José Ferraz de Almeida Júnior (1850 - 1899) foi um artista plástico paulista. Talvez tenha sido o primeiro artista plástico brasileiro a pintar o povo do campo.
Nascido em Itu, São Paulo, foi precursor do Realismo brasileiro. Estudou da Academia Real de Belas Artes (AIBA). Seu estudo fora tão frutífero que foi patrocinado pessoalmente pelo próprio imperador Dom Pedro II. Por conta de tal patrocínio, o artista veio a estudar na École National Supérieure des Beux-arts (Escola Nacional Superior de Belas Artes), em Paris.
José Ferraz de Almeida Júnior faleceu em 1899, aos seus 49 anos, em Piracicaba, São Paulo. Assassinado pelo seu primo, foi vítima de um crime nascido da paixão e do ódio, já que o artista era amante de sua esposa.
Escrito por Paulo Lorenzo Villela
ALMEIDA Júnior. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa18736/almeida-junior. Acesso em: 09 de agosto de 2024. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
Referência: SUA PESQUISA (Brasil). Almeida Júnior. Disponível em: https://www.suapesquisa.com/artistas_obras/almeida_junior.htm. Acesso em: 09 ago. 2024.
1869 – Matriculou-se na Academia Imperial de Belas Artes, Rio de Janeiro, sendo aluno de Vitor Meireles. Terminado o curso, e após várias distinções, voltou para Itu.
1875 – Teve um de seus trabalhos apreciado por Dom Pedro II, durante uma viagem que o imperador fazia pelo interior de São Paulo. O monarca dispôs-se a pagar pessoalmente os custos de sua estada na Europa.
1876 – Seguiu para França com bolsa de estudos, matriculando-se na Escola Superior de Belas Artes, Paris.
1876- 82 – Trabalhou em Paris, participando dos Salons juntamente com os artistas locais. São deste período algumas de suas obras-primas de cunho realista, como Derrubador brasileiro (1880) e Descanso do modelo (1882).
1882 – Regressou ao Brasil.
1883 – Abriu ateliê em São Paulo.
1885 – Recebeu do governo imperial a Ordem da Rosa.
1888-98 – Voltado para os temas regionais, criou algumas de suas obras mais notáveis, como Cozinha caipira, Amolação interrompida e O violeiro.
1891-96 – Realizou sucessivas viagens à Europa. Nos últimos anos de vida continuou pintando quadros significativos, como A partida da monção, Leitura e O importuno.
1899 – Morreu assassinado por um primo, que descobriu o adultério da esposa Maria Laura com o pintor. Diversos museus têm obras suas, entre os quais o Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro; o Museu de Arte de São Paulo; o Museu Paulista; e a Pinacoteca do Estado de São Paulo, a qual abriga a Sala Almeida Júnior.