Pintor.
Freqüenta as aulas de pintura de Oscar Pereira da Silva (1867-1939), em São Paulo, em meados de 1905. Entre 1912 e 1918, viaja para Paris (França) onde estuda na École Nationale Superieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes] e na Académie Julian, com Jean-Paul Laurens (1838-1921) e Paul Albert Laurens (1870-1934). Integra a Comissão de Orientação Artística em São Paulo.
Fonte: Itaú Cultural
s.d. - Paris (França) - Individual
s.d. - Bruxelas (Bélgica) - Individual
s.d. - Lyon (França) - Individual
s.d. - Cidade do Cabo (África do Sul) - Individual
s.d. - Montevidéu (Uruguai) - Individual
s.d. - Buenos Aires (Argentina) - Individual
1919 - Rio de Janeiro RJ - Individual
1932 - Rio de Janeiro RJ - Individual
1933 - São Paulo SP - Individual
1941 - São Paulo SP - Individual
1907 - Rio de Janeiro RJ - 14ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - menção honrosa
1908 - Rio de Janeiro RJ - 15ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1909 - Rio de Janeiro RJ - 16ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1910 - Rio de Janeiro RJ - 17ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1916 - Rio de Janeiro RJ - 23ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de prata
1919 - Rio de Janeiro RJ - 26ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1922 - Rio de Janeiro RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1926 - Paris (França) - Salão dos Artistas Franceses
1927 - Paris (França) - Salão dos Artistas Franceses
1928 - Bruxelas (Bélgica) - Expõe ao lado de Jean-Gabriel Domergue
1928 - Paris (França) - Salão dos Artistas Franceses
1929 - Paris (França) - Salão dos Artistas Franceses
1930 - Paris (França) - Salão dos Artistas Franceses
1931 - Paris (França) - Salão dos Artistas Franceses - menção honrosa
1932 - Paris (França) - Salão dos Artistas Franceses
1934 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Belas Artes, na Rua 11 de Agosto
1937 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes
1937 - São Paulo SP - Grupo Almeida Júnior, no Palácio das Arcadas
1940 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior da Prefeitura Municipal de São Paulo
1940 - São Paulo SP - Exposição Retrospectiva: obras dos grandes mestres da pintura e seus discípulos
1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1951 - São Paulo SP - 16º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de ouro
1980 - São Paulo SP - A Paisagem Brasileira, no Paço das Artes
1982 - São Paulo SP - Marinhas e Ribeirinhas, no Museu Lasar Segall
1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp
1986 - São Paulo SP - Dezenovevinte: uma virada no século, na Pinacoteca do Estado
1996 - Osasco SP - 4ª Mostra de Arte, na Centro Universitário Fieo
1998 - Rio de Janeiro RJ - Marinhas em Grandes Coleções Paulistas, no Museu Naval e Oceanográfico. Serviço de Documentação da Marinha
1998 - São Paulo SP - Iconografia Paulistana em Coleções Particulares, no Museu da Casa Brasileira
1998 - São Paulo SP - Marinhas em Grandes Coleções Paulistas, na Sociarte
2003 - São Paulo SP - Pintores do Litoral Paulista, na Sociarte
2004 - São Paulo SP - O Preço da Sedução: do espartilho ao silicone, no Itaú Cultural
Fonte: Escritório de Arte
CAMPÃO (José Marques Campão, São Paulo-SP, 1892 - 1949)
Figura Feminina.
Datado. 1927.
Med: 60 x 82 cm.
Com mold. 81 x 93 cm
José Marques Campão (1892–1951) destacou-se como um dos principais pintores paisagistas de São Paulo e notável intérprete da luz brasileira por meio de uma paleta que transitava com equilíbrio entre o impressionismo e o realismo.
Formado inicialmente sob a orientação de Oscar Parreira da Silva, Campão participou aos 15 anos da 14ª Exposição Geral de Belas Artes, ocasião em que recebeu menção honrosa. Até a 17ª edição da mostra, manteve regular participação, antes de partir para Paris em 1910, onde aprofundou seus estudos artísticos na Academia Julian, sob a tutela de Paul Albert Laurens, e, em 1912, na Escola Nacional Superior de Belas Artes, sob a orientação de Jean-Paul Laurens, última grande referência do academismo francês.
Durante seis anos consecutivos, apresentou trabalhos no Salão dos Artistas Franceses, além de participar no Salão de Bruxelas, Salão Náutico e, a convite, no Salão de Deauville. Em 1915, o início da Primeira Guerra Mundial o obrigou a retornar ao Brasil. Todavia, em 1925, regressou a Paris, onde residiu em um atelier e estabeleceu vínculos pessoais e profissionais, casando-se com uma francesa. Entre 1926 e 1932, participou integralmente do Salon des Artistes Français, destacando-se com trabalhos significativos, entre os quais nú femininos como “Tranquillité” (1928) e “Nymphe” (1931), este último agraciado com menção honrosa.
Sua produção foi exibida em reconhecidas galerias internacionais, como Goupil Gallery (Londres), Galerie des Artistes Français (Bruxelas), Faragil (Nova York) e Owr Penn Gallery (Cidade do Cabo), recebendo elogios da crítica especializada, incluindo destacadas publicações francesas como a revista “L'Illustration” e análises dos críticos Raymond Sélig e A. Chatainneau, que ressaltaram sua capacidade singular de traduzir a luminosidade e a vibrante cromaticidade da América do Sul.
De volta ao Brasil em 1932, sua obra evoluiu para paisagens do interior paulista, praias, Serra da Mantiqueira e cidades históricas de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Paraná, tendo ampliado sua presença artística no Cone Sul com exposições em Montevidéu e Buenos Aires. No Brasil, destacou-se com exposições na Casa Byington (São Paulo, 1932) e no Teatro Trianon (Rio de Janeiro, 1935). Apesar da ascensão das vanguardas modernas, manteve-se fiel às bases figurativas e à valorização da luz natural, permanecendo prestigiado até o final da década de 1950.
Sua relevância foi formalmente reconhecida em 1951, com a concessão póstuma da grande medalha de ouro do 16º Salão Paulista de Belas Artes na Galeria Prestes Maia. Nas décadas seguintes, sua obra foi objeto de reintegração e valorização em exposições de prestígio nos mais importantes museus brasileiros, incluindo o Paço das Artes, MASP, Pinacoteca do Estado, Museu Lasar Segall, Museu Naval e Oceanográfico e o Museu da Casa Brasileira