É filho de Joaquim Miguel Dutra (1864 - 1930), irmão de João Dutra (1893 - 1983), Alípio Dutra (1892 - 1964) e Antônio de Pádua (1905 - 1939) e bisneto de Miguelzinho Dutra (1812 - 1875). Forma-se professor normalista em 1927. É premiado no Salão Nacional de Belas Artes em 1927, 1928, 1929, 1942 e 1943, no Rio de Janeiro. Em 1932, desenha com Antônio de Pádua a capa do Manual de Campanha do Voluntário Constitucionalista. Entre 1935 e 1944, leciona na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq). De 1934 a 1983, apresenta trabalhos no Salão Paulista de Belas Artes, sendo premiado em várias edições de 1935 a 1979. Viaja, em 1947, para Roma, onde ingressa no último ano da Academia de Belas Artes. Retorna ao Brasil em 1948 e no ano seguinte recebe, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, uma homenagem pelos trabalhos prestados às artes brasileiras na Europa. Em 1955, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP) convida-o a organizar um programa de ensino de desenho para a instituição. Em 1953, funda a escola de música de Piracicaba. Vinte anos depois, doutora-se com a tese A Contribuição de Piracicaba na Arte Nacional, defendida na Esalq. Em 1962, apresenta a palestra Arte na Imperial Província de São Paulo. Projeção Real da Arte Paulista no Ambiente Nacional, como parte do curso de extensão universitária sobre arte antiga no Brasil, na Faculdade de Direito da USP.
ARCHIMEDES DUTRA(1908 - 1983)
1955
REENTELADO EM CERA DE ABELHAS, VÊ-SE A INSCRIÇÃO: 22 SALÃO PAULISTA-BELAS ARTES
MEDIDAS: 56,5 X 84,5 C./1,00 X 72,5 X 4,5 CM
Formado como professor normalista em 1927, cedo conquistou o reconhecimento nacional, sendo laureado no Salão Nacional de Belas Artes em diferentes edições entre 1927 e 1943. Sua trajetória incluiu participação na Revolução Constitucionalista de 1932, quando ilustrou, ao lado do irmão Antônio de Pádua, a capa do Manual de Campanha do Voluntário Constitucionalista.
Entre 1935 e 1944, lecionou na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), demonstrando que o ensino das artes poderia dialogar com o conhecimento técnico e científico. Viajou a Roma em 1947, concluindo o último ano da Academia de Belas Artes, e regressou ao Brasil no ano seguinte, recebendo homenagem da Assembleia Legislativa de São Paulo pelos serviços prestados às artes brasileiras no exterior. Fundador, em 1953, da Escola de Música de Piracicaba e idealizador do Salão de Belas Artes e da Pinacoteca Municipal Miguel Dutra, consolidou-se como promotor de instituições culturais que projetaram sua cidade natal no cenário artístico nacional.
Seu compromisso acadêmico levou-o a organizar, a convite da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, um programa de ensino de desenho, além de defender, em 1973, a tese A Contribuição de Piracicaba na Arte Nacional, na ESALQ, coroando sua carreira intelectual. Também ministrou conferências de relevo, como Arte na Imperial Província de São Paulo, na Faculdade de Direito da USP, em 1962.
