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Betina Samaia quem e - Guia das Artes
Betina Samaia
Informações
Nome:
Betina Samaia
Nasceu:
São Paulo - SP - Brasil, 1964
Sobre o artista


Biografia

Betina Samaia é fotógrafa brasileira. Nascida em São Paulo (SP), em 1964, formou-se em Psicologia pela PUC-SP e busca registrar imagens do inconsciente por meio de viagens e outras experiências pessoais, transitando livremente entre passado e presente, realidade e imaginação.


Com as séries Coreografia do Caos, Noturnos, Amazônia, Azul, Índia, África, Bolhas, entre outras, participou de diversas exposições individuais e coletivas no Brasil, na França e nos Estados Unidos.


Ao longo da última década, seus ensaios foram apresentados em espaços como  Espace des Arts Sans Frontières (Paris), La Quatrième Image (Paris), Magic Brésil (Paris), Carrousel du Louvre (Paris),  Le Magazyn (Califórnia), Museu Histórico Nacional (Rio de Janeiro),  Festival Internacional de Fotografia Paraty em Foco (Rio de Janeiro), Museu da Imagem e do Som (São Paulo), Galeria Arte 57 (São Paulo) e Galeria Valu Oria (São Paulo).


Betina também é autora dos livros Noite afora Noite adentro (2017) e Azul (2015), pela Editora Madalena.

ENTRE AS FLORESTAS DO IMAGINÁRIO E DO REAL 

Quando fotografo, falo de mim mesma. Sou eu ali, através daquela imagem.


Com a câmera, transpasso os limiares claros de compreensão. A câmera é meu instrumento de conhecimento.


Mas nem sempre meu processo criativo caminha junto com o entendimento. Talvez, siga uns passos atrás, em ritmo mais lento. Pois olho o mundo com olhos de devaneio. E assim começo, na maior parte das vezes, de forma intuitiva, regida pelo subconsciente.


Começo então a questionar. Tento compreender. Não raro, me surpreendo. 


Uso a luz como trilha para transitar entre as florestas do real e do imaginário. Uso técnica de desbravar fronteiras. Tenho uma máquina que expande horizontes. Recrio - a criação é um ato de liberdade.


Eu me deparo o tempo todo com objetos. Eles não são vazios. Sinto seus contornos - a alma do mundo é palpável. Desenho suas formas visíveis/invisíveis com a imaginação. Visito o real do sonho.


Visito as vivências, as memórias, o passado, meus amores, as sensações depositadas e acumuladas em meu corpo, as cidades em que vivi. A experiência é meu ponto de partida em busca de eu não sei o quê. O que ainda não foi revelado. O que está inconsciente. 


Quem eu sou? Qual o meu lugar no universo? Essas e outras questões latentes me acompanham. Deixamos rastros. Impressões em alta resolução.


Vou fotografando em busca do desconhecido. Que luz incide sobre a verdade? Como ela se distorce? Procuro novas formas de realidade. Quero o deslumbre em todas as suas variações de azul ou de outras tonalidades que não se vê a olho nu. 


Para poder ver, às vezes é preciso de menos luz, uma certa noite; às vezes, o dia filtrado por infravermelhos. E tento fazer como aquele prisioneiro na caverna de Platão que, depois de muito tempo de costas, finalmente descobre que a sombra projetada na parede era ele.


Betina Samaia 

Fonte: https://betinasamaia.com.br/biocurriculo/

Cronologia


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