
“Câmbio de Paradigma - Um Giro no Brasil” abre no dia 14/8, às 19h
Após sua estreia em Madri, a exposição chega ao Instituto Cervantes do Rio de Janeiro como parte da programação oficial do festival FOTORIO 2025
Uma constelação transnacional de olhares contemporâneos entre Espanha e Brasil. Propondo um deslocamento simbólico e crítico pelo território brasileiro, “Câmbio de Paradigma - Um Giro no Brasil”, com curadoria partilhada de Marta Soul e Ângela Berlinde, será aberta ao público no dia 14 de agosto, no Instituto Cervantes do Rio de Janeiro. A mostra estabelece um diálogo inclusivo e transnacional entre os dois países, compreendendo o “giro” como abertura a outras epistemologias, afetos e imaginários historicamente marginalizados.
Como parte da programação oficial do festival FOTORIO 2025, a exposição reúne 12 artistas contemporâneos, sendo seis brasileiros e seis espanhóis, cujos trabalhos se articulam em torno de cinco eixos curatoriais: estruturas de poder; justiça social e racial; gênero e autorrepresentação; tecnologia e progresso; ecologia e justiça climática.
A mostra estará aberta até 3 de setembro de 2025, no espaço expositivo na sede do Instituto, em Botafogo.
Trata-se de uma exposição que questiona quem olha, quem é olhado e a partir de onde se constroem as imagens. “Câmbio de Paradigma” é um espaço de ressonância, escuta e transformação coletiva. Por meio de dispositivos híbridos, instalações, colagens, vídeo e performance, os artistas participantes reconfiguram a fotografia como uma ferramenta crítica e sensível diante das estruturas hegemônicas da imagem.
Saiba mais sobre os artistas e suas obras
Do lado espanhol, Megane Mercury explora identidades migrantes e gentrificação urbana na série La Españoleta, enquanto Cristina Galán revela as contradições do eu hiperfiltrado nas redes sociais em Paul. Esteban Pastorinoinvestiga a memória da técnica fotográfica a partir do uso de câmaras analógicas, e Agnes Essonti Luque propõe uma profunda reflexão sobre identidade afrodescendente em La máscara del duelo. Toya Legido alerta para a extinção de espécies no território ibérico em Lepidópteros en extinción, e Yun Ping constrói um diário visual de transformação e pertença em The body as a suit.
Do Brasil, Shinji Nagabe subverte a masculinidade normativa em Cavalo de Troia, propondo uma soberania queer em tensão com o imaginário da conquista. Denilson Baniwa, artista indígena, desmonta visualmente os relatos coloniais em Ficções Coloniais. Caio Aguiar (Bonikta) encarna o território amazônico como um corpo político e encantado em Memórias Enkantadas, enquanto a dupla Masina Pinheiro & Gal Cipreste apresenta Hunting Exercise: Blow, obra que ativa memórias queer e performativas a partir do corpo.
A exposição celebra ainda a participação especial da artista local Betina Polaroid, que propõe um gesto de celebração e resistência queer com a instalação Espelhos & Películas e a performance Fluidez, ativada no dia 14 de agosto.
Serviço
“Câmbio de Paradigma - Um Giro no Brasil”
Curadoria: Marta Soul e Ângela Berlinde
Abertura: dia 14 de agosto, quinta-feira, às 19h
Visitação: até 3 de setembro de 2025
Horário: de segunda a sábado, das 10h às 19h (exceto feriados)
Local: Instituto Cervantes do Rio de Janeiro
Endereço: Rua Visconde de Ouro Preto, 62 – Botafogo - RJ
Entrada gratuita
Classificação livre