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José Inácio - Guia das Artes
José Inácio
Informações
Nome:
José Inácio
Nasceu:
Arauá/SE (19/06/1911)
Faleceu:
Acaraju/SE (01/08/2007)
Sobre o artista

    Sua primeira exposição data de 1931, na antiga Biblioteca Pública de Aracaju. Em 1940, no Rio de Janeiro, realizou uma exposição individual no Liceu de Belas Artes. Ainda no Rio, no Salão de Artes Plásticas do Rio de Janeiro, logrou prêmios como a medalha de bronze, em 1943 e Menção Honrosa, em 1944.

 

    Inácio não precisou da morte para ser “santificado” entre os sergipanos. Sua vida errante, desapregada dos cânones tradicionais, não justifica, apenas, as três viagens que fez, a pé, do Rio de Janeiro, nem mesmo a convivência turbulenta com seu irmão santo, Padre Pedro. Sem casa, sem rumo diário para o exercício da sobrevivência, simplesmente tocou o cotidiano, sem requerer fortunas, ou mesmo soldos ou salários que pagassem suas magras contas. Vendeu quadros geniais como quem vende bananas, sem qualquer preocupação em diferenciar uma coisa da outra. Não raro foi tido como doido, eufemismo popular de patologias diversas de loucura, mas a tudo resistiu, com uma ponta de ironia, marcante em seu passeio de quase um século pelo mundo.

 

      Não há, ainda, um inventário da obra inaciana. Nem da quantidade, tarefa desafiante, nem da qualidade, que vai exigir análise crítica. Há, contudo, alguma coisa escrita em torno da figura do artista, com reprodução de sua arte.

Biografia

   José Inácio Alves de Oliveira nasceu no dia 11 de junho de 1911, no povoado Bolandeira, em Arauá/SE; e, faleceu no dia 1º de agosto de 2007, em Aracaju/SE. Pintor e caricaturista iniciou sua trajetória nas artes aos dezoito anos de idade, ao interpretar Judas em um auto encenado na Semana Santa, na Colina do Santo Antônio. Um ano depois, começou a sua carreira como pintor, tendo como seu primeiro mestre o pintor e matemático Quintino Marques. Trabalhou para jornais e revistas e, ainda, vendeu poemas nas ruas com o pseudônimo de Inácio Ventura.

 

   Recebeu do Governo Augusto Maynard uma bolsa para estudar na tradicional Escola de Belas Artes, no Rio de Janeiro, ficando lá, apenas, pouco mais de um ano. Sua formação artística foi no laboratório da vida, na experiência vivida, nas dificuldades do dia a dia. Fez grande amizade com o mestre Jordão de Oliveira, seu professor em sua rápida passagem pela Escola de Belas Artes e grande incentivador. Dele, J.Inácio recebia ensinamentos, conselhos, material para pintura e guarida em sua casa, na Ilha do Governador.

 

   Suas obras são a mais próxima expressão da alma sergipana. Viveu muito, 96 anos, J. Inácio teve tempo de mesclar a sua arte, mas preferiu afirmar-se na repetição, deixando para os críticos o problema teórico da interpretação, como ele próprio prometeu, certa feita, ao falar de si mesmo. É certo que seu filho Caã herdou formas e cores, ainda que mantenha-se tímido, sem querer trafegar na esteira do modelo do pai. 

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