É mestre em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP). Em suas primeiras obras, o artista revela a influência da arte pop, pelo uso de imagens retiradas dos meios de comunicação de massa, como na série de pinturas Bandido da Luz Vermelha (1967), na qual remete à linguagem das histórias em quadrinhos. O artista trabalha com temáticas políticas e urbanas, utilizando com freqüência novas técnicas em seus trabalhos, como a serigrafia. Em 1967, seu painel Guevara Vivo ou Morto, exposto no Salão Nacional de Arte Contemporânea, é destruído a machadadas por um grupo radical de extrema direita, sendo posteriormente restaurado pelo artista. Tozzi viaja a estudos para a Europa em 1969. A partir dessa data, seus trabalhos revelam uma maior preocupação com a elaboração formal e perdem o caráter panfletário que os caracterizava. Começa a desenvolver pesquisas cromáticas na década de 1970. Nos anos 80, sua produção abre-se a novas temáticas figurativas, como é possível observar nas séries dos papagaios e dos coqueirais. Apresenta também a tendência à geometrização das formas. Na realização dos quadros utiliza um rolo de borracha de superfície reticulada, o que agrega novos aspectos às suas obras, como textura e volumetria. Passa a realizar trabalhos abstratos, nos quais explora efeitos luminosos e cromáticos. Cria painéis para espaços públicos de São Paulo, como Zebra, colocado na lateral de um prédio da Praça da República e outros ainda na Estação Sé do Metrô, em 1979, na Estação Barra Funda do Metrô, em 1989, no edifício da Cultura Inglesa, em 1995; e no Rio de Janeiro, na Estação Maracanã do Metrô Rio, em 1998.
Realizou, entre outras, as seguintes exposições individuais: 1971 – Galeria Ars Móbile, São Paulo. 1975 – Galeria Alberto Bonfiglioli, São Paulo. 1977 – Gatsby Arte, Recife, PE; Renato Magalhães Gouvêa – Escritório de Arte, São Paulo. 1978 – Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro. 1980 – Galeria Oscar Seraphico, Brasília, DF; Galeria Artespaço, Recife, PE; Galeria Saramenha, Rio de Janeiro; Itaú Cultural, São Paulo; Galeria Alberto Bonfiglioli, São Paulo. 1981 – Momento Galeria Arte, Curitiba, PR; Galeria Casa Grande, Goiás, GO; Galeria Salamandra, Porto Alegre, RS; Galeria Jardim Contemporâneo, Ribeirão Preto, SP; Galeria Bonino, Rio de Janeiro. 1984 – Galeria de Arte Cavalete, Salvador, BA; Galeria de Arte São Paulo, São Paulo. 1985 – Galeria Artespaço, Recife, PE; Centro Cultural, São Bernardo do Campo, SP; Mônica Filgueiras Galeria de Arte, São Paulo. 1986 – Galeria Elf, Belém, PA; Galeria e Escola de Arte Gesto Gráfico, Belo Horizonte; Galeria Artcom, Cuiabá, MT; Art Studio, Nova York, Estados Unidos; Galeria Montesanti Roesler, São Paulo e Rio de Janeiro. 1988 – La Galleria, Brasília, DF; Prova do Artista Galeria de Arte, Salvador, BA;1988 – Galeria Montesanti Roesler, São Paulo e Galeria Montesanti Roesler, Rio de Janeiro. 1991 – Galeria Croqui, Campinas, SP. 1993 – Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro; Museu da Casa Brasileira, São Paulo. 1997 – Galeria Coletânea, Rio de Janeiro; Hot Hat Design Estúdio E27, São Paulo; Galeria Nasser, Uberlândia, MG. 1998 – Geometrias do Tempo, Galeria de Arte São Paulo, São Paulo. 2002 – Arte em Campo, Centro Cultural da Justiça Federal, Rio de Janeiro; Cláudio Tozzi: 22 pinturas e 3 objetos de 1963 a 2002, Ricardo Camargo Galeria, São Paulo. 2004 – O Processo em Construção, Casa Andrade Muricy, Curitiba, PR. 2005 – Instituto Cultural Oboé, Fortaleza. 2006 – Canteiro de Obras (mostra itinerante pelas capitais brasileiras em espaços do SESC). Participou, entre outras, das seguintes exposições coletivas: 1962 – 11º Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo, prêmio de cartaz. 1967 e 69 – 3º e 5º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, Museu de Arte Contemporânea de Campinas, Campinas, SP (medalha de ouro na edição de 1967 e prêmio aquisição na de 1969). 1968 – 17º Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo, medalha de prata. 1976 – 38ª Bienal de Veneza, no Pavilhão Brasileiro, Veneza, Itália. 1980 – 11ª Bienal de Paris, França. 1985 – 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão, Atami, Kioto e Tóquio, Japão. 1986 – 2ª Bienal de Havana, Cuba. 1994 – Trincheiras: arte e política no Brasil, no Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro. 2003 – Arteconhecimento: 70 anos USP, Museu de Arte Contemporânea, São Paulo. 2005 – Nave dos Insensatos, Museu de Arte Contemporânea, Universidade de São Paulo, São Paulo; O Brasil da terra encantada à aldeia global, Palácio do Itamarati, Brasília; Leituras Urbanas: Cláudio Tozzi e Rubens Gerchman, Espaço Cultural Citybank, São Paulo. 2006 -- Os Onze, Museu Brasileiro de Escultura, São Paulo; Futebol e Arte, Espaço Cultural Vivo.
Cláudio Tozzi - Guevara - aspsp - 1968 - 49 x 49 - Apresenta certificado de autenticidade do artista
Claudio Tozzi - Aviador - 1986 - Acrílica sobre tela - Assinado verso - 100 x 100 cm. Certificado de autenticidade emitido pelo artista.
CLAUDIO TOZZI, Papagaio - serigrafia - 65x50 cm - ass. inf. dir. - 19/140
Claudio Tozzi . Xadrex . Serigrafia 42/74 . 50x50 . .