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Johann Moritz quadros do - Guia das Artes
Johann Moritz
Informações
Nome:
Johann Moritz
Nasceu:
Augsburg, Alemanha (29/03/1802)
Faleceu:
Weilheim, Alemanha (29/05/1858)
Biografia

Desde criança, exercita o desenho e a gravura com o pai Johann Lorenz Rugendas II (1775 - 1826). Freqüenta o ateliê de Albrecht Adam (1786 - 1862), de 1815 até 1817, quando ingressa na Academia de Belas Artes de Munique. Incentivado pelos relatos de viagem dos naturalistas J. B. von Spix (1781 - 1826) e C. Fr. Ph. de Martius (1794 - 1868) e pela obra de Thomas Ender (1793 - 1875), vem para o Brasil em 1821, como desenhista documentarista da Expedição Langsdorff. Abandona a expedição em 1824, mas continua sozinho o registro de tipos, costumes, paisagens, fauna e flora brasileiros. Segue para Mato Grosso, Bahia e Espírito Santo e retorna ao Rio de Janeiro ainda no mesmo ano. Rugendas não realiza nenhuma pintura a óleo em sua primeira estada no Brasil, privilegia o desenho e ocasionalmente o colore à aquarela. De 1825 a 1828 vive entre Paris, Augsburg e Munique. Nesse período, dedica-se à publicação de sua obra Voyage Pittoresque dans le Brésil. Vai para a Itália em 1828, onde observa novas técnicas. O uso de cores e o esboço a óleo chamam sua atenção. Motivado pelo naturalista Alexander Humboldt (1769 - 1859), Rugendas viaja para o México em 1831, com projeto de viagem pela América com objetivo de reunir material para nova publicação. No México, começa a pintar a óleo, utilizando as técnicas assimiladas na Itália. A partir de 1834, excursiona pela América do Sul, passa pelo Chile, Argentina, Peru e Bolívia. Em 1845, chega ao Rio de Janeiro, onde retrata membros da família imperial e é convidado a participar da Exposição Geral de Belas Artes. No ano seguinte, parte definitivamente para a Europa. Em troca de uma pensão anual e vitalícia, cede sua coleção de desenhos e aquarelas ao Rei Maximiliano II, da Baviera.

Cronologia

Tomou parte das seguintes mostras coletivas: 1845, 46 – Exposição Geral de Belas Artes, Academia Imperial de Belas Artes, Rio de Janeiro.

Foi lembrado postumamente, entre outras, nas seguintes exposições: 1948 – Retrospectiva da Pintura no Brasil, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. 1966 – Art of Latin America since Independence, Austin, New Haven, San Diego, Nova Orleans, San Francisco, Estados Unidos. 1977 – Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo. 1983-84 – 50 Anos de Casa-Grande & Senzala, Lisboa, Recife, Salvador, Vitória, Aracaju, Brasília. 1990 – Rugendas x Fotografia, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador. 1992 – Brasilien: entdeckung und selbstentdeckung, Zurique, Suíça. 1995-96 – O Brasil de Hoje no Espelho do Século XIX: artistas alemães e brasileiros refazem a Expedição Langsdorff, São Paulo e Rio de Janeiro. 1996 – Brazil Through European Eyes, Christie's, Londres. 2002 – Memorial da América Latina, São Paulo (exposição das obras que Rugendas pintou no México). 2003 – Vistas do Brasil: Coleção Brasiliana, Pinacoteca do Estado, São Paulo.

As obras de Rugendas encontram-se distribuídas nos acervos de diversas instituições do Brasil, entre as quais o Museu Histórico Nacional e o Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e do exterior.

