Antonio Garcia Bento (1897, Campos dos Goytacazes, RJ - 1929, Rio de Janeiro, RJ). De origem pobre, foi funcionário da Estrada de Ferro Central do Brasil e desenhista contratado pela firma Haust e Cia. Estudou pintura ao ar livre com Levino Fanzeres, na Colméia dos Pintores do Brasil, curso livre, sempre aos domingos, na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro. No Salão Nacional de Belas Artes, conquistou menção honrosa em 1918, pequena medalha de prata em 1921 e prêmio de viagem ao exterior em 1925. Acompanhado da mulher e dos filhos, viajou por dois anos pela Europa, visitando, entre outros países, Portugal, Espanha e Holanda. Os quadros que realizou na Europa, entre os melhores que produziu em sua curta carreira, foram expostos em São Paulo e no Rio de Janeiro em 1928, com sucesso de venda e de crítica. Em 1952, numa grande retrospectiva, o Museu Nacional de Belas Artes expôs mais de sessenta obras de sua autoria. O catálogo da mostra estampa um texto crítico de Gustavo Corção, que foi amigo do artista. No mesmo museu, integrou a mostra 150 Anos de Pintura de Marinha na História da Arte Brasileira (1982). Destacou-se sobretudo como marinhista.