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Luisa Meyer - Guia das Artes
Luisa Meyer
Informações
Nome:
Luisa Meyer
Nasceu:
10/02/1964
Sobre o artista


Biografia

Desde o início de minha pesquisa poética uso a pintura como meio de expressão. No entanto, ao longo do meu percurso, não fiquei restrita à lona esticada no chassis; expandi esse meio para compensados de madeira, relevos de gesso e objetos de concreto. 

Em um primeiro momento, utilizei deste “artifício desmistificador, entre espaço real e virtual” para pintar figuras apropriadas de revistas especializadas em história natural, geografia ou arqueologia. Por meio da pintura, estes elementos da natureza, já “desnaturalizados” pela reprodução em massa, eram recompostos sobre tecido ou madeira, criando relevos e assemblages.

Dei continuidade à quebra do suporte tradicional quando usei como base para a pintura recortes de madeira articulados que podiam ser manipulados pelo espectador. De uma pintura que saía para o espaço, passei a criar pinturas-objetos que, no sentido etimológico da palavra obiectum, “atirado adiante” , remete à ideia de relação com aquele que está diante da obra.

Então surgiram as pinturas sobre objetos de gesso; formas pré-moldadas, apropriações de objetos ready-made, recompostas em suportes de madeira ou tecido.

Em seguida, passei para a criação de objetos moldados a partir de embalagens de plástico (vaccum-forming). Esses objetos eram instalados em ambientes internos ou externos, compostos sobre paredes, muros, mesas ou diretamente sobre a terra. 

Estes “arranjos pictóricos” têm sua origem nos objetos produzidos industrialmente que, como na primeira série de pinturas, são originários de imagens ready-made, apropriações da cultura do mass media. 



https://www.instagram.com/luisaleiameyer/

Cronologia

1982/1983 - Trabalhou manipulando fisicamente o próprio desenho e participou do II Arte Universitária/UFRGS/IA, recebendo prêmio na categoria Desenho - Pinacoteca Barão de Sto. Ângelo, Instituto de Artes, UFRGS, Porto Alegre.


1985 - Participa de duas coletivas: Cometa Arte, na Pinacoteca Barão de Sto. Ângelo, Instituto de Artes, com colegas artistas, e Oitenta, exposição inaugural da Galeria Arte&Fato, em Porto Alegre. Participa também de dois salões: IV Salão Paulista de Arte Contemporânea, no Pavilhão da Bienal de São Paulo, Parque Ibirapuera e do VIII Salão Nacional de Artes Plásticas, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Os Trabalhos expostos nestas coletivas foram o início de sua pesquisa artística em pintura em acrílico e óleo, sobre madeira e papel cartão. Os suportes eram recortados e articulados, com uso de parafusos em pontos estratégicos. São as Pinturas Variáveis, onde o expectador pode manipular e mudar a composição das figuras.


1986 - Pinturas Tridimensionais - Realiza sua primeira exposição individual no Espaço Investigação do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), como resultado de seu projeto de graduação, sob a orientação de Carlos Pasquetti. Com suas pinturas tridimensionais em óleo sobre tela, com inserção de madeira, sobreposições de telas recortadas e elementos variados, estava em busca de novos motivos e desafios pictóricos. Desta forma, seu trabalho com inclusão de objetos reanimava, recriava sua pintura.


1987 - A Flecha do Tempo - exposição individual na Galeria Arte&Fato, de pinturas exclusivamente (sem o uso de objetos e artifícios, que não a pintura em si.) Como tema, o conhecido/desconhecido e paisagens do mundo.


1988/1989 - Produz trabalhos em grandes formatos. Pinturas sobre relevos em madeira, com imagens da história e da arqueologia.


1990 - Pinta sobre peças em gesso pré-fabricadas, agregadas a suportes de madeira e tela. Com os trabalhos iniciados em 1988, monta a exposição individual na Galeria da Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre. Em São Paulo, faz uma intervenção especial no Tendal da Lapa (antigo matadouro).


1991 - Começa a colecionar embalagens de plástico que servem como molde para base tridimensional e também pintura. Encontra um universo infinito de possibilidades com o vaccum forming.

 

1992 - Participa da exposição Câmaras, com Carlos Pasquetti, Elaine Tedesco, Elcio Rossini, Fernando Limberger, Iran do Espírito Santo, Jimmy Leroy, Lucia Koch, Marijane Ricacheneisky, Nina Moraes e Renato Heuser. Trata-se da ocupação do antigo Solar dos Câmara, no centro de Porto Alegre, onde Luisa apresenta sete colunas em gesso instaladas no átrio. A distribuição dos espaços com os trabalhos impregnados com a atmosfera do local e a dimensão coletiva do projeto antecipavam a dinâmica e o conceito do Projeto Arte Construtora*, que aconteceria entre 1993 e 1996.


1993 - Monta um novo atelier (antes em Porto Alegre) agora em São Paulo e realiza uma série de painéis em relevo. Começam a reunir-se regularmente em São Paulo os artistas envolvidos no Projeto Arte Construtora, para definição de conceito.


1994 - O Arte Construtora ocupa o Solar Grandjean de Montigny no Rio de Janeiro e o Parque Modernista em São Paulo, exemplares importantes da história da arquitetura brasileira.



1995 - Realiza painéis em relevo de cimento diretamente em muros e paredes da cidade de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.


1996 - Arte Construtora na Ilha da Casa da Pólvora, em Porto Alegre. Entre os convidados, estão os artistas Carlos Pasquetti, Marepe, Mima Lunardi e Renato Heuser. Luisa instala objetos de cimento na água sobre estacas, que ficavam sujeitos às marés cheia e baixa do rio.


1997 - Começa uma nova pesquisa com uso de câmeras digitais e produz material para exposição que abrirá no ano seguinte.


1998 - Exposição individual Plastificações na Capela do Morumbi, em São Paulo. Luisa embalou, revestiu a capela com sua enorme coleção de embalagens de vacum forming começada há sete anos.



2008/2019 - Dedica-se principalmente à pintura em seu atelier no bairro do Butantã, São Paulo. Paisagens urbanas e suburbanas , perfis e corpos humanos em posturas , em dimensões variadas, especialmente em óleo sobre tela.



2018 - A partir de 2018 participa do Roteiro de Ateliês, idealizado em parceria com artistas do Butantã.


2019 - Participa da exposiçao coletiva : O QUE NÃO E´ FLORESTA E´ PRESO POLITICO, coletiva na Galeria Reocupa , ocupação 9 de julho

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