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01 de Maio às 20:30

Rugendas e o Brasil - Obra completa - Pablo Diener, Maria de Fátima Costa - Prefácio de Pedro Corrêa do Lago - A obra reúne a produção do alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858) no Brasil, apresenta ao público novidades – entre as quais, um dos seus raros óleos sobre tela, descoberto em coleção particular e jamais publicado Com a inclusão de novos desenhos e de uma descoberta preciosa – um raro óleo, inédito em publicações -, chega às livrarias em novembro a terceira edição do espetacular Rugendas e o Brasil, de Pablo Diener e Maria de Fátima Costa. O volume, um grande sucesso editorial, traz a relação completa das obras relacionadas ao Brasil que o alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858) produziu em suas duas viagens ao Brasil – 1821 a 1824 e, depois, por menos de um ano, em 1845. “A primeira viagem foi fundamental para a preparação das gravuras da Viagem pitoresca e deixou-nos os magníficos desenhos realizados na Expedição Langsdorff, hoje conservados na Academia de Ciências de São Petersburgo”, lembra o editor Pedro Corrêa do Lago na apresentação do livro. Algumas das obras foram criadas de memória, caso deste óleo recém-descoberto em São Paulo, numa coleção particular. Pintado em 1842, “Paisagem no interior da mata tropical no Brasil com figuras” é um dos poucos e preciosos óleos sobre tela do artista viajante que, junto com Debret e Ender, retratou o Brasil do início do século XIX – na maior parte das vezes, em desenhos e aquarelas. Esse quadro a óleo – um dos que foram pintados de memória, quando Rugendas passava um período no Chile - mostra a floresta luxuriante, com pássaros, flores, cobras e três indígenas. Há uma profusão de detalhes e uma incrível precisão visual ao retratar árvores, plantas, animais e figuras humanas no trabalho de Rugendas. “Rugendas nunca se detém a desenhar um belo edifício; só ocasionalmente observa o perfil de alguma rua com as fachadas das casas”, explicam Diener e Costa. “A natureza, ao contrário, ganha outro tipo de valoração. As montanhas merecem toda a atenção de seus lápis em vistas amplas, mas também em estudos que chegam inclusive a focalizar as características morfológicas das rochas. Igualmente, verificamos que a vegetação não é incorporada à paisagem como um simples acessório; as árvores figuram entre seus desenhos com o máximo de detalhe”. O inédito em publicações Paisagem no interior da mata tropical no Brasil com figuras |1842 Óleo sobre tela; 46 x 36 cm Rugendas e o Brasil apresenta mais de 400 desenhos, com cinco inclusões nesta edição; no total, mais de mil imagens em suas 612 páginas. O raisonné teve sua primeira edição lançada em 2002, compondo um painel extraordinário do trabalho de artistas viajantes europeus do século XIX que a Editora Capivara veio traçando. São eles Frans Post (cuja terceira edição será lançada em 2024), Debret (que teve a sexta edição publicada em 2021), Taunay (2008), Eckhout (2010) e Ender (2022). Vale incluir ainda o volume Martius (2018), que mergulha na expedição científica e artística de Carl Friedrich Philipp von Martius. Rugendas Nascido em Augsburg, na Alemanha, em 1802, Johann Moritz – ou João Maurício – Rugendas descendia de uma linhagem de artistas. Estudou com Albrecht Adams e na Academia de Munique; integrou, a princípio, a expedição organizada pelo Barão von Langsdorff, mas acabou se desligando e viajando por conta própria pelo Rio de Janeiro, por Minas Gerais e passou, brevemente, pela cidade de Salvador. De volta à Europa, começa o trabalho que vai resultar no álbum Viagem pitoresca através do Brasil, publicado em 1834, realizando trocas artísticas com pintores e aquarelistas. Em 1831, embarca para uma estada de 15 anos percorrendo os países da América Latina, dos vulcões mexicanos aos territórios andinos e à região platina no Cone Sul. Essa viagem terminou no Rio de Janeiro, onde passou cerca de um ano, entre 1845 e 1846. Os autores Pablo Diener é doutor em História da Arte pela Universidade de Zurique. Tem estudos publicados sobre as viagens científicas e artísticas ao continente americano nos séculos XVIII e XIX e é autor do catálogo da obra de J. M. Rugendas. Organizou as exposições “Rugendas: América de punta a cabo”, “Los viajeros europeos del siglo XIX em México”, “El Barón de Courcy: Ilustraciones de viaje” e “O descobrimento da natureza, de C. D. Friedrich a Humboldt” no Chile, no México e na Alemanha. É professor aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso. Maria de Fátima Costa é doutora em História pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorado em História da Arte e Cartografia Histórica. Desenvolve investigações sobre as expedições científicas que estiveram na América do Sul e tem publicações sobre as Expedições Demarcadoras de Limites do século XVIII, a Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira, a Expedição Langsdorff, a viagem de Spix e de Martius ao Brasil e a Expedição Francis de Castelnau, entre outros temas. É autora também de História de um país inexistente: Pantanal entre os séculos XVI e XVIII e professora titular aposentada da Universidade Federal de Mato Grosso. Juntos, Pablo Diener e Maria de Fátima Costa organizaram as exposições “O Brasil de hoje no espelho do século XIX” (MASP, Sala Athos Bulcão, Casa França-Brasil, Museu Municipal de Arte de Curitiba) e “Rugendas: Pintor y dibujante” (Museo Nacional de Bellas Artes, em Santiago do Chile). Têm vários artigos publicados em revistas científicas e são autores dos livros Rugendas: Pintor y dibujante; América de Rugendas; Bastidores da Expedição Langsdorff; Martius; e Pantanal: Origens de um paraíso. Também são organizadores das obras O Brasil de hoje no espelho do século XIX; Um Brasil para Martius; Spix e Martius: Relatórios ao Rei; e Rugendas: El artista viajero. 602 página - Capa Dura, com sobre capa - Formato 32 x 28 x 5 cm - Perfeito estado

Obras deste artista