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João Batista Ferri resumo - Guia das Artes
João Batista Ferri
Informações
Nome:
João Batista Ferri
Nasceu:
São Paulo - SP - Brasil (06/06/1896)
Faleceu:
São Paulo - SP - Brasil (03/02/1978)
Sobre o artista


Biografia

João Batista Ferri (6 de junho de 1896 – 3 de fevereiro de 1978) nasceu em São Paulo e foi um importante professor e escultor brasileiro. Ele trabalhou como mestre de obras do engenheiro Ramos de Azevedo, mas se consagrou através de suas esculturas. Construiu obras importantes, como Índio Caçador (1939), e ajudou na construção do Monumento do Ipiranga, ao lado de Ettore Ximenes Escultor realista, suas obras estão expostas no Brasil e também na Itália.

Ferri, adepto à Escola Realista, esculpia suas obras com o máximo de detalhes e o mais próximo possível do tamanho real. Ele voltou para o Brasil em 1925 e passou a morar em São Paulo alguns anos estudando fora. Dois anos depois, passou a expor obras e a trabalhar como Secretário da Comissão Executiva do Salão de Arte, organizado pela associação italiana Muse Italiche, que, após sua fundação em 1926, promovia eventos culturais indiretamente com um intuito fascista.  Realizou exposições também, com o apoio da Sociedade Italiana de Cultura, no Palácio das Indústrias.  Ainda em 1928, Ferri participou pela primeira vez do Salão Nacional de Belas Artes, onde expôs as obras Lenda Heróica, Retracto e Índio.


No ano seguinte, Ferri participou novamente do Salão Nacional de Belas Artes, onde expôs Espasmos, Leopoldo e Silva e uma terceira obra, Raios de Sol, escultura de escala natural com a qual ganhou Medalha de Prata. Suas próximas obras marcantes seriam Herma a Newton Prado, feita em Leme, e, em São José do Rio Pardo, a obra do Coronel Luis Dias.


No ano de 1934, o artista também homenageia o médico e ex diretor discente Benedicto Augusto de Freitas Montenegro com uma estátua de bronze que está exposta na Faculdade de Farmácia e Odontologia da Universidade de São Paulo.


Em 1936, Ferri construiu um marco na Capela Biacica com a escultura Bartira, que é a representação de uma índia em Bronze. Porém, a escultura foi perdida em uma das invasões no local alguns anos depois,  assim como pias e placas de bronze foram furtadas e o restante do local, depredado.


Ainda em 1936, fez também uma exposição no Palácio das Arcadas em conjunto com Hélios Seelinger e Vicente Leite.


Suas obra de maior sucesso viriam depois, em 1938: Índio Caçador e Guanabara foram encomendadas para o então prefeito de São Paulo, Prestes Maia. Índio Caçador  foi feita com 1,20 metros de altura, acima de um pedestal, e mostra um índio em bronze no momento da caça, com seus olhos voltados para a Praça da República.


Já Guanabara foi instalada em um local, onde hoje está a obra "Giuseppe Verdi", e depois foi realocada para o Vale do Anhangabaú. Nos dias de hoje, a obra pode ser encontrada na frente da sede da Prefeitura Municipal de São Paulo. Nessa escultura, Ferri fez uma mulher anfíbia, com nadadeiras e algas nos cabelos. Em 2008, esse monumento foi restaurado pela prefeitura.


Sua primeira Medalha de Ouro foi em sua exposição no Salão Nacional de Belas Artes de 1941. Já no próximo ano, ajudou a fundar a Associação Paulista de Belas Artes e recebeu Medalha de Honra, no Chile. Outra conquista importante foi o Prêmio Prefeitura de São Paulo no 9º Salão Paulista de Belas Artes.


Sua próxima importante participação seria no 13º Salão de Belas Artes, que aconteceu no ano de 1947, em que o escultor expôs outras obras marcantes em sua carreira: Atleta em Descanso, concebida em 1945, foi esculpida em granito rosa e recebeu a Grande Medalha de Ouro. A obra possui 88 x 127 x 72,5 cm. Curiosamente, essa é uma das cinco únicas esculturas expostas hoje na Pinacoteca de São Paulo em que é permitido que o público toque na obra. Também exibiu Nu, obra representando um corpo feminino despido feito em mármore branco, concebido em 1940, e a obra Maratonista.


Também executou o Monumento a Valentim Gentil em 1949, no município de Itápolis e, dois anos depois (1951), Ferri foi contemplado com o Prêmio Assembleia Legislativa do Estado, na 16ª edição do São Paulista de Belas Artes. Em 1956, foi instalada também no Orquidário Municipal de Santos a obra "Ninfa de Naiade", que se tornou símbolo do local.


