entre os expoentes da arte abstrata e recebeu uma série de premiações que culminaram com um artigo na revista americana Time sob o título O Ano de Manabu Mabe. A década de 1960 foi de glórias: ele recebeu o prêmio Fiat na Bienal de Veneza e o prêmio para artistas jovens na Bienal de Paris e participou de muitas exposições ao redor do mundo, passando por Roma, Paris, Washington, Oakland, Nova York, Veneza, Londres, além de diversas cidades do Brasil. O mundo se despediu do artista em 1997 e uma de suas últimas obras, intitulada Vento Vermelho e assinada alguns meses antes de sua morte, foi transformada em um painel comemorativo reproduzido em mosaico na capela Santo Amaro, na Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, na cidade de Guarujá. PALAVRAS DO ARTISTA "É preciso crer sempre no sonho e lutar para que ele se torne real." "Meu sonho é infinito e viajo pelo mundo da beleza. Aprender a manejar o belo e explorar a arte significam travar uma constante luta comigo mesmo." "Nas telas registro a minha própria vida."
MANABU MABE (Kumamoto, Japão, 1924 – São Paulo, SP, 1997)
"Lins, São Paulo" 1951
Óleo sobre tela
Certificado no Instituto.
Medidas: 64 x 78 cm.
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Manabu Mabe - Sem título - 138-150. Serigrafia, 70x94,5 cm, 1995, A.C.I.D. a lápis. Sem moldura, com pontos de acidez
MABE, Abstrato - serigrafia - 70x80 cm - ass. inf. dir., dat. 1986 - 82/100 (Com moldura em acrílico)
Manabu Mabe - Sem título - P.A. - IV-XVI Serigrafia, 50x60 cm, 1989, A.C.I.D. a lápis. Sem moldura
Manabu Mabe - Corrente oceânica - P.A. XII-XXIV. Serigrafia, 56x70 cm, 1987, A.C.I.D. a lápis. Sem moldura
MABE - Abstrato - serigrafia - 70x100 cm - ass. Canto inferior direito, dat. 1988 - 30/100
Manabu Mabe - Sem título - 43-100. Serigrafia póstuma, 35x50 cm, sem data, A.C.I.D. na matriz. Sem moldura
Manabu Mabe - Gelo - 1997 - Óleo sobre tela - Assinado canto inferior direito - 120 x 120 cm. Necessita restauro.
Manabu Mabe - Fogo - 1997 - Óleo sobre tela - Assinado canto inferior direito - 120 x 120 cm. Necessita restauro.
Manabu Mabe - Vitalidade - 74-100. Serigrafia póstuma, 70x70 cm, sem data, A.C.I.D. na matriz. Sem moldura
Manabu Mabe - Sem título - 20-100. Serigrafia, 80x70 cm, 1990, A.C.I.D. à lápis. Sem moldura, com pontos de acidez
MABE, Abstrato - serigrafia - 70x100 cm - ass. inf. dir., dat. 1988- 44/100 (Com manchas do tempo e moldura em acrílico)
Mabe - Sem título - P.A. - XI-XII Serigrafia, 70x48 cm, 1990, A.C.I.D. a lápis. Sem moldura
Manabu Mabe - Sem título - 1997 - Óleo sobre tela - Assinado canto inferior direito - 120 x 120 cm. Necessita restauro.
Manabu Mabe - Sem título - 26-100. Serigrafia, 75x55 cm, 1961, A.C.I.D. a lápis. Sem moldura
Manabu Mabe - Sonho de noite de outono - 1985 - Óleo sobre tela - Assinado canto inferior esquerdo - 87 x 102 cm.