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A cor no espaco bailarino-2025-11-27 - Guia das Artes
A cor no espaço bailarino
Evento encerrado
A cor no espaço bailarino
Quando aconteceu
Quinta, 27 Novembro até Quinta, 13 Novembro
Local
Galeria Patricia Costa
Av. Atlântica, 4.240/lojas 224 e 225 – Copacabana – RJ
Conteúdo

 

“A cor no espaço bailarino”

Artista Galvão expõe relevos e gravuras inéditos na Galeria Patricia Costa, em Copacabana, a partir de 27 de novembro

 

“A geometria poética de João Carlos Galvão é luminosa e musical”, como bem define Fabio Magalhães no texto que acompanha a nova exposição do artista, que em 2026 comemora 85 anos. Prestes a ser inaugurada na Galeria Patricia Costa, no dia 27 de novembro, “A cor no espaço bailarino” apresentará dez relevos em acrílica sobre madeira (variando de 30 por 30 centímetros a 1,20 por 1,20 centímetros) e dez gravuras em metal, produzidos entre 2024 e 2025. “Funny Face”, “Insensatez”, “Suas Mãos”, “In a Sentimental Mood”, “Rio Tamisa”, Piccadilly Circus” e “Lindeza” são os nomes de algumas dessas esculturas, inspirados em títulos de músicas ou lugares marcantes para Galvão, como de costume. Com mais de 50 anos de trajetória artística, ele atualmente mantém uma rotina de produção constante no ateliê em Nova Friburgo, no Rio.

 

A POÉTICA DO PAPEL EM BRANCO

Quadrados e círculos articulam-se em relevo na superfície do papel. O artista nos propõe uma dinâmica visual de ritmo pulsante, com sutis vibrações de luz decorrentes da delicada volumetria impressa sobre o branco do papel. João Carlos Galvão é um artista de ampla trajetória e reconhecimento internacional, companheiro de Sérgio Camargo, Victor Vasarely e Jean Pierre Yvaral, todos eles artistas da vertente construtiva. Há em sua geometria uma poética de nítida preocupação pela síntese, mesmo assim, Galvão obtém extraordinária riqueza e diversidade expressiva na sua plástica. Notamos nestes trabalhos certa desordem vivaz na acumulação das formas que se organizam no espaço e uma imprevisibilidade rítmica na formação dos conjuntos. O artista estabelece uma tensão entre ordem/desordem para criar cinesia nos seus conjuntos geométricos. A percepção de movimento nos conduz a uma sensação sonora. Melhor dizendo, a articulação dos relevos sugere acordes musicais. Portanto, acrescentam emoção à racionalidade. O poeta Paul Claudel citava a música como sendo a alma da geometria. As diferentes angulações dos quadrados e dos círculos alterando a face plana do papel (técnica de relevo seco) provocam variações de luz sobre a superfície. Desse modo, o artista procura controlar onde a luz é refletida ou absorvida. Vale ressaltar que a poética da luz é a expressão predominante na obra de João Carlos Galvão; as formas tornam-se perceptíveis pela gradação de sombra e luz. As sombras sublinham as geometrias, fortalecem os contornos e acrescentam tênues variações de cinza. De outro modo, nas zonas brilhantes, de maior presença de luz, notamos o surgimento de reflexos de cor no branco do papel (suaves tonalidades de azuis, de vermelhos) como resultado do espectro de luz, fenômeno, também, conhecido como dispersão da luz.

É notável como o artista obtém múltiplos efeitos luminosos e cromáticos usando apenas variações de planos na superfície do “papel em branco”.

Fabio Magalhães, Outubro de 2025

 

Nascido no Rio de Janeiro, em 1941, João Carlos Galvão iniciou seus estudos em pintura aos dez anos de idade, em 1951. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes da Universidade do Brasil entre 1964 e 1966 e se mudou para Paris em 1967, onde cursou Sociologia da Arte com Jean Cassou, na Sorbonne, frequentou os ateliês de Sergio Camargo, Victor Vasarely e Jean-Pierre Yvaral e conheceu o pintor português Nadir Afonso. Galvão participou de salões, bienais, feiras, exposições individuais e coletivas desde 1966 no Brasil e no exterior, como a Bienal de Arte de São Paulo, SP-Arte, ArtRio e os salões de Paris. Desde 1974, executou vinte e sete obras de grande escala, incluindo murais e painéis em diferentes materiais.

 

Serviço

“A cor no espaço bailarino”

Abertura: dia 27 de novembro, quinta-feira, às 18h

Visitação: até 13 de dezembro de 2025

Funcionamento: de segunda a sexta, das 11h às 19h; aos sábados, das 11h às 17h

Local: Galeria Patricia Costa

Endereço: Av. Atlântica, 4.240/lojas 224 e 225 – Copacabana – RJ

Telefone: (21) 2227-6929/ (21) 98868-1993

Classificação livre

Entrada gratuita

* Os horários podem variar em função de férias e feriados. Recomendamos ligar antes para verificar.
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