A última exposição solo da vida do artista aconteceu no Museu de Arte de São Paulo (MASP), no ano de 1977.


João Batista Ferri faleceu em 1978, em São Paulo.


Fonte: Wikipédia

Cronologia


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JOÃO BATISTA FERRI (São Paulo, 6 de junho de 1896 – São Paulo, 3 de fevereiro de 1978)
Escultura em bronze.
52x18x12,5 cm./Altura total:63 cm.
PESO:12.620 KG.

João Batista Ferri nasceu em 1896. Aos 17 anos, em 1913, deixou o Brasil para buscar na Itália, berço das artes, a formação que desejava. Em Varallo Sesia, no Piemonte, mergulhou na disciplina rigorosa da Scuola Barolo; em seguida, no bairro de Brera, em Milão, respirou o ambiente clássico e vibrante da Academia de Belas Artes. A eclosão da Primeira Guerra Mundial cortou abruptamente sua formação europeia, obrigando-o a retornar ao Brasil em 1917 — mas ele não voltava o mesmo: trazia nas mãos a técnica e no espírito a vocação de um escultor monumental.
Dois anos depois, em 1919, Ferri colaborou com o mestre Ettore Ximenes, numa das obras mais simbólicas da história brasileira: o Monumento do Ipiranga.
Participou também do Monumento à Amizade Sírio-Libanesa, consolidando seu nome na São Paulo que crescia e buscava, na arte, seus emblemas identitários.
Em 1923, retornou à Itália para criar três monumentos aos mortos da Primeira Guerra — em Prato Sesia, Cavaleiro e Boca — obras de profundo sentido cívico e pathos heroico. No ano seguinte, apresentou-se no Quadrienal de Milão, uma das mais prestigiosas vitrines artísticas da Europa.
De volta ao Brasil em 1925, estabeleceu-se definitivamente em São Paulo. Foi presença constante nos salões de arte, recebendo premiações e reconhecimento crescente e atuou ainda como professor na Escola de Belas Artes, entre 1937 e 1942.
Ao mesmo tempo, obras como a Ninfa de Náiade, em Santos, e as colossais figuras da Indústria e do Comércio no Paço Municipal santista, conferiram-lhe prestígio e um lugar definitivo na iconografia urbana brasileira.
Nas décadas de 1940 e 1950, Ferri colecionou prêmios, como a Medalha de Ouro no Salão Nacional de Belas Artes e o Prêmio Prefeitura de São Paulo. Em 1947, apresentou na Pinacoteca uma de suas obras mais importantes, Atleta em Descanso, em granito rosa, premiada com a Grande Medalha de Ouro e hoje na da Pinacoteca de São Paulo. Produziu ainda o mármore Nu, a figura atlética do Maratonista e monumentos públicos que hoje atravessam o tempo com dignidade e beleza.
Sua última grande exposição ocorreu no MASP, em 1977. João Batista Ferri faleceu no ano seguinte, deixando um legado que não se limita à escultura: deixou marcas na história das cidades, na memória afetiva dos espaços públicos e no imaginário artístico brasileiro. Seu trabalho, sólido como o granito que esculpiu e expressivo como o bronze que moldou, permanece como testemunho do poder transformador da arte sobre o mundo — e sobre nós.
Dentre suas grandes obras públicas estão o Índio Caçador e Guanabara (1938)
O ano de 1938 representou o auge da visibilidade pública de Ferri. A pedido do então prefeito Prestes Maia, entregou duas esculturas monumentais:
Índio Caçador
Instalada na Praça da República, em bronze, com 1,20 m sobre pedestal, representa um indígena em pleno movimento de caça — síntese magistral de força, precisão anatômica e estética art déco.
Guanabara
Obra singular dentro da escultura pública paulistana, representa uma figura feminina anfíbia, com nadadeiras e algas entre os cabelos. Já esteve no Anhangabaú e hoje encontra-se diante da sede da Prefeitura de São Paulo. Foi restaurada em 2008.
Em Santos executou, para o Palácio José Bonifácio, duas esculturas monumentais — Indústria (Atena) e Comércio (Hermes) — cada uma com cerca de 12 toneladas, em granito e a obra Ninfa de Náiade, instalada em 1941 na Praça José Bonifácio e posteriormente transferida ao Orquidário Municipal, tornou-se um dos símbolos da cidade.
Texto e pesquisa: Alexandre Paiva Frade
Obras deste artista