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Glenio Bianchetti obras de - Guia das Artes
Glenio Bianchetti
Informações
Nome:
Glenio Bianchetti
Nasceu:
Bagé (15/01/1928)
Faleceu:
Brasília (18/02/2014)
Sobre o artista

Comentário de Críticos:

"Tendo começado a pintar em 1944, no Rio Grande do Sul, Glênio Bianchetti filiou-se desde o início de suas atividades artísticas ao expressionismo, quando a II Grande Guerra ainda envolvia o mundo inteiro em suas chamas e convulsões. Tornou-se assim natural a ligação do jovem pintor com essa corrente artística, tão profundamente representativa das vicissitudes e emoções dramáticas e múltiplas, experimentadas pelo homem, ao longo deste século. (...) Em composições diversas, o artista tira partido da intensidade da cor, ao mesmo tempo que procura sintetizar as formas de homens, mulheres ou de bichos. Em outros quadros, nota-se um acentuado abandono da espacialidade realista da imagem, em benefício do esquema cromático, disposto em largas chapadas coloridas. Aliás, esse processo é comum aos expressionistas. Na sua procura de simplificação da figura humana, o artista recorre freqüentemente à geometria, num compromisso evidente com a linha cubista, como acontece na produção de vários pintores europeus. Outras vezes, utiliza-se da abstração. (...) Na medida em que se afasta dos aspectos dramáticos da sociedade da nossa época, a arte do expositor orienta-se para soluções essencialmente plásticas e também para especulações de caráter espacial, tanto nas tapeçarias como nos quadros de cavalete. Esta é uma das feições características da produção artística de Glênio Bianchetti, um dos nossos expressionistas figurativos de maior originalidade pessoal, após a geração dos mestres da primeira fase do modernismo brasileiro".
Antônio Bento
BIANCHETTI: pintura. Apresentação de Antonio Bento e Joaquim Cardozo. São Paulo: MAM, 1970.

"Além de ter um domínio absoluto sobre o desenho (...), Bianchetti se apresenta como um mago das concepções da cor, demonstrando a sua mestria na eleição das cores puras, na filtragem das tintas, e com o que consegue tornar mais agradáveis as cores mais desagradáveis para determinados tipos de temperamento. (...) Esteticamente, revelando-se senhor de um mundo imagético próprio e original, sem tombar na excentricidade, e cuja conquista resultou de longas pesquisas em torno da forma, de sua filosofia e de seu simbolismo, Bianchetti apresenta uma uniformidade de composição estrutural, não obstante a diversidade das temáticas e dos conteúdos. Por todas essas razões é que Bianchetti nos oferece uma poética pictorial conjugada a uma técnica magistral de execução a demonstrar que já venceu todas as suas problemáticas, adquiriu seu estilo, tornando-se um dos mais autênticos representantes do expressionismo figurativo no ciclo atual da nossa pintura contemporânea".
Hugo Auler
CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir, org. Dicionário brasileiro de artistas plásticos. Brasília: MEC/INL, 1973-1980. (Dicionários especializados, 5).

Fonte: https://www.escritoriodearte.com/artista/glenio-bianchetti

Biografia

Iniciou seus estudos artísticos em 1946 com o pintor e escultor brasileiro José Moraes, à época baseado em Bagé. Em 1949, Bianchetti vai a Porto Alegre para estudar no Instituto de Belas Artes (hoje Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul), onde foi aluno de Iberê Camargo. Alternando períodos em Bagé e em Porto Alegre, completou a licenciatura em artes plásticas em 1954.

Bianchetti começou a ter seu trabalho conhecido na década de 1950, quando participou da fundação, em 1951, do Clube de Gravura de Bagé, ao lado de Glauco Rodrigues e Danúbio Gonçalves. No mesmo ano, com Carlos Scliar e Vasco Prado, fundou o Clube de Gravura de Porto Alegre, marcado por obras de caráter social. A obra de Bianchetti nesse período é dominada por xilogravuras com temas relacionados ao trabalho e aos costumes regionais do Rio Grande do Sul, fortemente inspiradas pelo expressionismo alemão.

Em 1960, a convite do então governador gaúcho Leonel Brizola, assumiu a direção do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), onde permaneceria por dois anos. Em paralelo, lecionou gravura na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Em 1962, Bianchetti foi chamado por Darcy Ribeiro para integrar o corpo docente do curso de arquitetura da Universidade de Brasília. Foi o primeiro diretor do ateliê de artes plásticas e do setor gráfico da universidade. Após o golpe militar de 1964, foi preso por "subversão" e afastado da UnB, à qual seria reintegrado somente em 1988.

Mesmo sem o vínculo com a universidade, Bianchetti decidiu radicar-se em Brasília, dedicando-se sobretudo à pintura e à tapeçaria. Colaborou com a criação do Museu de Arte de Brasília na década de 1970. Em 1999 foi homenageado com retrospectiva de 50 anos de carreira no Palácio Itamaraty.

Atualmente a família do artista vem compilando sua obra e fotos em duas redes sociais a  página no facebook ( https://www.facebook.com/casaateliergleniobianchetti/ ) e um perfil no instagram ( @casaateliêglêniobianchetti )

Cronologia


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