Pedro Luiz Correia de Araújo (Paris, França 1874 - Rio de Janeiro RJ 1955). Pintor e desenhista. Formado em direito no Recife, retorna a Paris, por volta de 1917, para estudar arte, mas não se adapta à disciplina acadêmica e torna-se autodidata. Frequenta os grupos de vanguarda parisienses e conhece artistas como Pablo Picasso, Fernand Léger, Juan Gris, Diego Rivera, e Henri Matisse. Na mesma época, assume a direção da Academia Ranson, no lugar de Maurice Denis, convocado para o serviço militar. Em 1918, funda sua própria academia em Paris. Em 1929, retorna definitivamente ao Brasil, fixando-se no Rio de Janeiro, onde conhece Candido Portinari, Guignard, Di Cavalcanti, Lucio Costa, Cicero Dias, Manuel Bandeira, Aníbal Machado, Ismael Nery. Leciona pintura em seu ateliê e no Instituto de Arte da Universidade do Distrito Federal. Publica artigos, sob pseudônimo, sobre arte e estética no jornal carioca Correio da Manhã. Nunca expôs individualmente.
Praticou uma pintura figurativista de tipo expressionista, com retratos, naturezas-mortas e paisagens. Nascido em família de recursos, formou-se em direito, no Recife. 1917 – Retornou a Paris para seguir a carreira artística, mas ficou decepcionado com as academias, preferindo a vida mais livre e a companhia de artistas ilustres, que viviam na capital francesa naquela época. Entre muitos nomes conhecidos, privou com Juan Gris, Picasso, Rivera e Matisse. Substituiu o diretor da Academia Ranson, quando este foi requisitado para o serviço militar, o que mostra seu prestígio no ambiente cultural parisiense. 1918 – Fundou em Paris uma academia, introduzindo matérias inovadoras nos cursos de artes. 1929 – Retornou ao Brasil, fixando-se no Rio de Janeiro. Na então capital do país, teve contato com artistas e intelectuais, como Guignard, Lúcio Costa, Di Cavalcanti, Manuel Bandeira, Ismael Nery e Aníbal Machado. Possuiu um ateliê onde dava aulas de pintura. Lecionou no Instituto de Arte da Universidade do Distrito Federal. Foi crítico de arte do jornal carioca Correio da Manhã, incentivou a criação do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e lutou pela modernização da Escola Nacional de Belas Artes. Sua obra foi pequena, se comparada com seu trabalho como incentivador cultural.
Participou das seguintes exposições coletivas: 1931 – Salão Revolucionário, Escola Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, RJ. 1933, 34 – Salão da Pró-Arte, Rio de Janeiro, RJ. 1947 – Salão Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, RJ. 1952 – 1º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, RJ; Exposição de Artistas Brasileiros, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, RJ.
Suas telas estiveram presentes em duas exposições póstumas: 1961 – Galeria Santa Rosa, Rio de Janeiro, RJ. 1963 – Museu de Arte de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG.
Pedro Correia de Araújo - Ninfas na Floresta da Tijuca – Medidas 38 x 60 cm - Óleo Sobre Cartão – Não Assinada - Com carimbo usado pela Lili Correia de Araújo – Esta obra é proveniente do neto do artista Ricardo Correia de Araújo